17 CAPÍTULO

   E, tendo a turma da Academia Educacional chegado a Academia Educacional, a Diretora do tal estabelecimento os recebeu bem, e a Beatriz ficou quieta, com um olhar bem distante, e nem parecia que ali estava. E, após se despedir do seu pai, foi a um local quieto, e ali ficou sozinha. Não queria conversa. Não queria falar com ninguém.
Mesmo alguns minutos depois na classe, continuou quieta e em silêncio, sem dizer nada, sem perguntar nada, sem falar nada. Preferiu ficar muda. e viajar em sua mente para um lugar bem distante dali, e sonhar, sonhar que voava em algum lugar bem distante dali. Era a mais quieta da classe. E quando a Mestra lhe dirigia algumas palavras, ou até mesmo fazia alguma pergunta, ela nada falava, nada respondia. Até parecia que não estava ali. O corpo, na verdade, estava ali, mas a sua mente estava, na verdade, bem distante dali. Pensava no Cavalo Ventania, que montava no cavalo Ventania, e que cavalgava pela sua fazenda.
Nisso, ela percebeu claramente, que o que ela queria não era nem mesmo estudar num Centro Educacional, mas estar a cuidar do seu próprio Cavalo, o Cavalo Ventania. Ela se lembrou das diversas que andou montada no Cavalo Ventania. Se lembrou das inúmeras aventuras que já tinha tido com o seu cavalo. Se lembrou das diversas vezes que foi a lugares bem distantes com o seu cavalo.
Passaram-se às horas, e mesmo na hora do recreio, a sua mente ficava pulverizada pelas lembranças de todos os acontecimentos de sua vida. Não pensava em outra coisa a não ser em tudo o que havia acontecido em sua vida até aquele dia, até aquele momento Às pessoas podiam conversarem com ela, que ela nada ouvia. A sua mente estava a quilômetros de distância dali, bem longe dali.
E, só depois do sinal de fim de aula às 11:40, quando ela já estava no meio da rua, é que ela parou de relembrar tantos fatos e acontecimentos da sua vida. E, após uns 200 metros de distância da Academia Educacional, a Francislaine, falou:
- Beatriz, aonde você estava até agora, pois todos estão falando que falavam com você, e até parecia que estavam falando com às paredes?
E, a Beatriz, falou:
- Estava imersa em minhas memórias. Estava me lembrando de tudo o que aconteceu em minha vida até hoje, Francislaine. Respondeu a Beatriz.
E, nisso, a Francislaine pôs a mão na cabeça, e a Cristina, disse:
- Então não ouviu nada. E, o seu caderno?
- Deve estar com às folhas em branco. Falou o Zacarias.
E, quanto a Beatriz mostrou, se confirmou o que o Zacarias havia dito.
E, o Samuel, falou:
- Beatriz, Beatriz, estão todos achando duas coisas: que você vive no mundo da lua e que você é muda, e portanto, não sabe falar.
E, a Beatriz, disse:
- Que achem o que quiserem, Samuel. Replicou a Beatriz.
E, ao meio dia e quinze chegaram a Fazenda, e o Sr. Henrique, perguntou:
- Como foram?
- Tudo bem. Respondeu a Francislaine.
E, ele, olhou para a Beatriz, e ao ver a cara dela, falou:
- Já sei. Não gostou de ter ido na Academia Educacional.
E, a Beatriz, disse:
- Não gostei e nunca irei gostar, Papai.
E, ele, olhou para ela, e disse:
- Minha filha, qual a razão e o motivo de você não gostar? Não queres aproveitar e fazer novas amizades?
E, nisso, a Beatriz olhou para ele, e respondeu:
- Papai, se for para fazer amizade eu nem preciso de ir, pois para fazer amizades ou para ter um convívio social não é necessário ir a nenhum estabelecimento de ensino. Eu posso fazer amizades só saindo na rua e pronto. E, quanto a razão e motivos, eu tenho minhas razões e motivos. E, eu, não estou a fim de discutir meus motivos e razões. É algo só meu, que só compete a mim. Espero que respeite isso. Há coisas que prefiro, papai, não revelar a ninguém, nem a minha irmã, nem a você, nem a mamãe, nem a minha melhor amiga, nem às minhas amigas, e nem a ninguém. São coisas íntimas que é importante que ninguém o saiba.
