34 CAPÍTULO

E,  já  era  19:45  da  noite  desse  mesmo  dia,  que  era  o  dia  25  de  Abril  do  Ano  do  Senhor  de  2032  -  Domingo.  E,  estava  havendo  o  Culto,  e  era  o  momento  da  pregação,  e  o  Pastor  Maurício,  olhou  para  todos  ali  presente,  e  pregou  assim:
    -  Irmãos  e  Irmãs,  nesse  texto  que  lemos  hoje,  Jesus  disse  que  no  princípio  Deus  os  fez  macho  e  fêmea.  Deus  fez  o  macho  e  a  fêmea.  Deus  fez  o  homem  e  a  mulher.  E  por que  Deus  não  fez  tão  somente  o  homem,  mas  fez  a  mulher  também?  Pois  Deus  viu  que  não  era  bom  que  o  homem  estivesse  só.  Deus  queria  que  a  mulher  fosse  auxiliar  do  homem.  Deus  fez  a  mulher  para  auxiliar  o  homem  e  para  lhe  ser  por  companheira.  O  casamento,  irmãos  e  irmãs,  é  a  união  diante  de  Deus  entre  um  homem  e  uma  mulher  com  o  intuito  de  formar  uma  família  e  de  gerar  filhos  e  filhas.  O  casamento,  a  família,  foi  a  primeira  instituição  humana,  e  foi  instituído  pelo  próprio  Deus  lá  no  Jardim  do  Éden.  Quando  Deus  fez  a  mulher  e  a  trouxe  até  Adão,  Adão  disse  que  ela  era  ossos  dos  seus  ossos  e  carne  da  sua  carne  e  seria  chamada  varoa.  A  mulher  foi  criada  da  costela  de  Adão,  e  por que?  Para  lhe  ser  por  auxiliar,  ajudadora,  e  para  ser-lhe  por  apoio  e  coluna.  Deus  não  criou  a  mulher  por  acaso.  Deus  instituiu  no  lar  da  seguinte  forma  a  autoridade.  O  marido  como  cabeça  do  lar,  a  mulher  como  sendo-lhe  submissa,  e  os  filhos  e  filhas  como  sendo  obedientes  ao  papai  e  a  mamãe.  E,  o  que  é  submissão?  É  reconhecer  uma  autoridade  que  está  acima  de  si.  Quando  a  mulher  é  submissa  ao  seu  marido,  ela  reconhece  o  seguinte:  que  o  seu  marido  é  seu  marido,  que  o  seu  marido  é  o  cabeça  do  lar,  que  ela  deve  ser  conselheira  e  auxiliar  dele,  e  que  ela  deve  em  tudo  ser-lhe  um  braço  de  apoio.  A  mulher  que  aceita  a  submissão  ao  marido  está  aceitando  ser  o  braço  direito  do  marido  e  está  sendo  sábia  e  prudente,  demonstrando  que  verdadeiramente  ama  ao  seu  marido,  e  que  verdadeiramente  é  sua  esposa.  E,  irmãos  e  irmãs,  quando  a  mulher  aceita  ser  submissa  ao  seu  marido,  o  marido,  assume  diante  da  esposa  que  lhe  é  submissa,  os  seguintes  deveres  matrimoniais:  ser  fiel  para  com  ela,  amá-la,  respeitá-la,  sustentá-la,  tratá-la  bem,  não  a  violentar,  protegê-la,  e  cuidar  com  todo  o  amor  dela,  e  ser  um  verdadeiro  marido  e  homem  para  com  ela.  Se  a  esposa  é  insubmissa,  ela  está  na  prática  rejeitando  o  seu  marido  e  a  sua  família,  e  destruindo  o  seu  próprio  lar,  sendo  uma  tola.  E,  irmãos  e  irmãs,  Jesus  disse  que  não  são  mais  dois,  mas  uma  só  carne,  e  que  portanto  não  deve  separar  o  homem  o  que  Deus  uniu.  E,  então  os  fariseus  lhe  perguntaram  por  que  Moisés mandou  que  fosse  dada  carta  de  divórcio,  e  repudiá-la.  E,  Jesus  respondeu  que  foi  por  causa  da  dureza  do  vosso  coração.  Irmãos  e  Irmãs,  é  por  causa  da  dureza  do  coração  do  homem  que  ocorrem  muitos  divórcios.  Sabem  por que  muitos  se  divorciam?  Pela  falta  de  perdão,  pela  falta  de  amor,  por  terem  um  coração  endurecido,  pois  quem  realmente  ama  perdoa  o  seu  cônjuge  e  esquece  o  que  quer  que  tenha  feito  o  seu  cônjuge.  Isso  mesmo:  perdoar  é  esquecer.  