4 CAPÍTULO

Bom,  e  já  era  mais  um  dia.  Era  o  dia  3  de  Abril  de  2032 - Sábado.  E  era  7:15  da  manhã.  A  Beatriz  estava  deitada  no  sofá,  a  Paulinha (Sua irmã)  brincando  de  boneca  com  a  Francisquinha,  a  Beatriz  Carina  em  pé  encostada  na  parede  pensativa,  a  Patrícia  conversando  com  a  Francislaine,  os  rapazes  falando  sobre  futebol,  e  tudo  ia  na  maior  normalidade  ali  no  orfanato  Rouxinol.
    Bom, e  de  repente,  a  Diretora  Amanda  aparece  ali  na  porta  do  Orfanato  Rouxinol,  e  olha  para  todos  que  ali  estavam,  e  pega  um  sininho  e  toca.  Bom.  Nisso  todos  se  levantam  e  se  posicionam, e   quem  estava  por  outras  partes  aparece  correndo.  Bom  quase  todos,  pois  a  Beatriz  nem  sequer  se  importou  com  o  sininho  sendo  tocada,  e  ficou  deitada,  como  se  estivesse  dormindo.
    E,  a  Diretora  Amanda,  ao  ver  a  Beatriz  deitada,  olhou  e  falou:
    -  Beatriz,  por  favor,  se  levante.  Tenha  um  pouco  de  consideração.
    -  Ih!  Parece  que  resolveu  dormir  justo  agora.  Só  têm  que  ser  a  Beatriz  mesma.  Falou  a  Tatiane.
    E,  a  Beatriz  se  segurava  para  não  rir.  E  continuou  deitada.  E,  nisto,  o  Zacarias,  falou:
    -  Diretora  Amanda,  a  Beatriz  não  quer  é  levantar  pois  está  muito  acordada,  e  está  até  se  segurando  para  não  rir.
    E,  nisso,  a  Diretora  Amanda,  falou:
    -  Os  dorminhocos  nunca  chegarão  a  algum  lugar,  pois  quem  dorme  nunca  consegue  nada.
    E,  a  Beatriz,  nisso  abriu  os  olhos,  e  falou:
    -  Eu  quero  dormir  um  pouco,  mas  é  impossível  nesse  orfanato.  Tá  bom,  pessoal.  Vocês  venceram.  Podem  comemorarem.  Eu  já  estou  me  levantando.  E  não  precisam  ficarem  tentando  ver  se  me  acordam,  pois  já  estou  bem  acordada.  E,  além  do  mais,  não  sou  tão  dorminhoca  como  muitos  aqui  devem  estarem  pensando,  e...
    -  Para  Beatriz.  Falou  a  Tatiane  a  interrompendo.
    E,  nisso.  a  Beatriz  se  calou.  E,  nesse  ponto  todos  olharam  para  a  Diretora  Amanda,  e  naquela  caixona  que  ela  trazia  e  havia  colocado  no  chão,  esperando  ela  dizer  algo.
    E,  a  Diretora  Amanda,  olhando  para  toda  aquela  turma  que  ali  estava  em  pé,  e  vendo  a  todos,  tomou  a  palavra,  e  falou:
    -  Bom,  crianças  e  adolescentes  desse  Orfanato,  a  proprietária  desse  Orfanato,  a  Senhora  Rayane  decidiu  que  a  partir  desse  dia  todos  vós  deveríeis  usardes  o  uniforme  do  Orfanato  Rouxinol.  E,  ela,  atenciosamente,  mandou  o  uniforme  do  Orfanato,  o  qual  deveis  usardes  a  partir  de  hoje.  E,  o  novo  uniforme  é  esse  que  está  nessa  caixona,  o  qual  agora  estarei  vos  distribuindo.
    E,  a  Beatriz,  que  não  perdia  tempo,  falou:
    -  Sob  qual  alegação,  Diretora  Amanda,  que  ela  quer  que  usemos  esses  uniformes  aí?  Até  hoje  nunca  foi  preciso,  e  agora  se  torna  necessário?  Não  sei,  não,  mas  não  estou  nenhum  pouco  gostando  dessa  história.
    E,  a  Patrícia,  falou:
    -  Você  nem  viu  os  uniformes,  e  já  se  posiciona  contra,  Beatriz?
    E,  nisso,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Patrícia,  tenho  a  certeza  absoluta  de  que  esses  uniformes  não  são  uma  boa  coisa.  E  quando  eu  desconfio  de  algo  fico  totalmente  desconfiada.
