82 CAPÍTULO

 

E, já se era 15:00 horas da tarde desse mesmo dia, que se era o dia 27 de Junho do Ano do Senhor de 2032 - Domingo.

E, o Paulo Renato novamente estava a conversar com a Beatriz. E, o Paulo Renato, falou:

- O Sol gira em torno da terra?

- Sim, o Sol gira em torno da terra. Respondeu a Beatriz Isabela de forma bem correta.

E, ela, a Beatriz Isabela, prosseguindo, disse:

- Um dos argumentos, que eram utilizados pelos heliocentristas é que do nosso ponto de vista, o da terra, é o de que o Sol gira em torno da terra. Bom, esse tipo de argumento é totalmente fácil de ser derrubado. Então, se é assim, então tamb ém do ponto de vista nosso, que estamos na terra, é a Terra que gira em torno do Sol. Vede que o mesmo argumento pode ser usado contra os heliocentristas, pois é um argumento que se auto-anula a si mesmo. Portanto, o argumento da observação não prova nada, pois se for algo que prova, então, pela observação e aparência, um pode entender que a terra gira em torno do Sol e outro que é o Sol que gira em torno da terra. E, tudo baseado no faz de contas. Agora, há os teólogos ocidentais, que na tentativa de adaptar a Bíblia ao que dizem o que vocês chamam de “Cientistas”, além dos argumentos já refutados acima, utilizam da seguinte argumentação: que os Escritores Bíblicos usaram de uma linguagem metafórica ou simbólica. Ignoram o seguinte: que quando na Bíblia diz que o Sol se deteve e a lua parou, não foi algo metafórico ou simbólico, mas foi algo que aconteceu, que foi narrado na própria Bíblia, e que o próprio Deus inspirou aos Escritores Bíblicos, a que escrevessem isso. E, um outro ponto importante aqui a citar é que quando a Bíblia diz uma coisa, e aquilo que no Ocidente chamam de “ciência” diz diferente, não é a Bíblia que está errada, mas a “ciência” que está totalmente e completamente errada. E, aliás, é importante salientar que aquilo que lá no Ocidente chamam de “Ciência” e que aqui corretamente chamamos de Atividades Teóricas Humanas, são produzidas por homens falíveis, sujeitos a erros, cujos métodos de pesquisa foram e são fabricados por esses mesmos homens falíveis, e portanto são totalmente sujeitas a erros, e muitas vezes, essas pesquisas têm sido erradas, e muitas vezes essa chamada “Ciência” têm errado e feio. E, o que hoje essa dita “ciência” pode estar dizendo, amanhã poderá estar a contradizer, dizendo algo totalmente diferente. E, além disso, tudo o que a dita “ciência” declara não está isenta da cultura, dos pensamentos filosóficos, do contexto histórico, cultural e religioso em que se está inserida. Num contexto “cientistas” podem acabarem afirmando uma coisa, e em outro contexto podem afirmarem outra coisa bem diferente. E, o que hoje podem chamarem de “científico” daqui a 300 anos podem estarem chamando de “superstição do tempo passado” ou de “mitologia dos séculos 19 ao 21”. E, aí? Como é que ficam às coisas? Não sei como é lá no Ocidente, mas aqui em Safira do Sul somos bem céticos em relação a aquilo que vocês chamam de “ciência” e somos bem descrentes na mesma. E, como bem disse o poeta Armando Vidal Costa: “Quanto ao que chamam de 'verdade científica', e quanto ao que chamam de “ciência a atitude mais prudente e sábia que se pode ter em nossa nação é a de sempre manter a total desconfiança e descrédito. Devemos sempre ficarmos com um pé atrás e não aceitarmos, não importa o quanto diplomas e Títulos o tal que divulgue tal teoria dita “científicae a tal chamada “ciência o tenha.” E, esse bom e ótimo conselho do nosso Grande Poeta Armando Vidal Costa temos seguido a risca, e sempre haveremos de seguirmos, pois é um ótimo Conselho.

E, então, o Paulo Renato, perguntou a ela.

- E quanto ao que afirmam que Galileu Galilei teve que negar tal teoria, pois poderia ter sido queimado na fogueira?