Se  quereis  manterdes  um  casamento  têm  que  estardes  dispostos  a  perdoar,  a  se  negar  a  si  mesmo,  a  renunciar  ao  seu  eu.  Nenhum  casamento  se  mantém  de  pé  sem  a  auto-renúncia,  sem  a  auto-negação  de  si  mesmo.  Corações  endurecidos  não  renunciam  a  si  mesmos,  e  não  é  por  menos  que  em  muitas  partes  do  mundo  há  muitos  casais  divorciados.  Jesus  disse  que  ao  princípio  não  foi  assim,  e  disse  que  qualquer  que  divorciar  e  casar  com  outra,  a  não  ser  por  causa de  prostituição,  comete  adultério,  e  o  que  casar  com  a  repudiada  comete  também  adultério.  E,  no  Evangelho  de  Marcos,  fica  bem  claro  o  posicionamento  de  Jesus,  pois  Jesus  ensina  que  o  marido  que  deixar  sua  mulher  e  casar  com  outra  comete  adultério  com  a  outra,  e  a  mulher  que  deixar  o  seu  marido  e  casar  com  outro  também  comete  adultério.  Irmãos  e  Irmãs,  o  cristão  não  deve  se  divorciar.  O  divórcio  é  pecado,  vai  contra  a  vontade  de  Deus.  Fomos  chamados  para  sermos  o  Sal  da  terra  e  a  luz  do  mundo.  Pra  que  se  divorciar?  Para  que  se  separar?  O  Casamento  é  indissolúvel.  Me  casei,  me  divorciei,  posso  me  casar  novamente?  Não,  não  e  não.  Se  se  divorciou  deve  ficar  solteiro  ou  se  reconciliar  com  o  seu  cônjuge,  esse  é  o  ensino  bíblico,  esse  é  o  ensino  da  Bíblia.  E  é  isso  o  que  ensina  a Igreja   Cristã Apostólica  Evangélica Pentecostal Cristo Reina,  pois  é  o  ensinamento  da  Bíblia.  O  nosso  compromisso,  o  compromisso  da  Igreja   Cristã Apostólica  Evangélica Pentecostal Cristo Reina  é  com  Deus  e  com  a  Palavra  de  Deus.
    E,  o  Pastor  Maurício  continuou  a  pregação  que  durou  mais  45  minutos.  Foi  uma  longa  pregação,  que  falou  e  muito  ao  coração  de  todos  que  ali  estavam  presentes.  E,  após  a  pregação,  o  Pastor  Maurício,  falou:
    -  Irmãos  e  Irmãs,  a  partir  dessa  semana,  os  nossos  cultos  serão  às  terças,  quintas,  sextas,  sábados  e  domingos  às  19:30  da  noite.  A  Escola  Bíblica  continuará  sendo  todos  os  Domingos  às  9:00 horas  da  manhã.  Irmãos  e  Irmãs  não  faltem  à  Escola  Bíblica,  pois  há  muitos  irmãos  e  irmãs  que  andam  faltando,  que  não  vêm  vindo.  Acham  tempo  para  tudo,  menos  para  aprender  mais  das  coisas  relacionadas  a  Deus  e  ao  reino  dos  céus.  No  próximo  domingo,  no  culto  das  19:30  da  noite  teremos  à  nossa  Santa  Ceia  do  Senhor.  E,  irmãos  e  irmãs,  quem  for  dizimar  e  ofertar,  podem  dizimarem  e  ofertarem,  pois  os  vossos  dízimos  e  ofertas  são  para  a  obra  do  Senhor,  para  que  a  obra  do  Senhor  cresça  nesse  planeta.  Mas,  não  dizimem  e  ofertem  querendo  algo  em  troca,  mas  dizimem  e  ofertem  com  o  coração  alegre  e  festivo  por  estarem  colaborando  com  a  expansão  do  Reino  dos  céus.  E,  um  último  recado:  já  foi  instalada  a  primeira Igreja   Cristã Apostólica  Evangélica Pentecostal Cristo Reina  em  Angola.  E,  lá  já  temos  100  fiéis,  100  vidas  que  foram  ganhas  para  Cristo  e  que  também  já  foram  batizadas,  e  outras  300  que  estão  sendo  evangelizadas,  e  que  muito  em  breve  para  a  honra  e  glória  do  nosso  Deus  estarão  também  passando  pelas  águas  do  batismo,  sendo  batizadas  em  nome  do  Pai,  e  do  Filho  e  do  Espírito  Santo.  Orem  por  essas  vidas,  para  que  sejam  fortalecidas  na  fé  e  para  que  continuem  caminhando  firmes  com  o  Senhor  e  Salvador  Jesus  Cristo.