    E,  a  Diretora  Amanda  começou  a  dar  os  uniformes  para  os  rapazes  e  para  as  meninas.  E,  a  Beatriz  ficou  bem  afastada  só  olhando.  E,  ela, estava  era  torcendo  para  que  os  uniformes  acabassem  antes  de  chegar  a  vez  dela  receber.
    E,  logo  chegou  a  vez  dela, e  a   Diretora  Amanda,  lha  deu,  e  falou:
    -  Esse  uniforme  é  seu.  Já  dei  para  a  sua  irmã.
    E,  a  Beatriz,  disse:
    -  Diretora  Amanda,  tenho  a  plena  certeza  de  que  não  vai  me  servir.
    -  Experimenta  para  ver  se  não  serve.  Se  não  servir  será  feito  outro  que  te  servirá.  Falou  a  Diretora  Amanda.
    -  Bom,  Amanda.  Falou  a  Beatriz.  -  Vou  ser  sincera  contigo:  não  gosto  de  usar  uniformes.  E  desse  uniforme  não  gostei.  Não  gosto  desse  tipo  de  tecido,  desse  tipo  de  roupa.  Não  combina  nenhum  pouco  comigo  esse tipo  de  tecido.
    E,  a  Diretora  Amanda,  olhou  para  ela,  e  falou:
    -  Beatriz,  me  escute  um  pouco:  nem  tudo  na  vida  é  como  a  gente  quer.  Nem  tudo  na  vida  é  como  nós  queremos.  Às  vezes,  menina,  temos  que  ceder  um  pouco  para...
    E,  nisso,  a  Beatriz,  a  interrompeu,  e  disse:
    -  Não  visto  esse  uniforme  mesmo  que  passem  por  cima  de  mim.
    E,  após  isso  saiu  correndo  dali,  e  foi  para  o  fundo  do  quintal  daquele  Orfanato,  deixando  o  uniforme  caído  no  chão.  E,  a  Paulinha (irmã  dela)  nem  acreditou  no  que  viu,  e  gritou:
    -  Beatriz,  minha  irmã,  vem  cá  um  pouco  e  me  ouça.  Ouça  aqui  a  sua  irmãzinha.
    E,  a  Milena,  lha  falou:
    -  Paulinha,  a  deixe.  Ás  vezes  é  melhor  ficar  um  pouco  a  sós  para  refletir  sobre  suas  próprias  atitudes.  Acho  que  o  melhor  que  podemos  fazer  é  deixar  um  pouco  a  Beatriz  a  sós,  e  quem  sabe  ela  repense  sobre  suas  atitudes  que  acabou  de  tomar,  e  aja  com  mais  sensatez.
    -  Tá  bom.  Falou  a  Paulinha.
    E,  a  Diretora  Amanda,  falou:
    -  Nunca  tinha  visto  ela  agir  assim.  O  que  será  que  ela  têm?
    E,  a  Francislaine,  falou:
    -  Amanda,  é  melhor  deixarmos  para  lá,  pois  a  Beatriz  uma  hora  fica  desse  jeito  e  após  ficar  tempo  sozinha  repensa  sobre  suas  próprias  atitudes  e  acaba  até  mesmo  pedindo  desculpas.  É  normal.  Já  nos  acostumamos  com  as  atitudes  dela.
    E,  a  Beatriz  foi  para  um  lugar  a  sós,  e  ficou  ali  a  contar  as  folhas  que  havia  na  árvore,  e  após  um  tempo,  falou:
    -  Senhor,  será  que  eu  sou  tão  problemática  assim?  Não.  Não  quero  culpar  a  ninguém  pelo  que  faço.  Mas,  meu  Deus,  o  que  eu  faço  para  ser  melhor?  Será  que  eu  tomei  uma  atitude  errada?  Meu  Deus,  por  favor,  me  ajude.  Me  auxilie.  Preciso,  Senhor,  de  ti  para  mudar  meu  modo  de  viver  e  de  agir  de  forma  tão  intempestiva  assim.  Não  quero  mais  ser  dessa  forma.  Amém!
    E,  depois  disso  ela  olhou  para  o  céu,  e  decidiu  voltar  para  junto  de  todos  lá.  E,  ela  chamou  a  sua  irmã,  e  falou:
    -  Paulinha,  minha  irmã,  vou  buscar  uma  resposta,  e  não  sei  que  hora  hei  de  voltar.  Fique  aqui  no  Orfanato  e  por  favor,  não  saia  daqui.