E, a Beatriz Isabela, respondeu:

- Um erro não justifica o outro. O erro dos inquisidores de o quererem queimá-lo por sua teoria errada não justifica seu erro de afirmar que a Terra gira em torno do Sol. Houve extremismo de ambos os lados. Houve o extremismo dele em afirmar que a “terra gira em torno do sol”, como também houve extremismo do outro lado, de o querer queimar na fogueira. Ambos os lados estavam totalmente errados nessa história. Não há inocentes e nem heróis nessa história.

E, a Beatriz Isabela, se lembrou de algo a dizer, e falou:

- Bom, Paulo Renato, de uma coisa eu tenho certeza, e hei de lhe dizer: quanto a aquilo que lá no Ocidente chamam de “ciência” não deveria ser ensinado nem para crianças e nem para adolescentes, não deveria ser ensinado em escolas, mas só deveria ser ensinado em faculdades ou Universidades, e tão somente para aqueles que querem serem “cientistas” e deveria ficar totalmente restrita aos que chamam de “cientistas” lá no Ocidente, pois assim viveriam e muito bem melhor. Aviso dado!

- Obrigado pelas respostas. Falou o Paulo Renato.

- Não têm de quê. Falou a Beatriz Isabela.

E, ali no Orfanato Rouxinol, a Tatiane, a Renata, a Paulinha e a Milena, estavam naquele exato momento, fazendo tricô. E, a Paula, que tinha aprendido com a Beatriz Isabela a tocar teclado, estava a tocar teclado. E, enquanto isso, a Beatriz Regina, estava sentada no Sofá, lendo: “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”, um livro do Grande Escritor C.S. Lewis.

E, a parte em que ela estava a ler, era a parte em que chegavam ao curso do rio, e que de um lado e do outro, ao chegarem ao meio, lá estava a casinha, e em que o marido da Sra. Castor dizia a ela que haviam chegado.

E, a Beatriz, ao estar lendo essa parte, falou:

- Bem interessante. Logo ao entrar, a atenção de Lúcia é despertada por um som metálico, e a primeira coisa que vê é a Sra. Castor, uma velha de olhar bondoso. Bom deixo continuar lendo, pois está muito interessante.

E, então. De repente, ali no Orfanato apareceram a Michele Rebecca Carina Cunha Campos e a Micaela Andressa Rochedo Boaventura. E, a Paulinha foi a responsável por recepcioná-las, e elas estando ali no Orfanato, a Beatriz Carina, falou:

- Já estavam demorando para aparecerem.

- Eu não estava tendo muito tempo. Falou a Michele Rebecca.

E, a Micaela, falou:

- Minha mãe, resolveu hoje ir ao hospital, e chegando lá, a enfermeira, perguntou-lhe: “- Têm algum problema de saúde?” Minha mãe, respondeu: “- Não. Só queria fazer alguns exames para ver como está a minha saúde.” E, então, a enfermeira, que a atendeu, falou: “- Sra. Boaventura, se está bem de saúde, se não está sentindo nada mal, não é necessário vir aqui e muito menos fazer qualquer exame. Só necessitam de virem aqui quem estiver com alguma enfermidade. Pode voltar tranqüilamente para tua casa e ficar em paz.

E, a Patrícia, falou:

- Bom, Micaela, a enfermeira agiu corretamente. Se não está se sentindo mal, se está tudo bem, não há o porquê ir ao hospital. E exames para quê? Só se deve fazer exames se caso a pessoa estiver passando mal, ou tiver algum problema de saúde, ou tiver algum sinal de alguma enfermidade. Do contrário, isso é totalmente desnecessário.

E, o Marcelo, falou:

- Resumindo: só deve procurar o médico e só deve ir ao hospital quando estiver verdadeiramente doente. Somente em caso de haver algum problema de saúde é que o médico deve atuar, e que a pessoa deve procurar o médico. No demais, é viver a vida normalmente sem ficar se preocupando com enfermidade, saúde, e essas coisas, e sem ficar falando sobre esse tipo de coisa.

- E agora, vamos mudarmos de assunto, pois esse assunto não é um assunto agradável e que mereça ficar sendo falado assim. Falou a Beatriz Carina.

- Falou corretamente, Beatriz Carina. E, aliás, falar desse tipo de assunto assim não é de bom alvitre. Falou a Milena.

E, assim, mudaram rapidamente de assunto. A turma dali do Orfanato agiu e falou corretamente, ensinando e muito bem ás duas garotas brasileiras sobre esse tipo de coisa.