    -  Amém!  Glória  a  Deus!  Louvado  seja  o  Santo  Nome  do  Senhor  Jesus  Cristo!  Exclamou  toda  a  Igreja  ali  presente,  louvando  e  glorificando  a  Deus.
    E,  após  isso,  passou-se  um  certo  tempo,  e  já  era  10:05  da  noite,  e  a  Beatriz  já  estava  na  sua  casa,  e  falou  para  sua  irmã:
    -  Paulinha,  como  Deus  é  bom.  Louvado  seja  Deus  pelos  angolanos  que  têm  tido  a  oportunidade  de  conhecerem  a  Nosso  Senhor  Jesus  Cristo.
    -  Amém.  Falou  a  Paulinha.
    E,  logo  foram  dormirem.  E,  passou-se  aquela  noite,  e  já  era  um  novo  dia,  o  dia  26  de  Abril  do  Ano  do  Senhor  de  2032 - Segunda-feira.  E,  já  era  5:45  da  madrugada.  e  a  Beatriz  já  estava  acordada,  e  sentada  na  varanda  da  casa  dela.  E,  a  Tatiane  e  a  Beatriz  Carina  também  já  estavam  acordadas,  assim  como  todos  ali  estavam  acordados.  E,  a  Beatriz  olhou  para  o  céu,  e  ainda  havia  estrelas.  A  lua  marcava  5:45  da  madrugada,  e  de  repente,  o  Marcelo,  se  aproximou  da  Beatriz,  e  após  alguns  segundos  de  silêncio,  sem  nada  a  dizer,  falou:
    -  Beatriz,  hoje,  o  que  tu  farás?
    -  Hoje  é  dia  do  povo  decidir  se  restaura  a  monarquia  ou  se  mantêm  a  república.  Mas,  porém,  hoje  não  é  feriado,  mas  é  dia  de  trabalho.  Nas  escolas,  academias  e  centros  educacionais  vai  continuar  havendo  aula.  Agora,  quanto  ao  que  eu  pretendo  fazer,  pretendo  o  seguinte:  cuidar  dos  cavalos  e  das  vacas,  que  é  uma  das  coisas  das  quais  eu  mais  gosto  de  fazer.  Entendeu?
    -  Sim,  Beatriz.  Respondeu  o  Marcelo.
    E,  a  Marcela,  falou:
    -  A  Beatriz  diz  que  política  é  assunto  para  adultos,  mas  ontem  ela  falou  e  bastante  sobre  política  para  a  Michele,  e  defendendo  a  Monarquia,  e  hoje  acaba  de  tratar  do  assunto  novamente,  só  que  em  menor  grau.  Beatriz,  por  acaso,  tu  já  és  adulta?
    E,  a  Patrícia,  ao  ouvir  isso,  falou:
    -  Marcela,  tu  acabas  de  tirar  tais  palavras  da  minha  boca,  pois  era  justamente  o  que  eu  desejava  dizer  para  a  Beatriz.
    E,  a  Beatriz.  respondeu:
    -  Eu  não  sou  adulta.  Eu  sou  ainda  uma  jovem  garota  que  ainda  não  chegou  a  vida  adulta,  e  preciso  esperar  mais  alguns  anos  para  ser  uma  mulher  adulta.  E,  eu  deveria  não  ter  falado  sobre  política,  mas  já  que  falei,  não  posso  negar  que  tenha  falado  algo  contradizendo  o  meu  próprio  discurso  de  que  política  é  coisa  para  adultos.  Vou  ver  se  me  corrijo  quanto  a  isto.
    E,  em  seguida,  a  Michele,  olhou  para  a  Beatriz,  e  perguntou:
    -  Quanto  a  questão,  Beatriz,  sobre  Igreja  e  Estado,  o  que  diz  a  Constituição  dos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul?