    E,  a  Paulinha,  falou:
    -  Bia,  minha  irmã,  talvez  a  resposta  que  tanto  procuras  esteja  naquele  livro  de  capa  preta  que  tu  nem  lês.  E,  o  que  o  Papai  nos  ensinou? Nos  ensinou  a  buscar  a  Deus  em  oração.  Por que então  não  o  buscas  em  oração,  minha  irmã?
    E,  ela,  a  Beatriz,  falou:
    -  Como  posso  buscá-lo  em  oração,  minha  irmã? 
    -  Se  tiverdes  fé,  minha  irmã,  o  buscarás  e  o  acharás.  Respondeu  a  Paulinha.
    E,  a  Beatriz,  nisso  foi  para  um  local  a  sós,  e  se  ajoelhou,  e  orou  assim:
    -  "Senhor  meu  Deus,  estou  cheia  de  problemas.  Não  sei  me  comportar  direito.  Nada  faço  certo.  Tudo  o  que  faço  é  errado.  Sou  bem  problemática.  E  até  mesmo  faço  coisas  que  deixam  às  pessoas  abismadas  e  até  mesmo  escandalizadas.  Hoje  ao  receber  o  uniforme  não  o  quis,  agi  de  forma  totalmente  errada  e  que  não  era  esperado  por  ninguém.  Estou  até  com  vergonha  de  falar  com  a  Diretora  e  com  todos.  Não  sei  o  que  fazer.  Estou  no  fundo  do  poço.  Bom.  Sou  uma  miserável  pecadora.  Senhor,  me  desculpe  interrompê-lo,  pois  sei  que  tens  muitas  coisas  importantes  a  fazer,  mas  preciso  de  Ti.  Preciso  de  sua  ajuda".
    E,  nisso,  ela  viu  uma  grande  luz,  e  olhou  adiante,  e  viu  uma  cruz,  e  uma  voz  vinda  da  cruz,  falou:
    -  Filha  minha,  se  aproxime.
    E,  ela,  se  aproximou,  e  disse:
    -  Senhor,  sou  pecadora,  e  tenho  muitos  pecados.  Me  perdoe.  Entrego  minha  vida  em  tuas  mãos.  Faça  de  mim  o  teu  querer.
    E,  naquela  hora  ela  se  entregou  a  Jesus,  e  Jesus  lha  disse:
    -  Está  perdoada.  Vá,  e  não  peques  mais.
    E,  após  isso, a   Beatriz  olhou  e se  viu  de  novo  no  quintal  do  Orfanato,  e  foi  correndo  a  contar  o  que  lha  aconteceu,  e  tocou  o  sininho,  e  todos  apareceram  correndo,  e  a  Francislaine,  perguntou:
    -  Beatriz,  o  que  ocorreu?
    E,  estando  todos  ali,  a  Beatriz  falou:
    -  Tive  uma  experiência  maravilhosa.  Estava  lá  no  fundo  do  quintal,  e  ajoelhada,  e  orando  a  Deus,  e  de  repente  vi  uma  luz,  e  em  seguida  uma  cruz...
        E,  contou  em  detalhes  o  ocorrido.  E,  a  Tatiane  acreditou  assim  como  alguns  outros, e  outros  duvidaram.  E,  a  Marcela,  falou:
    -  Deve  ter  sonhado  ou  alguma  coisa  parecida.
    E,  após  ter  contado  tudo, a   Beatriz  pediu  a  todos  perdão  pelo  que  ocorreu  na  hora  do  uniforme,  e  também  pediu  perdão  por  tudo  o  que  havia  feito  de  errado.  E,  a  Milena,  falou:
    -  Não  sei  o  que  muitos  aqui  vão  acharem  do  que  a  Beatriz  contou,  se  vão  acreditarem  ou  não,  mas  uma  coisa  é  certa.  Ela  está  bem  mudada.  Nem  parece  mais  a  mesma  Beatriz  que  antes.
    E,  a  Beatriz,  a  partir  daí  se  tornou  mais  prestativa  e  mais  amorosa,  e  começou  a  ler  o  Livro  Sagrado  dos  Cristãos,  a  Bíblia.  E,  ela,  decidiu  que  iria  viver  uma  vida  realmente  cristã,  e  que  não  faria  mais  coisas  erradas.

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