51 CAPÍTULO

 

E já era o dia seguinte, o dia 13 de Maio do ano do Senhor de 2032 - Quinta-feira. E, já era mais um lindo dia ali em Safira do Sul.
E, nesse exato dia, quando já era 10:25 da manhã, a Diretora Joyce Aline Renata apareceu por ali. E, o Sr. Henrique, falou:
- Bom dia, Sra. Joyce, o que a trás aqui?
- Bom dia, Sr. Henrique. Falou a Diretora Joyce. - O que me trás por aqui é informar que a Academia Educacional está se fechando. Respondeu ela. - É que agora os pais resolveram tomarem às rédeas do ensino, e eles próprios ensinarem os seus filhos e filhas. Portanto, já não vejo mais motivos para manter uma instituição de ensino aberta. Complementou ela.
- E o que hás de fazer agora da vida? Perguntou o Sr. Henrique.
- Hei de fazer o que há muito tempo desejava. Hei de ser dona de casa, cuidar do lar, me preocupar tão somente com o andamento da minha casa, fazer tricô, essas coisas que às mulheres sempre gostam de fazerem. Respondeu a Sra. Joyce. - E aliás, como está a família, às crianças, e tudo o mais? Perguntou a Sra. Joyce.
- Está tudo bem. Respondeu o Sr. Henrique.
E, ela, em seguida, se despediu e foi embora.
E não demorou muito e apareceu o medico Fernando, que raramente aparecia por ali.
E, ele, ao chegar, falou:
- Fale pra Diretora Amanda, que tenho que falar com ela, com o Sr. Francisco, e também contigo e com a Sra. Isabel, mas lá na Diretoria do Orfanato. É algo muito importante.
E, em pouco tempo já estavam na Diretoria. E, a Diretora Amanda, falou:
- Médico Fernando, que assunto é esse que vêm a tratar conosco aqui na Diretoria?
E, o médico Fernando, falou:
- É sobre a Sra. Rayane.
- O que aconteceu com a Sra. Rayane? Perguntou o Sr. Francisco.
E, o médico Fernando, olhou diretamente para todos, e após um breve silêncio, talvez procurando às palavras adequadas para anunciar o ocorrido, falou:
- Bom, Sr. Henrique, Sr. Francisco, Sra. Isabel e Sra. Amanda, como bem sabíeis há uns dias atrás a Sra. Rayane foi hospitalizada. E o estado de saúde dela era muito grave. E fizemos todo o possível. Mas...
- Mas o quê? Perguntou a Sra. Isabel.
E, ele, o médico Fernando, falou:
- Mas, apesar de todos os nossos esforços que tivemos, não conseguimos evitar o inevitável. E, hoje às 9:30 da manhã em ponto, a Sra. Rayane morreu. O coração parou de bater. Não respirava mais. Ficou totalmente inerme, sem respiração, sem coração batendo, totalmente morta.
E, o Sr. Francisco, perguntou:
- Já comunicou a família dela?
- Já comuniquei, e vim aqui comunicar-vos. Falou o médico Fernando.
E, o Sr. Henrique, falou:
- Diretora Amanda, temos que comunicar às crianças.
E, a Sra. Isabel, falou:
- Mais uma vida que se vai dessa vida.
E, o médico Fernando, falou:
- Se há algo que em todos esses anos não consegui foi entender o por quê e a razão da morte. Todo dia estamos ali tratando os doentes, e de repente os pacientes acabam morrendo.
E, em seguida, a Diretora Amanda, se encontrou com a Sra. Ermelinda, a Zeladora do Orfanato, e falou:
- Vá e chame a todos.
- Chame também a Paulinha e a Beatriz. Falou o Sr. Henrique.
- É pra já. Mas o que aconteceu? Falou a Sra. Ermelinda.
Mas não obteve nenhuma resposta naquele momento.
E. ela, foi, e estavam todos ali no campo de futebol, com exceção da Beatriz, que tinha descido na direção do rio, juntamente com a Paulinha, com a Beatriz Carina e com a Francislaine.
Com exceção dessas quatro todo o restante estava ali.
E, a Sra. Ermelinda, falou:
- É para todos irem na Sala do Orfanato, pois a Diretora Amanda e o Sr. Henrique têm algo muito importante a vos falar.
- Mais uma vez reunião importante. Falou a Tatiane.
E, a Renata, falou:
- Faz tempo que não temos uma dessas reuniões importantes.
- Mas também faz tempo que a Sra. Rayane não nos reúne para essas reuniões. Falou o Marcelo.
- Não faz tanto tempo assim não. Falou a Milena.
E, lá em baixo no rio, a Beatriz, falou:
- Vamos atravessar o rio nessa canoa.
- O que têm lá de tão importante, Bia? Perguntou a Beatriz Carina.
- É que quero vos mostrar toda a extensão da Fazenda. E faz tempo que não vou para essa outra parte da Fazenda.
E, a Francislaine, falou:
- Vamos logo, pois daqui a pouco logo será o almoço.
E a Paulinha, até então ficava quieta, como que observando. E logo entraram na canoa, e em poucos minutos atravessaram o rio de canoa. E, ao atravessarem o rio, levaram a canoa até a terra, e a amarraram num tronco de árvore, e foram subindo.
Aquela Fazenda era enorme. E, de repente, a Paulinha recebeu um bilhete trazido por um pássaro, e o leu e o entregou para sua irmã, que o leu também:.
E, nele dizia o seguinte:

“De Beatriz Regina e Paula
Para Beatriz e Paulinha.

Bom dia. É com muita satisfação que vos enviamos essa carta.
Encontramos alguma coisa, e gostaríamos de conversarmos convosco. Estaremos na vossa fazenda, mas lá no final da vossa Fazenda, na parte que fica atrás do rio.

Atenciosamente, Beatriz Regina e Paula.”

E, a Beatriz Carina, perguntou:
- Quem vos mandou esta carta?
- A Beatriz Regina e a Paula. Elas vão nos encontrarem lá em cima. Respondeu a Paulinha.
- Mas como elas sabem que estais indo para lá? Perguntou a Francislaine.
- Creio que já tenham nos visto, e nos mandou essa cartinha. Respondeu a Beatriz.
E, realmente às tinham visto. E, lá no fim da Fazenda, estavam a Beatriz Regina e a Paula.
E, a Paula, falou:
- Será que elas vão chegarem logo aqui?
- Elas estão vindo, Paula. Eu às vi, e já mandei a carta pelo passarinho. Precisamos descortinar o nosso passado. Não sei se elas são nossas irmãs ou não. Mas se não forem, logo saberemos. E, se for iremos com elas ver o nosso papai. Falou a Beatriz Regina.
E, lá no Orfanato...
- Cadê a Beatriz, a Paulinha, a Francislaine e a Beatriz Carina? Perguntou a Sra. Ermelinda.
- A última vez que às vi. Respondeu o Zacarias. - Estavam descendo na direção do rio. Não disseram o que iam fazer nem para onde iam. Complementou ele.
E, o Sr. Henrique, falou:
- Só espero que não tenham atravessado o rio de canoa.
- Por quê? Perguntou a Cristina.
- Pois senão, teremos apenas duas alternativas: ou esperá-las retornarem ou atravessar o rio a cavalo. Respondeu o Sr. Henrique.
E, enquanto isso, a Beatriz, a Paulinha, a Francislaine e a Beatriz Carina continuavam indo, e após algum tempo, finalmente chegaram ao lugar aonde a Beatriz Regina e a Paula às esperavam.
Ali haviam vários túmulos, túmulos da família, de pessoas da família que ali foram enterradas. E, a Francislaine, ao ver os túmulos, falou:
- Não sabia que aqui haviam túmulos de pessoas mortas.
E, a Paulinha, falou:
- São pessoas da nossa família. Esse túmulo aqui é do nosso pentavô e da nossa pentavó.
E, a Beatriz confirmou. E, em seguida, a Beatriz, falou:
- Beatriz Regina e Paula, bom dia.
- Bom dia. Falaram ambas.
- Vamos ao assunto. Falou a Paulinha.
E, a Beatriz Regina, falou:
- Beatriz e Paulinha, nós duas há anos atrás perdemos nossas irmãs, e não sabemos aonde encontrá-las.
E, a Beatriz, perguntou:
- Aonde às vistes pela última vez?
E, a Beatriz Regina, falou:
- A última vez que ás lembro de ter visto, estávamos nós quatro na nossa fazenda, eu e a minha irmã gêmea estávamos de pé e eu cuidava da Paula e ela cuidava da nossa outra irmãzinha. E tanto a Paula como essa outra irmãzinha estavam no carrinho. DE repente a minha irmã gêmea, me disse: “- Vou levar essa nossa irmãzinha para dentro e logo depois estaremos de volta. “ E, eu falei: “Tá bom. Depois vamos continuarmos conversando, minha irmã” E quando elas entraram, não sei quem, jogou uma capa preta sobre eu e a Paula, e nos seqüestrou, e nos colocou dentro de um carro. Depois disso, quando fomos tiradas, estávamos bem longe de casa, e fomos colocadas num lugar, numa espécie de orfanato. Nunca mais tivemos notícias das nossas irmãs e nem da nossa família.