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  No  Artigo  "DA  SEPARAÇÃO  ENTRE  IGREJA  E  ESTADO",  no  Parágrafo  1,  diz:  "O  Estado  não  interferirá  em  assuntos  de  natureza  religiosa,  e  nem  obrigará  a  nenhum  cidadão  a  seguir  uma  religião,  mas  fica-se  garantida  a  liberdade  de  religião."  No  Parágrafo  2,  diz:  "O  fato  do  Estado  não  obrigar  a  ninguém  a  seguir  determinada  religião  e  nem  se  meter  em  assuntos  de  natureza  religiosa,  não  implica  que  o  Estado  seja  laico,  pois  o  Estado  não  é  laico.  Mas  implica  que  o  Estado,  ainda  que  seja  confessional  respeitará  a  liberdade  de  cada  um  de  seguir  a  religião  que  quiser  conforme  a  sua  própria  consciência."  E,  no  Parágrafo  3,  diz:  "O  Estado  dos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul  se  constitui  num  Estado  Confessional  Cristão  Protestante  com  total  garantia  de  liberdade  de  culto  e  de  religião  para  qualquer  membro  de  qualquer  credo  religioso  não  cristão  protestante.  Em  o  fato  do  Estado  ser  confessional  não  implica  em  concessão  de  privilégios  para  Igrejas  Protestantes,  pois  não  cabe  ao  Estado  a  manutenção  e  conservação  de  Templos  Religiosos  e  de  Igrejas,  sejam  protestantes  ou  não."  Ai  está  tudo  o  que  a  Nossa  Constituição  diz  acerca  desse  assunto.  O  Estado  é  confessional  Protestante,  e  há  total  garantia  de  liberdade  religiosa.  E  o  Estado  não  te  obriga  a  seguir  a  fé  protestante,  e  nem  o  pode  obrigar,  e  não dá privilégio  algum  para  nenhuma  Igreja  ou  Denominação  Protestante  apesar  da  confessionalidade  do  Estado.  Uma  Constituição  muito  melhor  que  a  de  muitos  países.  
    -  Poderia  explicar  melhor?  Perguntou  a  Michele.
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Michele,  o  texto  já  diz  tudo.  Não  precisa  de  muitas  explicações.  Basta  simplesmente  interpretar  o  texto  no  seu  sentido  literal,  que  é  o  sentido  desse  texto  Constitucional  para  entender  e  compreender  o  que  está  a  dizer.  O  texto  diz  justamente  o  que  está  escrito.  Nem  precisa  de  ser  advogado,  juiz,  ou  um  intelectual  para  entender  a  Constituição  dos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul.  Até  uma  criancinha  de  três  anos  pode  entender  essa  Constituição.
    E,  a  Michele,  falou:
    -  Então  para  entender  deve  ser  interpretada  ao  pé  da  letra  a  vossa  Constituição?  
    -  Correto;  Respondeu  a  Beatriz.
    -  Bem  diferente  de  daonde  eu  vim.  Falou  a  Michele.  -  Não  é  por  menos  que  se  um  Juiz  vier  aqui  e  um  mendigo  aqui  vier,  é  mais  fácil  um  mendigo  compreender  a  vossa  Constituição  do  que  um  Juiz  que  vier  de  lá  do  meu  país,  a  menos  que  ele  queira  aprender  um  novo  jeito  de  interpretar  leis,  o  jeitinho  Sul-Safiriano.
    E,  nisso,  a  Beatriz,  falou:
    -  Agora,  já  começo  a  compreender  o  por que  que  quem  vem  de  fora  sempre  acha  que  entende  mais  da  nossa  Constituição  do  que  nós  mesmos,  por  mais  que  expliquemos  que  a  Constituição  quer  dizer  justamente  o  que  está  sendo  dito  ao  pé  da  letra.  Uma  vez,  veio  um  brasileiro,  e  muito  culto  pelo  visto,  e  quando  foi-lhe  dito  o  que  a  Constituição  dizia  sobre  os  mais  diversos  assuntos,  ele  ficou  falando  um  monte  de  coisas  que  não  era  o  que  o  texto  estava  dizendo.  Para  ele  o  texto  que  dizia  que  o  Estado  não  obrigará  a  ninguém  a  seguir  uma  determinada  religião  queria  dizer  que  o  Estado  é  laico,  pois  se  não  fosse  laico,  não  haveria  nenhum  sentido  tal  texto.  Para  ele  um  Estado  Confessional  não  se  coadunava  com  liberdade  religiosa.  E,  mais  blá blá blá.  E,  até  explicar  para  ele  o  quão  ignorante  ele  era  quanto  à  nossa  Constituição  e  ao  nosso  estilo  de  vida,  não  foi  fácil.  E,  o  mais  absurdo  em  toda  essa  história,  foi  um  certo  jornal  estrangeiro  declarar  que  a  nossa  Constituição  declarava  ser  o  nosso  Estado  laico.  O  Governo  teve  que  desmentir  e  dizer  claramente  o  que  a  nossa  Constituição  dizia,  e  explicar  detalhadamente  o  sentido  do  texto,  que  era  literal,  e  mesmo  assim  teimaram  na  tecla  de  que  a  nossa  Constituição  dizia  que  o  nosso  Estado  era  laico,  e  que  era  inaceitável  em  nosso  país  a  influência  da  religião  na  política,  que  estava  havendo  um  total  desrespeito  à  nossa  Constituição,  demonstrando  a  total  ignorância  que  o  tal  jornal  tinha  da  Nossa  Constituição.  E,  o  tal  jornal  era  um  jornal  espanhol.  E,  um  jornal  britânico  seguiu  a  mesma  linha  do  tal  dito  jornal  espanhol.  E,  não  foi  fácil  desmentir  todos  os  absurdos  divulgados  por  esses  jornais  internacionais.  Também  não  é  por  menos  que  não  gostamos  nenhum  pouco  de  estrangeiros  que  ficam  querendo  dar  palpite  sobre  a  nossa  Constituição.  Pois  desconhecem  a  nossa  Constituição,  e  querem  entenderem  melhor  do  que  nós  o  que  está  dizendo  a  nossa  Constituição.  Não  proibimos  a  nenhum  estrangeiro  de  vir  aqui,  pois  recebemos  a  todos  de  braços  abertos,  mas  pôr  favor,  não  queiram  entenderem  melhor  do  que  nós  o  que  diz  a  nossa  Constituição.  Não  queiram  darem  palpite  sobre  o  que  diz  a  nossa  Constituição.
