60 CAPÍTULO

 

E, já era 18:35 da tarde desse mesmo dia, que era o dia 25 de Maio do Ano do Senhor de 2032 - Terça-Feira. A Beatriz já tinha tomado banho, e já estava no seu quarto, e olhando os seus vestidos, falou:

- Com qual vestido vou a Igreja. Deve ser um vestido adequado e bem modesto, pois se deve ter modéstia.

E, enquanto isto, a Paulinha se olhou no espelho, e falou:

- Já me decidi. Vou ir com esse vestido. Fica bem melhor.

E, enquanto isso, lá no Orfanato, a Tatiane, falou:

- O que será que o Pastor Maurício vai pregar hoje.

E, a Beatriz Carina, falou:

- Só sei dizer uma coisa: que há pessoas que necessitam de uma palavra de repreensão dentro da Igreja

E, a Francislaine, falou:

- Não pode dentro da Igreja ser glória a Deus e fora da Igreja viver uma vida fora dos padrões bíblicos. Isso é farisaísmo.

E, a Cristina, falou:

- Outra coisa importante a frisar é que caridade não é propaganda. Se você faz caridade ninguém precisa saber que você está fazendo caridade. Você não deve sair a rua e ficar dizendo que está fazendo caridade.

- Como bem disse Jesus: Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita. Falou a Tatiane.

- Então como se deve ajudar aos pobres? Perguntou a Milena.

E, a Beatriz Carina, falou:

- Você vai, leva secretamente um alimento para os mais pobres e deixa na porta ou numa mesa da casa de uma pessoa pobre, e em seguida, sai de lá, e vá embora sem comentar nada com ninguém. Assim, ainda que ninguém vai saber que você ajudou a uma pessoa pobre, o Pai Celestial que está nos céus vê que tu ajudastes a um pobre e lhe há de recompensar.

E, a Tatiane, falou:

- A Beatriz falou a verdade, Milena.

E, a Milena, falou:

- Isso mesmo. Ninguém precisa saber se pessoa A ajuda o pobre X ou o pobre Y.

- Correto. Falou a Cristina.

E, quando já era 18:40 da tarde, todos os que eram Evangélicos, tanto ali do Orfanato como da Casa Grande, saíram da Fazenda, e foram na direção da Igreja   Cristã Apostólica  Evangélica Pentecostal Cristo Reina para participarem do Santo Culto, que seria logo mais às 19:30 da noite.

E, ali no orfanato ficaram a Diretora Amanda, a Sra. Ermelinda, a Patrícia, o Marcelo, a Milena, o Edílson, a Andreza, o Sílvio, o Eduardo e o Vítor.

E, quando já estavam chegando a Igreja, a Beatriz viu o Jepherson e o saudou, e após isso, falou:

- Senhorzinho Jepherson, andas sumido. Não me apareceu mais em casa e na Igreja há dias não anda a vir. Por aonde andas a ir? Ou para que bandas fostes?

E, o Jepherson, falou:

- Senhorita Beatriz, depois da vitória da Monarquia, que aliás tu és a maior defensora aqui nesta cidade, decidi me reunir com os órfãos da República para derramar às lágrimas pelo fim da República.

E, a Beatriz, falou:

- Já que tocas no assunto, devo informá-lo que a monarquia é muito melhor que a República.

- Só que os Estados Unidos da América do Norte é um país Republicano. E nesse ano, por lá, estará sendo o mais novo Presidente dos Estados Unidos da América.

- Só que a Inglaterra é uma Monarquia, e vive muito bem sendo um país monárquico. E, aliás, aqui estamos nos Estados Unidos de Safira do Sul, um país com forte tradição monárquica, cujo povo é monarquista de carteirinha. E, vocês Republicanos bem que tentaram, mas não conseguiram erradicar o ótimo sentimento monarquista do povo Sul-Safiriano. Falou a Beatriz.

- Só que o Brasil era uma monarquia e se tornou uma república. Falou o Jepherson.

E, a Beatriz, falou:

- Só que o Brasil tinha um Imperador legítimo, Dom Pedro II, e o Marechal Deodoro da Fonseca, que era Chefe do Exército e que tinha a obrigação de ficar do lado do Imperador, se bandeou pros lados republicanos por puro interesse, isto sim, e por isto é que se deu a Proclamação da República, que nada mais foi do que um golpe de Estado.

- Só que devido a República o povo passou a ter direito ao voto.

- Só que a República só foi proclamada também por que os escravocratas brasileiros, quando se deu a libertação dos escravos pela Princesa Isabel, ficaram descontentes por não terem mais escravos, e por essa causa se aliaram aos Republicanos. Falou a Beatriz.