E, a Beatriz, olhou para ela atentamente, e após um período em silêncio, falou:
- Beatriz Regina, tu tens certeza? Pois a história é bem parecida com o desaparecimento de nossas irmãs.
- Tenho a mais absoluta certeza. E o mais estranho, é que a minha irmã se chamava Beatriz, e a outra que nunca mais vimos eu costumava chamá-la de Paulinha assim como a minha irmã Beatriz.
E, a Francislaine e a Beatriz Carina tinham se afastado um pouco, e para onde foram, logo a Beatriz Carina achou um negócio, e falou:
- Encontrei aqui um carrinho de bebê.
E, a Paulinha olhou, e falou:
- Esse era o meu carrinho de bebê.
- É igualzinho o meu, segundo relatos da minha irmã Beatriz Regina. Falou a Paula.
E, a Beatriz, perguntou:
- Têm alguma foto de quando eram crianças com às vossas irmãs?
- Tenho sim. Deixo pegar. Falou a Beatriz Regina.
E, ela pegou, e mostrou para a Beatriz e para a Paulinha, e a Paula também olhou, e às quatro ficaram durante alguns minutos olhando uma para a outra. E, não foi nem a Beatriz e nem a Beatriz Regina que se abraçaram ou disseram qualquer coisa, ao olharem às fotos, mas foram a Paulinha e a Paula, que sem que suas irmãs se dessem conta, se abraçaram, e na maior alegria, falaram bem alto, como se tivessem ganhado uma competição, assim:
- Somos irmãs! Somos irmãs! Somos irmãs! Somos irmãs!
E dos olhos da Beatriz e da Beatriz Regina, começaram a escorrerem lágrimas de alegria. E, a Beatriz, falou:
- Beatriz Regina, diante dessa foto, é inegável que se está provado o fato de que somos irmãs.
E, a Beatriz Regina, falou:
- Finalmente nos encontramos, minha irmã.
E, ambas em seguida se abraçaram. E, a Beatriz Carina e a Francislaine se alegraram com às quatro, compartilhando da alegria delas.
E, diante de tanta alegria, até se esqueceram da hora, e ali naquele local ficaram comemorando tal alto, que se deu para ouvir lá na casa da Fazenda, ainda que mui distante estivessem da casa da Fazenda.
E, o Sr. Francisco, ao ouvir tal coisa, falou:
- Parece que estão comemorando algo.
- Mas por quê estão tão alegres? Perguntou a Tatiane.
- Só se dá para perceber que estão a festejar, mas o quê estão a falar ou a gritar não é bem nítido. Falou o Sr. Francisco.
E, nesse ponto, o Sr. Francisco mais o Sr. Henrique, partiram imediatamente na direção de tal comemoração, e também o médico Fernando também partiu para lá. E foram a cavalo, a galope.
E tão logo foram se aproximaram, ouviram: “Somos irmãs!”. E não entenderam nada, e quando viram que era a Beatriz, a Beatriz Regina, a Paula e a Paulinha que falavam bem alto que eram irmãs ficaram mais ainda sem entenderem nada. E, o Sr. Henrique, esperou se aquietarem, e após se aquietarem, falou:
- Pois bem, Paulinha, Beatriz, Beatriz Regina e Paula, que negócio é esse de somos irmãs? Poderiam me explicarem esse negócio das quatro se declararem irmãs? Que eu saiba tenho duas filhas, e minhas outras duas filhas sumiram há anos atrás, e nem sei aonde devem estarem.
E, a Beatriz, olhou para o seu pai, e falou:
- Papai, olhe essa foto que a Beatriz Regina trouxe, e olhe atrás o que está escrito?
E ele olhou, e atrás da foto, dizia-se:

“Beatriz, Beatriz Regina, Paulinha e Paula, às meninas mais bonitas da família.”

E, ele olhou aquela foto, e ficou com um período em silêncio, e falou:
- Minhas quatro filhotas, abracem o papai aqui.
E, às quatro o abraçaram, e a Francislaine e a Beatriz Carina, mais o Sr. Francisco e o Médico Fernando, só ficaram olhando. E após o abraço, ele falou:
- Beatriz Regina, desde quando essa foto está contigo?
- Desde que a Paula e a Paulinha andavam nesse carrinho que hoje está aqui quebrado, papai. Falou a Beatriz Regina.
E, a Paula, falou:
- Papai, fazia tempo que queria te conhecer. Como é bom ter um pai novamente.
- Nunca deixei de ser vosso pai, Paula. Falou o Sr. Henrique.
E, a Paulinha, falou:
- Vovô venha cá abraçar suas duas outras netas que são nossas irmãs.
E, ele foi, e falou:
- Ufa! Ter quatro netinhas é muito bom.
E, o médico Fernando, falou:
- Como é bom ter uma família novamente se reunindo.
E, alguns minutos depois, o Sr. Henrique, falou:
- Vamos para a casa.
E foram, e quando chegaram ali na frente da casa grande, já era 12:45 da tarde. E todos foram reunidos, e a Tatiane, falou:
- Por que também estão aqui a Beatriz Regina e a Paula.
E, o Sr. Henrique, falou:
- Diretora Amanda, deixe que eu falo, pois tenho coisas a contar.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Tá bom, Sr. Henrique.
E, o Sr. Henrique, falou:
- Tenho duas notícias a dar hoje. Uma é de muita alegria e festa, e era a notícia que me era a mais esperada em todos estes anos. A segunda, infelizmente, é uma notícia triste, e de muita tristeza, mas que terá que ser dada, pois faz parte da vida.
E todos que ali estavam, tanto rapazes como garotas, ficaram em silêncio, quietos, para ouvir o que o Sr. Henrique havia de dizer naquele momento. E, a Tatiane, queria saber o por quê que a Beatriz Regina e a Paula também estavam ali, e justamente do lado da Beatriz e da Paulinha.
E, o Sr. Henrique, falou:
- Há alguns anos atrás, quando a Paulinha era nenê, eu tinha além dela e da Beatriz outras duas filhas, às quais me foram tiradas, não sei por quem, e às levou para mui longe de mim e de minha família, o que deixou toda a nossa casa em estado de tristeza, pela perda de duas filhas nossas. Apesar de tudo, soubemos superarmos o problema, e tocar a vida para a frente, mas sempre com a esperança de as reencontrar um dia, não importando o estado em que estivessem, pois filhas são filhas e ponto final. Há algumas semanas atrás a Beatriz Regina e a Paula apareceram por aqui, e como bem sabeis são bem parecidas com a Beatriz e a Paulinha. Apesar de tudo, sempre consideramos que isso só significasse que alguma garota parecesse com nossas filhas sem ser irmãs delas e portanto, nossas filhas. Mas hoje, quando fui lá para cima, para o fim dessa fazenda, vi essas quatro falando bem alto que eram irmãs, e quando me foi mostrado essa foto, que aliás, a Beatriz Regina, há muito tempo guardava com ela, se descobriu que não podia ser diferente do que agora vos digo na maior alegria da minha vida, que eu já tive até hoje: encontrei às minhas duas filhas, ou melhor, às minhas filhas Beatriz e Paulinha encontraram suas irmãs que a tanto tempo procurávamos e não achávamos. A Beatriz Regina e a Paula são minhas filhas, sendo que a Beatriz e a Beatriz Regina são gêmeas assim como a Paulinha e a Paula.