    E,  a  Michele,  falou:
    -  Bom,  Beatriz,  agora  compreendo  um  pouco  melhor  como  é  o  povo  sul-safiriano,  e o  porque  de  certas  coisas.  Mas,  por quê,  às  vezes  você  fala  dessa  forma?  Não  gosta  de  brasileiros  e  de  outros  estrangeiros.
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Michele,  você  têm  que  entender  uma  coisa,  que  há  certas  coisas  às  quais  eu  não  consigo  falar  de  outra  forma.  Esse  é  o  meu  jeito  de  falar.  E,  Michele,  eu  gosto  de  brasileiros,  argentinos  e  de  pessoas  estrangeiras  em  geral,  independente  da  nação  que  nasceram  e  à  qual  pertencem.  E,  oras,  Michele,  se  eu  não  gostasse  de  estrangeiros,  por que  então  eu  a  teria  trazido  para  dentro  naquele  dia,  e  até  mesmo  defendido  que  você  ficasse  aqui?  Agora,  se  lha  dei  a  impressão  de  não  gostar  de  pessoas  estrangeiras  pelo  modo  como  eu  falo,  lhe  peço  duas  coisas:  Primeira:  que  me  perdoe,  pois  não  sou  perfeita.  Segundo:  que  ore  por  mim  para  que  eu  possa  falar  de  uma  forma  melhor  que  não  te  pareça  que  eu  não  goste  de  estrangeiros,  pois  eu  não  sei  falar  melhor  do  que  dessa  forma  que  eu  falo;
    -  Tá  bom,  Beatriz.  Falou  a  Michele.
    E,  a  Tatiane,  que  acompanhou  a  toda  essa  conversa,  disse:
    -  Meninas,  vamos  mudar  de  assunto.  Esqueçam  esse  assunto.  Acho  que  já  deu  para  falar  tudo  o  que  devia-se  falar.
    -  Hora  do  Lanche  da  Manhã.  Falou  o  Sr.  Francisco.  -  Venham  comerem.  E,  em  seguida  se  arrumem  para  irem  estudarem.  E  quem  resolver  ficar  vai  ter  que  me  ajudar  na  cozinha.  Não  vou  aqui  ficar  sustentando  preguiçosos.  Complementou  o  Sr.  Francisco.
    E.  nisso,  toda  aquela  turma  foi  tomar  o  lanche  da  manhã.  E,  após  o  lanche  da  manhã  toda  a  turma  foi  se  arrumar,  exceto  a  Beatriz,  que  achava  muito  melhor  ajudar  o  vô  dela  na  cozinha  do  que  ir  à  Academia  Educacional.  E,  o  vô  dela,  o  Sr.  Francisco,  falou:
    -  Minha  neta,  você  é  que  sabe.  Se  não  quer  saber  de  estudar  o  problema  será  tão  somente  seu,  pois  quem  não  estuda  não  sabe  o  que  está  perdendo.  Cada  um  é  responsável  por  si  mesmo  e  pelo  seu  futuro.
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Vovô,  já  sei  ler,  já  sei  escrever,  já  sei  matemática,  geografia nacional  e  história  nacional.  Já  conheço  a  Constituição  do  nosso  país.  Já  sou  bem  inteligente  e  mais  do  que  muitos  que  estão  na  minha  classe.