E, o Jepherson, falou:

- Há países monarquistas em que a população é pobre.

- E há muito mais países republicanos em que a população vive na total miséria, e de tempos em tempos ocorrem verdadeiros golpes de estado.

E, a Micaela, se aproximou, e falou:

- O Senhor República e a Senhora Monarquia poderiam, pôr favor, pararem com essa discussão, pois o Culto logo vai começar, e já estou cansada dessa discussão.

E, nisso, pararam, e logo entraram na Igreja. E, o Culto começou, e passou-se o tempo, e já era 20:15 da noite, e se leu Mateus 6 verso 33, e se fez a oração. E, após isso, o Pastor Maurício começou a pregar, e pregou o seguinte:

- Irmãos e Irmãs, a Palavra de Deus nos diz que devemos buscarmos primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas nos serão acrescentadas. Não se está a falar para buscar o reino da monarquia ou o reino da república. Não se está falando para buscar o Reino da Inglaterra, nem o reino dos Estados Unidos da América, nem o Reino do Brasil e muito menos o reino dos Estados Unidos de Safira do Sul. Não é Brasil, nem Safira do Sul, nem Inglaterra e nem Estados Unidos da América do Norte que devemos buscarmos, mas o reino de Deus. O reino de Deus e a sua justiça. Mas sabem o que vejo? Pessoas se preocupando com coisas mínimas, como República ou Monarquia, como se a República e a Monarquia fossem a própria tábua da Salvação. Em vez de falarem do reino de Deus e da sua justiça. Em vez de falarem das coisas do alto, quando se encontram ficam falando do quê mesmo? De República e de Monarquia, de qual é o melhor regime ou forma de governo, como se isso fosse mais importante para suas vidas espirituais. Ficam se digladiando acerca disso. Vêem na Igreja, mas mais parece que estão indo a um encontro político partidário ou a um debate político. Um fica se lamentando do por quê que o país não é mais República. A menina fica falando das maravilhas de ser o país uma Monarquia. Irmã Beatriz e Irmão Jepherson, e o reino de Deus e a sua justiça? Aonde está o reino de Deus e a sua justiça em suas vidas? Será que a vossa vida só se resume a polí9tica e a ficar com picuinhas sobre política? Por acaso, a República, irmão Jepherson, vai te dar a Salvação Eterna? Irmã Beatriz, por acaso, a Monarquia vai te garantir a entrada no reino dos céus? Por acaso, irmão Jepherson, um Presidente da República pode te dar a salvação eterna? Por acaso, irmã Beatriz, o nosso Imperador ou Rei, e isso digo acerca do Imperador ou Rei daqui de Safira do Sul, morreu pelos seus pecados para te salvar? Sim, devemos respeitarmos às autoridades e orarmos por elas, mas somente em Cristo Jesus há salvação. Reis, Imperadores, Presidentes da República são seres humanos e não podem nos salvarem. Eu, Pastor Maurício, não posso salvar a ninguém. Mas Jesus Cristo pode, pois Jesus Cristo é o Nosso Salvador. Por quê, então, irmão Jepherson e irmã Beatriz, nesse tempo que vós gastais discutindo sobre Monarquia e sobre República não gastais para anunciardes o Evangelho, para falardes sobre o reino de Deus e sobre a sua justiça?

E, o Pastor Maurício continuou a sua pregação. E, tanto a Beatriz como o Jepherson, ao ouvirem tal mensagem, se ajoelharam e pediram a Deus perdão, e viram que estavam mais preocupados com coisas terrenas e materiais do que com o reino de Deus e a sua justiça. E após o término do Santo Culto, a Beatriz, falou:

- Pastor Maurício, hoje foi dura a palavra.

E, o Pastor Maurício, falou:

- Irmã Beatriz, devo pregar aquilo que Deus manda. Às vezes é necessário uma palavra de repreensão e de correção. Deus nos repreende e nos castiga porque nos ama. Devo pregar sobre o amor mas também devo pregar sobre a ira de Deus. Devo exortar e devo repreender, devo redarguir e corrigir, e tudo dentro e de acordo com o ensinamento bíblico. Esta é a minha missão como Pastor. Devo pastorear a Igreja que Deus colocou nas minhas mãos.

E, o Jepherson, falou:

- Exagerei na dose. Devia falar mais do reino de Deus e da sua justiça, das coisas de Deus do que ficar discutindo sobre República e Monarquia.