E. o Paulo Renato que tinha ouvido tal conversa, chamou a Beatriz Isabela em particular, e perguntou-lhe:

- Por quẽ não se deve ficar falando sobre tal assunto? Por quê não se é de bom alvitre falar de tal assunto?

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Há assuntos que são desagradáveis. Há assuntos que não se é bom falar, pois não são coisas boas. E es se assunto aí é um desses tipos de assuntos que não se deve ficar comentando ou falando, ainda mais em público, pois é muito ruim, e deixa um clima totalmente ruim, além de gerar constrangimento e só se deve falar disso em hospitais, e nas casas, só num quarto, com portas fechadas e janelas fechadas e bem baixinho, e o mínimo, e durante apenas poucos minutos. Mas, é preferível nem falar. E se você está mal de saúde, não precisa falar para ninguém a sua, você já sabe.

- Entendi. Falou o Paulo Renato. - E nem vou falar o nome da dita cuja. Complementou ele.

- Isto mesmo. Melhor nem falar, pois não é de bom alvitre. Falou a Beatriz Isabela.

E, em seguida, o Paulo Renato, perguntou:

- Beatriz o que vos diferencia, ou seja, o que diferencia a vossa Civilização - já que dizeis não serdes Ocidentais - da Sociedade Ocidental?

E, a Beatriz Isabela, respondeu:

- Um ponto que nos diferencia é na questão da Educação. Educação não se é para se adquirir conhecimento, ou para se dizer que sabe isso ou aquilo, ou para ter um diploma. Educação aqui se têm em vista algo bem prático: aprender algo que vai lhe ser útil em sua vida. Se aquilo que você aprende não lhe for útil em sua vida, então você não passa de um burro ao quadrado ao aprender algo que não vai lhe servir para nada. Portanto, você só deve aprender biologia, física ou química se for ser biólogo, físico ou químico. As únicas matérias que são essenciais, são a da nossa língua materna, que é o Português, a matemática, a geografia do nosso País, e a História do nosso País, além do Ensino Religioso Confessional. Outro ponto que nos diferencia do Ocidente é que nós, ao contrário do Mundo Ocidental, valorizamos muito mais a vida artística, às artes do que aquilo que nós chamamos de Atividades Teóricas Humanas, que lá no mundo Ocidental é chamado de “ciência”. Para nós o que lá chamam de “ciência”, não é algo assim tão importante. Outro ponto que nos diferencia do Ocidente é que entendemos corretamente que tão somente Homens podem votarem e podem prestarem o serviço Militar. Na nossa Civilização, , ao contrário do que lá na decadente Civilização Ocidental se pensa entendemos que machismo não é errado. Deixo explicar para você que é Ocidental para entender a canoa. A canoa é a seguinte: machismo nada mais é do que um homem dar a devida proteção a mulher, ser fiel, amar uma mulher, ser cavalheiro, ser um verdadeiro homem, ser um homem honesto e trabalhador.

E, a Beatriz Carina, nisso interrompeu a Beatriz Isabela, e falou:

- Bia, está se tornando Neo Dakotiana Oriental?

A razão de tal pergunta da Beatriz Carina é o fato da Beatriz Isabela ter falado: “para você que é Ocidental para entender a canoa. A canoa é a seguinte”, figura dee linguagem essa que era normalmente utilizada em Nova Dakota do Oriente, pois em Nova Dakota do Oriente a palavra “canoa”, dependendo do contexto em que se estava inserida, poderia ter um significado totalmente diferente.

E, o Sr. Francisco, que acabara de ouvir isso, falou:

- Pelo visto, Nova Dakota do Oriente ainda têm uma boa influência no nosso falar.

E, a Beatriz Isabela, dando total continuidade ao que dizia, falou:

- Outro ponto que eu creio aqui ser importante falar, é que essa mania de lá no Ocidente, se falar: “Vá cuidar da sua vida”, ou “Deixe de ficar cuidando da minha vida”, ou “Cada um cuida da sua vida e eu cuido da minha” e outras frases semelhantes a estas, além de ser sinal de falta de educação e de respeito, representa justamente uma sociedade egoísta, aonde às pessoas só pensam e só se importam consigo mesmas, e não com os outros. Para nós, uma maneira bem educada de falar, é: se for homem, dizer: “Obrigado por se preocupar com a minha vida e com o que está a me acontecer.” Agora, se for muilher, dizer: “Obrigada por se preocupar com a minha vida e com o que está a me acontecer.” Vede, caríssimo Paulo Renato, como se muda a canoa de figura. E, deixo apresentar uma outra diferença para o Ocidente. Aqui em nossa Civilização, a Palavra Senhorita só se é referida em referência a garotas menores de idade. Em relação a mulheres casadas a palavra correta é Senhora. Agora, em relação a mulheres já adultas, mas que ainda estão solteiras, a palavra correta é Senhorinha. E, para mulheres já viúvas, a Palavra correta de tratamento é Senhora. Agora, para rapazes menores de idade o tratamento correto é Senhorzinho. Agora, para homens adultos tanto solteiros e viúvos, assim como para homens casados, o tratamento correto é Senhor. Portanto, quando você ouvir alguém falando, pôr exemplo: “A Senhorita Maria Anabela”, pode ter certeza de que se trata de uma garota de menos de 21 anos de idade.

- Obrigado, Srta. Beatriz Isabela Camila Michele Amanda Josivaldo Rocha. Falou o Paulo Renato.

- Não têm de quê, Senhorzinho Paulo Renato Bernard Vasconcellos Lima.

E, após isso, mudaram de assunto.

E, a Tatiane logo apareceu ali diante da Beatriz e do Paulo Renato, com o mapa do tesouro. E, então, se juntaram a esse trio, a Micaela, a Patrícia, o Marcelo, a Michele, a Michelinha, a Francislaine, o Zacarias e o Sílvio, E, foram mais para o fim do Terreno aonde se ficava ali o Orfanato Rouxinol E, enquanto iam, a Patrícia, falou:

- Temos que decifrarmos esse mapa do tesouro.

- Esse é o objetivo. Falou a Tatiane.

- Mas para isso. Falou o Marcelo. - Não basta apenas olhar o mapa, mas o terreno, para ver se encontramos um terreno bem poarecido com o que o mapa indica. Complementou ele.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Mapa mais difícil de se decifrar como esse nunca eu o vi.

E, chegando ao fim do terreno, que ficava ali no morro das águias, viram que não podiam prosseguirem mais andando em linha reta, pois mais um passo, e cairiam pra baixo. Olharam para baixo. E, o Zacarias, falou:

- Olhem esse terreno lá em baixo.

- E, a Francislaine, falou:

- Deixo ver o mapa.

E, começaram a olharem o mapa, ponto por ponto, e o terreno que se avizinhava. E, a Beatriz Isabela, falou:

- É ali que deve estar o tesouro. O mapa aponta justamente para ali.

- O problema será chegar ali. Falou a Micaela.

- Vamos ter que fazer uma escalada para baixo. Falou o Paulo Renato.

E, a Michele, falou:

- Não há um jeito melhor para isso?

- Bom. Falou a Beatriz Isabela. - Estamos no morro das águias. Teríamos que darmos uma volta ou para a esquerda ou para a direita, buscando contornar esse “precipício”.

- Mas terá que ser amanhã. Falou a Patrícia.

- Por quê? Perguntou o Paulo Renato.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Em Primeiro Lugar: Hoje é Domingo, e temos Santo Culto. Em segundo lugar: Já está muito tarde. Em terceiro Lugar: Temos que nos prepararmos.

E, o Marcelo, então disse:

- Qual é a altura daqui até lá embaixo?

- Uns 30 metros ou mais, creio eu. Respondeu a Beatriz Isabela.

- Pode ser uns 100 metros. Respondeu a Francislaine. - E em queda livre. Complementou ela.

- Melhor nos afastarmos antes que alguém escorregue e caia lá em baixo. Falou a Beatriz Isabela.

E, assim o fizeram.

E, então, o Zacarias, mudando de assunto, perguntou para o Paulo Renato, o seguinte:

- O que vocẽ gostaria de fazer em sua vida, Paulo?

E, o Paulo Renato, falou:

- Eu não sei se vão entenderem ou não, mas vou dizer: gostaria de lá no meu País, na Comunidade Nacional do Brasil, trabalhar numa seriado, sendo ator, interpretando algum personagem que seja o mocinho da história.

- Não entendi nada. Falou a Francislaine. - Que negócio é esse de seriado? Perguntou ela.

- Explique essa canoa chamada seriado. Falou a Beatriz Isabela.