    -  Cuidado  com  o  orgulho  e  a  arrogância,  Beatriz.  Não  fiques  se  achando  a  mais  inteligente,  e  não  sejas  sábia  a  seus  próprios  olhos,  minha  neta.  Quem  se  acha  muito  inteligente  pode  acabar  caindo  na  própria  cova  que  cavou.  Ouça  o  conselho  do  seu  avô,  menina.
    -  Eu  vou  provar  que  sou  a  mais  inteligente.  Falou  a  Beatriz.  -  E  você  vai  ver,  vovô.  Complementou  a  Beatriz.
    -  Te  aviso,  minha  neta.  Você  vai  acabar  se  dando  mal.  Não  confies  na  sua  própria  inteligência.  Lhe  respondeu  o  Sr.  Francisco,  vô  dela.
    E,  mesmo  ele  dando  tal  conselho  a  ela,  ela  não  lhe  deu  ouvidos,  e  se  achando  inteligente  decidiu  ir  para  uma  fábrica  antiga,  e  lá  mexer  nas  antigas  máquinas,  sem  saber  o  que  poderia  acontecer  com  ela.  Foi,  e  sem  falar  com  ninguém.  Já  se  achava  muito  inteligente,  estava  auto-confiante,  e  achava  que  nada  poderia  dar  errado.  E,  o  Pastor  Maurício,  indo  ao  encontro  dela,  pôr  um  aviso  de  Deus,  se  pôs  na  frente  dela,  e  falou:
    -  Beatriz,  estás  a  ir  para  a  Fábrica  antiga.  Não  vás,  pois  se  fores,  certamente  se  machucarás  e  irás  para  o  hospital.  Volte  para  a  Fazenda,  e  Deus  te  abençoará.  Mas,  se  persistires  no  seu  próprio  caminho  a  morte  estará  a  sua  volta,  esperando  o  momento  certo  para  lhe  tirar  a  vida.  Não  sejas  rebelde.  Tires  esse  orgulho  e  essa  arrogância,  e  se  humilhe,  agora,  diante  de  Deus  lhe  pedindo  perdão  e  o  justo  Deus  certamente  a  perdoará.  Mas,  se  não  ouvires,  e  não  deres  ouvido  a  esta  palavra,  certamente  o  mal  virá  sobre  ti.  Tu  se  achas  inteligente?  Se  és  inteligente,  respondei-me:  Como  o  céu  foi  formado  e  de  quê  forma?  Quem  estendeu  o  céu  e  de  que  forma  o  estendeu,  se  é  que  és  inteligente?  Podes  tu  contares  todas  às  estrelas  que  há  em  todo  o  Universo?  Ou  tu  tens  alguma  idéia  exata  do  tamanho  do  Universo?  Respondei-me  se  és  tão  inteligente.  Tu  podes  em  um  só  segunde  secar  todas  às  águas  do  mar?  Ou  podes  tu  fazer  chover  em  uma  cidade  e  na  outra  não?  Respondei-me  se  és  inteligente.  Podes  tu  contares  todas  às  areias  do  mar  em  um  só  minuto?  Se  és  tão  inteligente  como  dizes  ser,  provai-me.
    E,  a  Beatriz,  ouvindo  tudo  isso,  abaixou  a  cabeça,  e  falou:
    -  Fui  louca,  e  agi  loucamente,  me  achando  mais  inteligente  do  que  meus  colegas  de  classe  e  do  que  o  mundo  inteiro.  Agora  vejo  que  nada  sei,  e  que  nada  sou,  e  que  sou  nada,  e  que  minha  inteligência  não  passa  de  palha  levada  ao  fogo.
    E,  naquele  momento,  a  Beatriz  pediu  perdão  a  Deus,  e  retornou  para  a  sua  fazenda,  e  se  arrumou  para  ir  à  Academia  Educacional,  e  o  Sr.  Francisco  e  todos  ali  ficaram  espantados  ao  verem  a  Beatriz  de  uniforme.  E,  a  Tatiane,  não  acreditando  no  que  via,  falou:
    -  O  que  será  que  aconteceu  com  a  Beatriz?
    -  Está  muito  estranho.  Respondeu  a  Beatriz  Carina.
    E,  quando  a  Beatriz  chegou  na  Academia  Educacional  e  entrou  pelo  portão,  todos  os  estudantes  ali  e  inclusive  a  Diretora,  ficaram  completamente  espantados,  pois  era  isso  algo  totalmente  inesperado.  E.  o  Jepherson,  falou:
    -  A  Beatriz  têm  lá  os  seus  defeitos,  mas  também  têm  também  lá  suas  virtudes  e  também  os  seus  imprevistos  e  suas  surpresas.