E, o Pastor Maurício, falou:

- Irmão Jepherson e Irmã Beatriz, ambos precisam de entenderem que para todo e qualquer assunto têm o seu tempo apropriado. Mas, ambos falam de alguns assuntos em momentos inapropriados. E em vez de falarem um pouco mais entre si sobre Deus, sobre o Reino Deus, só sabem falarem quando se reúnem sobre Monarquia e República.

E, o Samuel, falou:

- Foi uma boa mensagem que nos serve de ensinamento de como nos portarmos e que nos mostra qual é a vontade de Deus para às nossas vidas.

E, a Micaela, falou:

- O que é amor?

- Amor. Falou a Beatriz. Ao lermos I a Coríntios 13 entendemos que o amor é paciente, benigno, sabe esperar, é sofredor, não é ciumento, não se vangloria, não busca os seus próprios interesses, não se alegra com a injustiça, mas tão somente com a verdade, não se irrita, não suspeita mal. O amor é paciente e sabe esperar, isto é, o verdadeiro amor, quem realmente ama sabe esperar a pessoa amada. Não importa a distância em que a pessoa amada esteja, quem ama de verdade espera pela pessoa amada a vida inteira, e espera com paciência, perseverança. Quem ama sofre junto da pessoa amada, está sempre ali do lado. Quem ama, muitas vezes, ao ver que a outra pessoa esta errada, afirma que a outra pessoa está em pecado e a exorta a que se arrependa e que mude de vida. E muitas vezes o amor é levado a ser duro com quem ama para que se corrija.

E, o Jepherson, falou:

- Quem ama de verdade não deseja o mal, não faz mal, e também não age de forma traiçoeira.

- E se uma pessoa disser que não te ama, que não gosta de você, qual a atitude que você deve então tomar? Perguntou a Micaela.

E, o Samuel, falou:

- O melhor seria se perguntar: qual a atitude de que não devo tomar nesse caso? E já que falei nisso, deixo dizer: Se uma garota diz não gostar de mim, não devo ficar atrás dela. Suponhamos que a tal garota se chame Marieta. Se Marieta não dá nem bola para mim, diz não gostar de mim, me despreza, eu não devo ficar atrás dela, dizendo: “Marieta! Marieta!” E também não devo ficar falando: “Marieta eu gosto de você. Eu sei que você me ama”. E também não devo dizer para às pessoas: “Marieta é minha amiga. Eu sou amigo de Marieta”. Ter esse tipo de atitude é ter uma atitude ridícula, é ficar pedindo para ser menosprezado. Então que atitude devo tomar no caso? Não devo maltratá-la e nem fazer mal a ela, pois não devemos tornarmos o mal com o mal e nem nos deixarmos vencermos pelo mal, mas devemos vencermos o mal com o bem. Mas isso não significa que eu deva ficar atrás de quem não quer nada comigo e nem dá bola para mim. Devo então se ela não gosta de mim perdoá-la, sim. Mas perdoar não significa que eu deva ficar atrás dela ou tomando tais atitudes erradas. Significa que eu não deva guardar mágoas no meu coração. Significa que devo orar por ela para que Deus mude ela e a converta, pois nos é ensinado na Bíblia que devemos orarmos pelos nossos inimigos. Agora, se ocorrer que um dia que a Marieta esteja caindo duma ponte, e só esteja ali eu, e não haja ali ninguém mais além de eu, e ela esteja gritando por socorro, o que fazer nesse caso? Nesse caso devo socorrê-la, salvá-la, sim, pois isso é uma atitude Cristã, e não devemos sermos vingativos. Mas não devemos termos tais atitudes erradas de uma pessoa que só fica atrás da outra pessoa, sendo que a outra pessoa nem lhe dá bola. Fazer o bem não é ser bobinho, não é ser fanático e nem é ficar idolatrando a uma pessoa.

- Correto. Falaram o Pastor Maurício e a Beatriz.

E, logo foram embora para onde moravam. E, passou-se a noite, e amanheceu e já era o dia seguinte, o dia 26 de Maio do Ano do Senhor de 2032 - Quarta-feira.

E, era 9:15 da manhã. E, a Beatriz Carina, falou:

- O que vocês acham meninas? A Beatriz e o Jepherson formam ou não um ótimo casal?

E, a Milena, respondeu:

- Beatriz Carina, creio que sim. Mas é a Beatriz e o Jepherson que devem decidirem se casarem ou não.

E, a Tatiane, falou:

- Na minha opinião a Beatriz e o Jepherson deviam se tornarem oficialmente um casal de namorados.

- Já até sei. Falou a Beatriz Carina. - A Tatiane está querendo que a Beatriz e o Jepherson acabem se casando logo para poder ir a um casamento. Complementou a Beatriz Carina.

- Tu estás exagerando, Beatriz Carina. Falou a Tatiane.