E,, nisso, o Pai dela, falou:
- Tá bom, minha filha. Verei o que eu faço, pois já que estás decidida que não queres lá estudar, mesmo tendo ido lá hoje, é melhor dar uma recuada e retirar você de lá do que provocar uma guerra que vai acabar causando milhares de pessoas com corações partidos e feridos.
E, após o almoço, o Sr. Henrique foi a Academia Educacional para desmatricular a sua filha Beatriz, querendo evitar com isso que ocorressem problemas maiores e mais difíceis de serem solucionados, e enquanto isso, a Beatriz foi se arrumar para a sua festa de aniversário que teria início às 15:00 horas da tarde. E, além da Beatriz, a Paulinha, sua irmã também foi se arrumar, além das outras meninas e dos rapazes.
E, a Tatiane, enquanto se arrumava, perguntou:
- Alguém sabe que idade a Beatriz está fazendo hoje?
E, a Beatriz Carina, olhou para ela, e respondeu:
- Para dizer a verdade eu não sei.
E, a Patrícia, olhando para todas elas, falou:
- O que a Beatriz está precisando é de um pouco mais de juízo.
E, a Milena, falou:
- Que a Beatriz precisa de juízo ninguém aqui vai discordar, mas há outra aqui que também precisa de um pouco mais de juízo.
- Quem, Milena? Perguntou a Beatriz Carina.
- Você, Beatriz Carina. Respondeu a Milena.
- Eu sou muito ajuizada ao contrário da minha xará. Replicou a Beatriz Carina.
E, a Francislaine, olhando para às outras meninas, disse:
- Alguma de vocês já descobriu que motivos e razões a Beatriz têm para não gostar da Academia Educacional?
E, a Milena, respondeu:
- Quanto a isto, Francislaine, ninguém o sabe, pois a Beatriz não revelou isso para ninguém.
E, no dormitório dos meninos, o Samuel, disse:
- O que dar para uma garota quando ela faz aniversário?
- Que tal dar para a Beatriz uma boneca? Perguntou o Marcelo.
E, o Zacarias, disse:
- Bom, até que não seria uma má idéia, pois ela gosta de ficar brincando de boneca quando esta no seu quarto.
- Como tu sabes disso? Perguntou o Bernardo.
E, o Zacarias, nisso, lhe respondeu:
- Uma certa hora de ontem eu estava andando em volta do casarão, e num certo momento enquanto eu passava pela janela do quarto da Beatriz, que estava aberta, vi ela segurando uma boneca e brincando de boneca;
- Bom, rapazes. Falou o Edílson. - É normal garotas gostarem de brincarem de boneca. Portanto, não é nada estranho a Beatriz brincar de boneca. Mas, melhor é brincar de carrinho, caminhãozinho, essas brincadeiras masculinas. Deixemos às meninas com suas bonecas, e nós ficamos com às nossas brincadeiras masculinas. Complementou ele.
- Correto Edílson. Falou o Marcelo.
14:35 da tarde...
- Sr. Francisco. Falou a Tatiane. - Pelo visto vai ter coisa bem gostosa nessa festa.
E, ele, falou:
- Tatiane, vai ter coxinha de frango, doces, paçoca, risolis, pudim, sucos, cachorro quente, rocambole, esfirra, arroz doce, manjar, e claro, o tradicional bolo de aniversário.
- Ufa! Assim você me deixa com água na boca. Falou a Tatiane.
- E a mim também. Falou a Beatriz Carina.
E, a Beatriz, a aniversariante, logo apareceu, e falou:
- Vovô, com tanta coisa para comer, não sei o que vou comer.
E, nisso, o Sr. Francisco deu risada, e a Tatiane e a Beatriz Carina que ouviram isso, também deram risada.
E, a Diretora Amanda, nisso apareceu, e disse:
- Beatriz, Beatriz Carina e Tatiane só tinha que estar às três aí.
E, o Senhor Francisco, falou:
- Com essas três aqui, Diretora Amanda, que são bem exigentes, às coisas de comer têm que serem feitas com ótima qualidade;
E, eu, f alei:
- Diretora Amanda, não precisa se preocupar, pois tudo aqui está sob controle.