    Bom,  e  após  isso,  às  horas  passaram, e   ao  meio  dia  acabaram-se  às  aulas.  E,  já  era  13:45  da  tarde.  E,  a  Beatriz,  falou:
    -  Todo  o  mundo  fica  surpreendido  com  o  que  eu  faço.  Para  dizer  a  verdade  eu  não  entendo  o  por quê.  Oras,  sei  que  tenho  os  meus  problemas,  sei  que  preciso  me  corrigir  em  muitos  pontos,  sei  que  preciso  ser  uma  garota  melhor,  mas  porém,  não  sou  perfeita,  e  ninguém  deveria  ficar  surpreendido  com  às  minhas  atitudes.
    E,  a  Patrícia,  falou:
    -  Beatriz,  você  é  de  surpreender  a  qualquer  um.  E  não  precisa  ficar  dizendo  tais  coisas,  pois  cada  pessoa  aqui  têm  os  seus  problemas.  O  seu  principal  problema  é  que  você  têm  um  parafuso  solto.  Só  isso.  Mas,  apesar  de  tudo,  você  é  uma  ótima  amiga.
    -  Obrigada  Patrícia.  Falou  a  Beatriz.
    E,  quando  já  era  14:35  da  tarde  apareceu  a  Sra.  Rayane,  proprietária  do  Orfanato.  E,  a  Tatiane,  falou:
    -  Ela  não  é  de  aparecer  todo  dia.  E,  quando  aparece,  alguma  coisa  é.
    -  A  Sra.  Rayane  não  dá  ponto  sem  nó.  Falou  a  Cristina.
    -  Verdade  seja  dita.  Falou  o  Edílson.  -  Ela  só  aparece  para  discursar  ou  para  anunciar  alguma  coisa.  Complementou  ele.
    E,  a  Sra.  Rayane  estava  de  óculos  escuros,  e  falou:
    -  Tenho  algo  muito  importante  a  dizer.  E,  quero  a  todos  lá  na  Sala  do  Orfanato.
    -  O  que  será?  Perguntou  a  Michelinha.
    E,  todos  foram  para  a  sala,  e  a  Beatriz  só  foi  para  ouvir  o  que  a  Sra.  Rayane  ia  dessa  vez  falar  e  para  ficar  do  lado  do  seu  avô.  E,  a  Diretora  Amanda,  falou:
    -  Sra.  Rayane,  têm  alguma  novidade?
    -  Diretora  Amanda,  espere  um  pouco.  Respondeu  a  Sra.  Rayane.
    E,  o  Sr.  Henrique,  também  foi  ali  para  ouvir.  E,  logo,  a  Sra.  Rayane,  falou:
    -  Senhoras  e  Senhores,  meninos  e  meninas,  hoje,  nesta  data  tão  importante  para  o  Orfanato  Rouxinol,  tenho  o  prazer  de  vir  aqui  diante  de  todos  vós  e  de  pessoas  tão  ilustres.  Agradeço  ao  Sr.  Henrique  e  a  Sra.  Isabel,  que  tendo  uma  fazenda,  aceitaram  permitir  que  em  sua  estimada  fazenda  fosse  feito  um  Orfanato  e  houvesse  um  orfanato,  permitindo  assim  a  que  esse  Orfanato  ficasse  aqui  por  um  tempo.  Mas,  como  bem  deveis  saberdes,  esse  Orfanato  segundo  o  planejado  ficaria  tão  somente  provisoriamente  aqui  até  que  o  antigo  local  do  orfanato  fosse  reformado.  E,  claro,  o  tempo  de  reforma  foi  muito  trabalhoso,  mas  já  está  reformado,  e  pronto  para  receber  novamente  todas  às  crianças  do  Orfanato  Rouxinol.  Bem  sei  que  não  é  fácil  a  despedida,  mas  a  vida  é  feita  de  despedida.  Portanto,  crianças,  amanhã  será  a  nossa  partida  de  volta  para  o  antigo  local  do  nosso  orfanato.
    E,  nisso,  a  Beatriz  e  a  Cristina  se  abraçaram.  E,  a  Beatriz,  falou:
    -  Cristina,  vou  sentir  muita  saudades.
    -  Eu  também,  amiga.  Falou  a  Cristina.
    E,  a  Milena,  falou:
    -  Sra.  Rayane,  gostamos  bastante  daqui.  Por que  não  ficarmos  aqui?
    -  Já  é  chegado  o  momento,  Milena.  Falou  a  Sra.  Rayane.