E, a Michele Rebecca, disse:

- Bom, Francislaine e Beatriz Isabela, visto que aqui não há essas coisas, creio que não seria fácil a vós entender essas coisas de onde nós viemos. Mas, o principal problema é que não sei bem como vos explicar tal coisa.

- Nem eu o sei. Falou o Paulo Renato.

E, a Tatiane olhou para a Micaela, e a Micaela, falou:

- Bom, se eu tiver uma forma de explicar a dita canoa - estou aprendendo com a vossa amiga Beatriz Isabela a usar essa figura de linguagem - eu explico para vós.

E, o Sílvio, falou:

- É bom retornarmos logo ao Orfanato, pois tenho que tomar banho.

E, então, começaram a retornarem para o Prédio do Orfanato.

E, logo a turma que estava voltando, já estava de volta.

E, o tempo passou-se e às 18:00 horas da tarde ali no Orfanato Rouxinol, ocorreu a cerimônia de desasteamento da Bandeira Nacional dos Estados Unidos de Safira do Sul, com o canto do Hino Nacional dos Estados Unidos d e Safira do Sul.

E, após a Bandeira Nacional Sul Safiriana ter sido guardada, todos já estando no micro-ônibus, partiram dali. Bom, e aquele ônibus teria uma parada lá na cidade, para a descida dos católicos romanos e ortodoxos, e outra parada, e essa a definitiva, na frente da Igreja Cristã Apostólica Evangélica Pentecostal Cristo Reina, que era aonde ele, suas filhas, e a maior parte daquela turma iam para participarem do Santo Culto. Portanto, o micro-ônibus tinha que ir bem rápido. E, ao mesmo tempo, tinha-se que ir com o máximo cuidado para não se ocorrer algum acidente.

E, enquanto iam, a Milena, falou:

- Bom, o Padre Michel Augusto Sandro Sanches Kennedy, que não me venha a falar hoje da dita Festa de São Pedro e São Paulo.

A Beatriz Isabela, acabou ficando quieta, mas a Andreza, perguntou:

- Por quê, Milena?

- Pois, da última vez que ele falou na misssa sobre isso. Falou a Milena. - Eu nem estava prestando atenção, que ele logo notou, e falou: “Têm uma paroquiana que parece que está se esquecendo da Grande Festa de São Pedro e São Paulo que vai ocorrer aqui no próximo dia 29.” Todos na mesma hora olharam para mim, que fiquei corada de vergonha.

E, a Patrícia, falou:

- Nem citou seu nome. Foi pôr você, ter abaixado a cabeça que todos acabaram olhando de vez para você, Milena, achando que era você.

- Mas, tu duvidas que ele se referia a mim, Patrícia? Questionou a Milena. - Da próxima vez que eu for a me confessar, é capaz de ele me dar uma penitência de um mês. Complementou a Milena.

- Exagero da Milena. Falou o Edílson.

A Beatriz Isabela só escutava, e com a mão no rosto e cabeça.

- O que é Beatriz Isabela? Perguntou o Marcelo.

E, a Beatriz Isabela, respondeu:

- Bom, o que devo dizer?

- Diga alguma coisa sobre confissão e penitência. Falou o Marcelo.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Já que me pediu vou dizer. A Bíblia não ordena ficar indo a confessionário ficar confessando seus pecados a Padres, e nem ficar fazendo penitência. A Bíblia diz claramente o seguinte: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I a João 1 verso 9. Portanto, segundo o ensino da Bíblia, devemos confessarmos os nossos pecados, pois Deus é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a injustiça.

E. em seguida, a Andreza, falou:

- Na Igreja Ortodoxa, também há a Confissão. Nós também confessamos nossos pecados ao Padre.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Bom, tanto a Igreja Católica Romana como a Igreja Ortodoxa, têm muitas semelhanças entre si. Portanto, o que tu falas, Andreza, não me surpreende em nada.

- Sim. Mas, também há às diferenças. Falou a Andreza.

- Pôr exemplo? Perguntou o Marcelo.

- A Famosa questão do Filioque. Respondeu a Andreza.

- O Espírito Santo é procedente tanto do Pai como do Filho. Falou a Milena.

E, a Andreza, falou:

- Está errada, Milena. O Espírito Santo é procedente tão somente do Pai.