E, nisso, o Samuel, falou:
- Beatriz, a sua vó Andreza chegou, e os convidados estão chegando, e querem te cumprimentarem e te darem os presentes.
- Já estou indo. Mas depois volto. Respondeu a Beatriz.
E, nisso, a Beatriz foi receber os seus convidados. E, sua vó Andreza, lha falou:
- Minha neta querida, meus parabéns. E aqui está o Presente da vovó.
E, a Beatriz, falou:
- O que é vovó?
- Você terá que abrir para saber. Respondeu a vó dela.
E, em seguida, sua prima, a Raquel, falou:
- Beatriz, minha prima, meus parabéns, muitos anos de vida. Que Deus te abençoe. E muito juízo nessa cabecinha de melão.
E, a Beatriz, lha disse:
- Obrigada, Raquel, minha prima. Mas, cabecinha de abacaxi, não complica muito, não.
E, ambas, em seguida, deram risada.
E, a Beatriz, cumprimentou a todos, e recebeu os presentes, e os levou para o seu quarto, aonde foi abrindo um por um, e agradecendo a quem lha tinha dado. Ela ganhou vestidos, saias, brincos, e outras coisas que toda garota têm e gosta, e claro, também ganhou calçados e outras coisas. E, logo o pai dela chegou, e ela falou:
- Papai, como foi?
- Foi tudo bem. Depois conversaremos.
- Tá bom, Papai. Falou a Beatriz.
E, enquanto isto, na casa da Ticiany (que era da turma da bagunça)...
- Mamãe, mas eu tenho que ir na festa da Beatriz?
- Ticiany. Falou a mãe dela. - Fomos convidadas pelo pai dela. E, aliás, ela é uma boa garota, que lhe serve de exemplo. Tu devias seguir o exemplo dela.
E, a Ticiany, respondeu:
- Mamãe, ouça-me, pois eu sou sua filha.
- Estou te ouvindo, minha filha. Falou a mãe dela.
- Mamãe. Falou a Ticiany. - Eu não me dou bem com a Beatriz. Eu e ela somos os extremos opostos.
E, a mãe, dela, disse:
- Ticiany, se você não for, você também não irá passear na praia daquele lindíssimo país que tu dizes no final de ano.
E, a Ticiany, olhou para sua mãe, e viu que ela falava seriamente, e disse:
- Tá bom, mamãe, você venceu. Pode comemorar.
E, enquanto isso, a Ingrid e a Jasmine ao telefone...
- Bom, Ingrid, tenho que ir a festa da Beatriz, pois a mamãe e toda a minha família foi convidada. E se eu não for terei que ficar sozinha em casa tomando conta do cachorro, que diga-se de passagem dá muito trabalho. Prefiro ir.
E, a Jasmine, falou:
- Oras, Ingrid também tenho que ir. Agora só resta saber se a Ticiany vai, pois o Igor e o Ademílson também irão, pois foram convidados.
- Com certeza a Ticiany vai, pois a mãe dela foi convidada também. Falou a Ingrid.
- Então vai ser bem divertido. Falou a Jasmine.
E, o tempo passou, e já era 15:15 da tarde, e a Beatriz foi ver quem estava chegando, e ao ver a Ticiany, a Ingrid, a Jasmine, o Igor e o Ademílson, falou:
- Acaba de chegar a Turma da Bagunça.
E,, foi lá receber, e após receber os presentes e os parabéns, e ver o que ganhou, saiu para fora, e olhou para a Ticiany, e a Ticiany olhou para ela. E, ambas foram a um local meio afastado. E, a Beatriz, falou:
- Bom, Ticiany, o que andas a planejar?
E, a Ticiany, falou:
- Bom, Beatriz não posso te revelar, pois senão serão estragados os meus planos.
E, a Beatriz, falou:
- Tudo bem. Hoje é minha festa de aniversário, e portanto, hoje, façamos uma pequena trégua.
- Estou de acordo, Beatriz. Falou a Ticiany. = Aliás, por hoje, eu só quero saber de comer e de festejar seu aniversário. Aliás, quantos anos você faz Beatriz? Complementou a Ticiany.
- 14 aninhos. Respondeu a Beatriz.
E, a Ticiany, falou:
- Tá bom. Acho que temos a mesma idade.
E, a Beatriz, falou:
- Só que falta um pouco de juízo em você, Ticiany.