    E,  em  seguida,  a  Sra.  Rayane  olhou  para  o  Sr.  Henrique,  e  falou:
    -  Sr.  Henrique,  tenho  uma  notícia  a  te  dar.    As  senhoritas  Beatriz  e  Paulinha  também  terão  que  irem,  pois  não  foi  dada  baixa  na  inscrição  delas  no  Orfanato,  o  que  segundo  a  lei,  significa  que  elas  estão  sob  a  minha  autoridade  e  do  Orfanato.
    E,  a  Beatriz  e  a  Paulinha,  falaram:
    -  Senhora  Rayane,  a  senhora  não  têm  o  direito  de  tirar-nos  de  nossa  família.
    -  Lei  é  lei,  meninas.  Falou  a  Sra.  Rayane.
    E,  o  Sr.  Henrique,  falou:
    -  Senhora  Rayane,  elas  são  minhas  filhas,  e  tu  bem  sabes  disso.  Deverias  ter-me  dito  que  às  inscrições  dela  não  haviam  ainda  sido  dada  baixa,  pois  a  Sra.  mesma  me  disse,  há  semanas  atrás,  e  antes  do  aniversário  da  minha  filha  Beatriz,  que  iria  dar  baixa  nas  inscrições  delas  no  Orfanato  perante  o  Juiz.  E,  eu  dei  crédito  a  palavra  da  senhora.  E,  não  só  eu  como  a  minha  esposa.
    E,  a  Sra.  Rayane,  falou:
    -  Foram  tão  somente  palavras  dadas  ao  vento,  Sr.  Henrique.  Não  assinei  nenhum  documento  oficial  comprometendo  com  tal  coisa.
    -  Mas,  era  seu  dever  como  proprietária  do  Orfanato  Rouxinol  entrar  na  justiça  perante  o  juizado  dando  baixa  nas  inscrições  das  minhas  filhas  no  Orfanato  e  declarando  que  já  os  pais  das  crianças  estavam  vivos  e  estavam  com  elas,  cuidando  delas. Mas,  não  o  fez.  E,  vamos  tratar  desse  assunto  lá  na  Diretoria,  pois  não  é  muito  de  bom  alvitre  tratar  desse  tipo  de  assunto  diante  das  crianças.  Falou  o  Sr.  Henrique.
    E,  foram  para  a  Diretoria, e   fecharam  a  porta.  E,  a  Sra.  Rayane,  falou:
    -  Oras,  Sr. Henrique,  esqueceu-se  de  mim?  Não  se  lembra  mais  de  mim.
    -  Não  vai  me  dizer  que  só  por que  não  me  casei  contigo,  Sra.  Rayane,  que  a  Sra.  agora  quer  me  vingar  de  mim  tirando  às  minhas  filhas?
    E,  a  Sra.  Rayane,  respondeu:
    -  Bom,  Sr.  Henrique,  jamais  engoli  o  fato  de  ter  se  casado  com  a  Sra.  Isabel.  E,  claro,  tirar  suas  filhas  das  suas  mãos  é  uma  ótima  vingança.
    E,  o  Sr.  Henrique,  falou:
    -  Sra.  Rayane,  não  coloque  às  minhas  filhas  no  meio  disso  tudo.  Se  não  me  casei  contigo  é  porque  eu  amava  a  Isabel.  E,  o  que  tu  ganharás  com  isso,  usando  de  vingança?  Achas  que  sendo  vingativa  que  serás  mais  feliz?
    -  Bem  simples  a  solução:  você  se  separa  da  dona  Isabel  e  se  casa  comigo  e  terás  suas  filhas  de  volta.  Falou  a  Sra.  Rayane  maliciosamente.
    -  Jamais  me  separarei  da  minha  esposa,  Sra.  Rayane.  Jamais.  Vou  tomar  às  devidas  providências  judiciais  para  reaver  minhas  meninas  de  volta.  E,  Sra.  Rayane,  fique  a  Senhora  sabendo  que  por  toda  essa  maldade  que  faz  contra  mim,  contra  a  minha  família,  contra  às  minhas  filhas,  e  contra  todas  essas  crianças,  um  dia  o  justo  Deus  há  de  lhe  dar  a  devida  e  merecida  punição.  Os  maus  jamais  herdarão  o  reino  dos  céus.  Hoje  tu  fazes  isso  a  mim  e  a  minha  família,  mas  muito  em  breve  há  de  colher  o  que  plantou.  Se  quisesses  toda  a  fazenda  não  haveria  problema  algum,  mas  separar  minha  família,  querer  destruir  minha  família,  isso  é  inaceitável.  Respondeu  o  Sr.  Henrique.

 

 

Tópico: 34 CAPÍTULO

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