- Duvido que isso seja exagero. Falou a Patrícia.

E, enquanto isso, no quarto dos meninos...

- José. Falou o Marcelo. - Me ajude a me levantar. Complementou ele.

- Por quê, Marcelo? Não estou entendendo. Falou o José.

E, o Marcelo, falou:

- Não estou conseguindo me levantar.

E, o Zacarias, falou:

- Marcelo para de brincadeira. Todos aqui sabem que tu tens pernas muito boas.

- Não estou brincando. Falou o Marcelo. - Não estou mesmo, Zacarias. Não estou conseguindo sentir minhas pernas. Complementou o Marcelo.

E, o Edílson, olhou para o Marcelo, e disse:

- Até agora a pouco tu estavas andando normal.

E, o Vítor, falou:

- Nem vou dar bola.

- Rapazes, não estou com brincadeira. Falou o Marcelo.

E, o Sílvio, ouvindo isso e vendo a cara do Marcelo, falou:

- Ele esta falando sério. Chamem o Sr. Francisco e a Diretora Amanda.

E, enquanto isso lá embaixo...

- Diretora Amanda, o que será que os rapazes estão aprontando?

- Não sei, Sr. Francisco. Respondeu a Diretora Amanda.

E, nisso, apareceu o Eduardo, e falou:

- O Marcelo não está conseguindo se levantar.

E, a Beatriz, ouvindo isso, subiu também e correndo. O que será que seria? E, o Sr. Francisco, chegando, falou:

- Marcelo, tenta mover a perna direita.

- Não consigo. Respondeu o Marcelo.

E, a Diretora Amanda e o Sr. Francisco, se entre-olharam, e não tinham coragem de dizer o óbvio diante de tal situação. E, o Marcelo, falou:

- Vou ter que andar de cadeira de rodas, não vou?

- Sim. Respondeu o Sr. Francisco.

E, as meninas ali apareceram. E a Patrícia, falou:

- O que está acontecendo para que o meu irmão esteja tão triste?

E, o Sr. Francisco, falou:

- Patrícia, o seu irmão não pode mais andar. Vai ter que andar de cadeira de rodas.

E lágrimas dos olhos desciam do Marcelo, e a Beatriz, também começou a ficar com lágrimas nos olhos ao ver aquilo e se comoveu todinha ao ver o Marcelo em tal situação. E, ela, se aproximou do Marcelo, e perguntou:

- Marcelo, tu crês no poder de Deus? Tu crês que Jesus pode fazer o paralítico andar, o cego enxergar, o mudo falar, o coxo andar, e que Jesus ressuscita os mortos?

- Creio sim, Beatriz. Respondeu ele.

- Seja-te feito conforme a tua fé. Falou ela para ele.

E, a Beatriz, naquele momento, se ajoelhou, e orou assim a Deus:

- “Senhor, Tu que conheces os corações, que sabes todas às coisas. Tu que fazes o mudo falar, o surdo ouvir, o cego enxergar, o coxo andar. Tu que ressuscitas o morto. Tu que operas grandes sinais e maravilhas. A Ti, ó Senhor, peço agora pelo Marcelo que está nesta cama, que não consegues mais andar, que está totalmente paralítico. Ó Senhor, cura ele. Faz agora um milagre na vida dele, para que o Teu nome, e não o meu, seja glorificado. Amém!

E, ela, em seguida, se levantou, e falou:

- Tenha fé, Marcelo. Levanta-te desta cama, agora, em o nome Santo do Senhor Jesus e anda.

E, ele, foi se levantado, e logo andou, e todos ali glorificaram a Deus. E, uma das garotas, a Andreza, falou:

- Louvado seja Deus!

E, após isso, todos desceram contentes e alegres para baixo. E, o Marcelo, falou:

- Por quê será que muitos acham que Deus não pode curar certas doenças hoje só por quê hoje a medicina encontrou cura?

E, a Beatriz, respondeu:

- Marcelo, muitos limitam o poder de Deus. Deus não mudou e não muda. Mas, o ser humano é que mudou e que limita o poder de Deus. Deus não depende de mim para nada, e nem mesmo para curar a alguém. Eu é que dependo de Deus para tudo nessa vida.

E, a Diretora Amanda, falou:

- Bem que eu gostaria de ter a mesma fé que a Beatriz têm em Deus.

E, a Beatriz, respondeu:

- Diretora Amanda é só crer no que Jesus disse: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: levanta-te daqui e lança-te ao mar, e assim se sucederá.

E, passou-se o tempo. E, tudo ali estava calmo. E se ouvia pássaros voando pelo céu e cantando.

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