E, o Marcelo, falou:

- Coloquem um dia a Beatriz Isabela, a Andreza e a Milena para um debate religioso.

E, a Tatiane, falou:

- Eis a sugestão do Marcelo.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Essa questão do Filioque é uma antiga disputa entre católicos romanos e ortodoxos. Eu é que não me meto nessa disputa.

- Mas, a protestante aí, não aceita a afirmação teológica de que Maria é Mãe de Deus. Falou a Andreza.

E, a Beatriz Isabela, respondeu:

- Bom, Andreza, você, que é ortodoxa, mas a nossa colega católica romana, que é a Srta. Milena, que provem biblicamente tal afirmação, pois não se encontra em parte alguma das Escrituras Sagradas que Maria seja Mãe de Deus. A Bíblia diz que Deus é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Portanto, Maria não é a mãe de Deus.

E, a Milena, nisso falou:

- Bom, Maria é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, e Jesus é Deus, logo Maria é Mãe de Deus.

E, a Beatriz Isabela, em seguida, falou:

- Bom, Milena, se o que você disse fosse válido, então poderíamos dizermos. A mãe de Maria é mãe de Deus e vó de Jesus, que é o Filho de Deus. E Jesus é Deus. Então, a vó de Jesus, que é mãe de Maria, já que é vó de Jesus, se sendo que Jesus é Deus, logo a vó de Jesus é vó de Deus. E, também poderíamos afirmarmos que José é Pai de Jesus, o Filho de Deus, e Jesus é Deus, logo José é Pai de Deus. Só isso já demonstra a loucura absurda desse argumento. E, para completar, Maria é a mãe terrena de Jesus. Maria é mãe de Jesus segundo a carne, e portanto, não é a mãe de Deus. Jesus, como Deus, já existia antes mesmo de Maria vir a existir. Contudo, com isso, não estou a negar às duas naturezas de Jesus, ou seja, a natureza humana e a natureza divina de Jesus.

E, a Milena, falou:

- Bom, estou gostando, pois está sendo feito com respeito e educação esse nosso debate.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Bom, Milena, não há motivos para brigarmos. Temos lá nossas discordâncias. Agora, continuemos dentro do debate de uma forma civilizada.

- Tá bom. Falou a Milena. - Bom, se há um outro ponto em que se há discordância, é na questão de Maria ser nossa mãe. Prosseguiu a Milena.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Bem sei a argumentação católica romana. Vós que sois católicos romanos, afirmam que Maria é nossa mãe, com base naquela passagem que Jesus disse a João: “Eis aí tua mãe” e que disse a Maria: “Eis aí teu filho.

E, a Milena, falou:

- Correto, Srta. Beatriz Isabela. Quando Jesus disse a Maria: “Eis aí teu filho”, e a João “Eis aí tua mãe”, entendemos que com isso Jesus declarava Maria como sendo a mãe da humanidade.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Ok! Então prosseguindo, vamos aos fatos, Srta. Milena. Jesus estava pregado numa cruz, sendo crucificado. Ali estavam João, o seu discípulo amado, e Maria, sua mãe, e às outras mulheres. Jesus não iria poder ficar cuidando de sua mãe. Jesus não queria que sua mãe ficasse sozinha. Então, Maria estava ali, e não havia mais José, que já havia sido morto. E, bem sei que os católicos romanos não acreditam que Jesus tivesse irmãos e irmãs, mas apesar de Jesus ter irmãos e irmãs, conforme João 7 verso 1 em diante e outras passagens, nem mesmo os seus irmãos criam NELE. Então, Jesus vendo que estava ali o seu discípulo amado e a sua mãe, e não querendo deixar sua mãe desamparada, diz para jOão: “Eis aí tua mãe” e para Maria: “Eis aí teu filho”. E, o que Jesus estava com isso querendo dizer, então? Bem simples. Jesus estava colocando Maria aos cuidados de João e joão aos cuidados de Maria. Jesus não estava com isso dizendo que Maria fosse mãe da humanidade, pois se fosse para querer dizer isso, além de João, de Maria e das mulheres que o acompanhavam, estavam ali os Romanos e os Judeus. E, se Jesus quisesse dizer que Maria fosse nossa mãe, mãe da Humanidade, Jesus teria ali o cenário perfeito para isso, e não teria apenas se dirigido a João e a Maria, mas ali teria se dirigido a todos ali, dizendo: “Eis aqui a vossa mãe.” E, então, ao se dirigir a Maria, ao invés de ter dito “Eis aí teu filho” em referência a João, teria se falado a Maria, se referindo a toda a humanidade, o seguinte: “Eis aí todos os teus filhos e filhas, desde agora e para sempre.