E, a Beatriz tomou a palavra, e contou nos mínimos detalhes como tudo foi descoberto, como se descobriu que eram irmãs, e todos ali se alegraram, e a Sra. Isabel, falou:
- Minhas duas filhas sumidas finalmente em casa.
E, abraçou a Beatriz Regina e a Paula. E após todo esse momento de alegria, o Sr. Henrique tomou uma cara mais séria, e pediu silêncio, e falou:
- Bom, como falei, tínhamos também uma notícia muito triste para dar. A Sra. Rayane, que como todos vós já deveis saberem, foi hospitalizada no hospital.
- Disso todos nós sabemos. Falou a Patrícia.
E, o Sr. Henrique, falou:
- E hoje, o médico Fernando veio aqui, e lá na diretoria nos deu a notícia, que agora, com grande tristeza vos repasso: hoje às 9:30 da manhã em ponto, a Sra. Rayane, proprietária do Orfanato Rouxinol, veio a falecer.
E todos ali ficaram com cara triste. E ninguém ali quis saber de almoçar. E, passado um certo tempo, apareceu ali a Srta. Allana Georgina, que ao chegar, e correndo, foi diante do Sr. Henrique, e falou:
- Sr. Henrique, descobri esse papel nos documentos da Sra. Rayane.
- Srta. Allana Georgina, não é certo o que fazes. Falou o Sr. Henrique.
E, ela, a Srta. Allana Georgina, falou:
- Esse documento informa aonde suas filhas estão e quem às seqüestrou. Informa que a Sra. Rayane é a responsável por isso, e quem a ajudou nessa medida criminosa há anos atrás, e trás o nome dessas duas filhas desaparecidas. Aliás, será ótimo para processar a Sra. Rayane, após ela sair do hospital.
E. ela olhou para ele, e falou:
- Que cara é essa, Sr. Henrique? Por acaso fiz algum mal? Ou por acaso cometi algum crime?
- Srta. Allana Georgina. Falou o Sr. Henrique. - Quanto às minhas duas filhas desaparecidas já as encontrei. E quanto a Sra. Rayane, o médico Fernando veio aqui e já nos comunicou que a Sra. Rayane faleceu hoje às 9:30 da manhã.
- Nem sabia que ela tinha morrido. Tinha saído do local de serviço e tinha ido dar umas voltas. Então ela faleceu? Falou a Srta. Allana Georgina.
- Faleceu. Falou o Sr. Henrique.
E o Sr. Henrique viu o tal documento, e falou:
- Srta. Allana Georgina, quanto a esse tipo de documento deve se entregar a polícia, pois se mais alguém participou de tal coisa, deve-se investigar quem foram os comparsas. Agora, em relação a Sra. Rayane, nada mais podemos fazer a não ser, conforme ordena a caridade cristã, enterrá-la. Aliás, tenho que ir à justiça, ao reformatório, e informar que reencontrei minhas duas filhas desaparecidas.
- Creio que o Sr. Alexsandro Roberto Miguel Nuno Alves, diretor do Reformatório, que não vai ficar muito contente com isso. Falou a Srta. Allana Georgina.
E, enquanto isso, a Beatriz dava algumas roupas para a Beatriz Regina e a Paulinha dava algumas roupas suas para a Paula. E, às quatro ficavam lá dentro de casa, conversando e contando uma para a outra tudo o que ocorrera. Não se sabia quem mais tinha o que contar.
E, a Beatriz Regina, falou:
- Beatriz, agora o que eu mais quero é ser uma boa filha para o papai e não lhe dar dor de cabeça, e nem para a mamãe, e a Paula também.
E, a Beatriz, falou:
- Agora, esqueçam o passado. Agora, estamos em família. Somos uma família, e devemos olharmos para a frente, e fazermos aquilo que é certo.
E, a Paula, falou:
- A Paulinha, agora, quer me ensinar tricô.
E, lá na sala do orfanato, a Andreza, falou:
- Agora a Beatriz e a Paulinha vão ficarem só com às irmãs dela.
E, a Michelinha, falou:
- Andreza, há muito tempo estavam separadas. É normal, é natural, que agora que se reencontraram e que descobriram que são irmãs, fiquem juntas um dia inteiro. Elas são irmãs, portanto é importante que tenham um vínculo fraternal, que formem esse vínculo agora, e o fortaleçam. E devias estar alegre por isso.
E, o Sílvio, falou:
- Só quero saber o que será agora do Baderneiros do Tempo, visto que a Sra. Rayane está morta.
E, o Eduardo, falou:
- Creio que o Vítor tenha a melhor resposta para isso.
E, nisso, a Michelinha convocou uma reunião extraordinária em outro lugar, e foram os cinco para lá, inclusive o Vítor.
E, após dar-se início a tal reunião, a Michelinha, falou:
- Quem formou esse Baderneiros do Tempo foi a Sra. Rayane, que queria que acabássemos com a paz aqui no Orfanato. Com o tempo passamos a convivermos com a turma aqui, e vimos que bem nos receberam, e bem nos têm tratado, principalmente a Beatriz. Ninguém aqui têm nos feito mal em todo este tempo que estamos aqui, nem o Sr. Henrique, mas temos tido boa comida, como nunca tivemos em nenhum outro lugar. Hoje, a Sra. Rayane, morreu. E em todo esse tempo ela nunca nos deu nem comida nem bebida, e por bebida me refiro a água, suco e refrigerante. Ela só aparecia aqui e o máximo que fazia era dar ordens, e pouco ligava para saber se estávamos bem de saúde ou não, ao contrário de todos que aqui convivem conosco. Agora, meninos e meninas, diante de todo o exposto por mim, iremos prejudicar aqueles que bem nos têm feito? E iremos fazermos a vontade de alguém que nunca se importou com o nosso bem estar, e que agora morreu e não nos fará nada por nós e nem mesmo poderá nos defender? Pensem bem. Minha sugestão é: extinção oficial dos Baderneiros do Tempo.
E, o Vítor, após ouvir isso, falou:
- A nossa amiga Michelinha têm razão. Já está na hora de ficarmos do lado de quem realmente se preocupa conosco, e lhes fazer o bem. Portanto, fica oficialmente extinto os Baderneiros do Tempo.
E com isso, os Baderneiros do Tempo eram ali oficialmente extintos.
E com todos esses acontecimentos num único dia, era um sinal de novos tempos, os quais se pouco sabia o que trariam. E, a Milena, conversando com a Patrícia, perguntou:
- E agora, quem será o novo proprietário ou a nova proprietária do Orfanato? Como ficará a situação do orfanato, e portanto, a nossa situação?
- Eu é que não sei. Respondeu a Patrícia. - Aliás, temos que nos trocar para irmos ao enterro da Sra. Rayane. Complementou a Patrícia.
- Beatriz, Beatriz Regina, Paulinha e Paula, se troquem meninas, para irmos ao enterro da Sra. Rayane. Falou a Sra. Isabel bem alto.
E, às quatro se trocaram.

Tópico: 51 CAPÍTULO

Não foram encontrados comentários.

Novo comentário