E, a Milena, falou:

- Bom, Beatriz Isabela, tenho que reconhecer uma coisa: Você é uma boa argumentadora. Mas, não creio que seria necessário que Jesus tivesse que dizer a todos ali: “Eis aqui a vossa mãe”, e a Maria “Eis aí todos os teus filhos e filhas desde agora e para sempre.” Acredito que João representasse ali a toda a humanidade.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- Bom, Milena, não compartilho dessa tua visão. Além disso, esse argumento de que João representava ali a toda a humanidade, têm um sério problema, pois se ele representava ali a toda a humanidade, então Jesus poderia dizer tais palavras quando se encontrasse tão somente com João e com Maria.

E, a Milena, falou:

- Só disse que eu acredito. Eu não falei que a Igreja Católica Apostólica Romana acredita. Eu me referi a mim mesma. A posição oficial da Igreja Católica está nos seus documentos oficiais.

- Tá bom. Entendo que é o que vocẽ pessoalmente acredita. Claro que eu discordo dessa tua posição, pois não há nenhuma base bíblica para o que tu afirmas ou defende. Falou a Beatriz Isabela.

E, em seguida, a Milena, falou:

- Obrigada por esse bom debate. Outra hora debateremos mais sobre outros pontos.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- O prazer em debater contigo, Milena, minha amiga, foi meu. Quando você quiser, debateremos novamente.

E, assim se encerrou aquele debate, e de forma bem educada e civilizada, com o máximo de respeito.

E, o tempo foi passando, e às 18:54 da tarde, todos os que eram evangélicos, incluindo o Sr. Henrique e a Srta. Beatriz Isabela, já estavam na Igreja Cristã Apostólica Evangélica Pentecostal Cristo Reina.

E, o Pastor Maurício, se dirigiu ao púlpito para se dar início ao Santo Culto.

E, enquanto isto, numa paróquia Católica Romana, a Milena sentou-se no último banco da Igreja. E, o Marcelo, perguntou:

- Milena, por quê aqui no último banco e na parte mais escondida?

- Só têm que ser a Milena mesma. Falou a Patrícia.

E, o Edílson, falou:

- Nem vou comentar o assunto. Mas cadê a Diretora Amanda.

- Foi conversar com o Padre. Respondeu a Patrícia.

E, enquanto isso, na Igreja Ortodoxa, que ficava a um quarteirão de distância da Igreja Católica...

- O que é Andreza? Perguntou a Ermelinda. - Por quê erguendo esse pé, e com a mão na sandália desse jeito aí, menina? Questionou a Sra. Ermelinda.

- É a Sandália. É a minha sandália, Sra. Ermelinda. Respondeu a Andreza. - Deixo te contar. Está doendo os meus pés. Parece que está apertada. E o pior, é que não tenho outra melhor para vir a Igreja. Complementou ela.

E, o Vítor, falou:

- Garotas.

E, a Andreza, falou:

- Queria só ver se fosse com você, Vítor. É fácil falar. Você é garoto, é homem. Eu sou mulher. E, então, fica fácil falar, se não entende como é que uma mulher sofre quando a sandália dela aperta os pézinhos dela.

E, o Sílvio, falou:

- Estamos na Igreja, e pôr favor, tenhamos um mínimo de respeito pelo local em que estamos.

E, a Sra. Ermelinda, falou:

- Andreza, já passei várias vezes por isso. Mantenha a calma. Quando chegarmos ao Orfanato, veremos finalmente o que pode ser feito, menina.

- Nem vou comentar. Falou o Eduardo.

E, voltando para a Igreja Cristã Apostólica Evangélica Pentecostal Cristo Reina, restava pouco tempo para se dar início ao Santo Culto. E, então, a Paulinha, falou:

- Bom, amanhã, hei de pedir para o papai comprar uma sandália nova. Essa aqui já está quase apertando os meus pés. E, às outras que eu tenho estão horríveis.

- Vai ter que comprar então umas 20 sandálias. Falou a Beatriz Isabela.

E, o Sr. Henrique, só ouviu, e ficou quieto.

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