E, a Raquel, prima da Beatriz, apareceu e disse:
- Olha quem fala: quem aos 14 anos ainda não têm o mínimo de juízo.
E, a Beatriz, nesse momento, olhou para a Raquel e bem nos olhos, e falou:
- Como se você, Raquelzinha, minha prima, tivesse um pouco de juízo.
E, a Raquel, falou:
- Eu tenho bastante juízo, Bia. Lá na Academia Educacional, na hora do recreio me aproximei de você e falei contigo, e você nem deu bola. Não falou com ninguém. Não fez nada. E, nem sequer reconheceu sua priminha aqui. Achei até estranho. Sempre quando vai a minha casa, só fica querendo saber aonde eu estou.
E, a Beatriz, falou:
- Raquel, mas o caso da Academia Educacional, eu tenho às minhas razões e motivos para ter agido como agi. E, tu não estás querendo arranjar uma discussão sobre o caso aqui.
E, a Raquel, nisso, disse:
- Bom, Beatriz, depois de sua festa nós trataremos desse assunto se der tempo.
E, nisso, a Cláudia, prima da Beatriz, veio ali, e falou:
- É! Bem interessante a Beatriz e a Raquel discutindo.
E, a Raquel, falou:
- Cláudia, minha prima, esse assunto não é da sua alçada.
E, a Cláudia, nisso, falou:
- Então nesse caso, não está mais aqui quem falou.
E, nisso, a Beatriz, falou:
- Meninas, vamos lá comer e nos divertirmos, que ganhamos mais.
E, nisso, apareceu a Patrícia, e falou:
- Beatriz, os meninos disseram que fizeram um presente e querem te dar. Só não garanto nada. Não sei o que esses rapazes andaram aprontando.
- Tá bom, vou ver. Falou a Beatriz.
E, ela, foi até onde os rapazes estavam, E, lá, ela falou:
- Agora, me digam que presente que vocês querem me darem.
E, o Marcelo, falou:
- Fala você, Samuel.
- A idéia foi sua. Falou o Samuel.
- Então fala você, Bernardo. Falou o Marcelo.
- Por que não falas tu, Marcelo? pois o dono da idéia foi tu. Respondeu o Bernardo.
E, a Beatriz, só ficou olhando aquela cena, com uma grande paciência.
- Então fala você José. Falou o Marcelo.
- Só por que você quer. Passo para o Edílson. Falou o José.
- O Zacarias que vai falar. Falou o Edílson.
- A idéia foi do Marcelo. Portanto, o Marcelo que têm que falar. Falou o Zacarias.
E, nisso, a Beatriz, disse:
- Você fala, Marcelo.
E, o Marcelo, não vendo outra alternativa, falou:
- Bom, Beatriz, nesse dia tu completas 14 anos de idade, e tu és uma moça bem linda. E, nós nem sabíamos o que te dar. Então, com amor, decidimos nos juntar e fazer alguma coisa para te dar de presente, mas com muito amor. Não sabemos se vai te agradar ou se é do teu gosto, mas queremos te dar essa boneca de pano, como prova do quanto gostamos de você.
E, a Beatriz, pegou aquela boneca, e os abraçou fortemente, e emocionada com aquela atitude, disse:
- Meninos, não sei como vos agradecer. Só vos digo obrigada. O mais importante de tudo não é se é alguma coisa cheia de luxo, mas se é dada com amor, como prova de amor. Vocês podem não terem me dado uma boneca luxuosa, ou brincos de ouro, ou rios de dinheiro, mas uma simples boneca feita a mão por vocês mesmos. Mas, com essa simples boneca, a qual vós mesmos fizestes com amor, vós me destes o mais valioso presente que vós me poderíeis me dar, que é o vosso amor. Amor esse que é a atitude de demonstrar o quanto a outra pessoa é importante, amor esse que é a demonstração de amizade e respeito Muito obrigada, rapazes.
E, o Marcelo e os meninos também ficaram emocionados. E, a Beatriz mostrou a boneca que ganhara dos rapazes para todos e a pôs no seu quarto em cima da sua cama. E, uma senhora, a Sra. Adélia, falou:
- Uns rapazes dão uma boneca mixuruca daquelas e a Beatriz ainda têm a cara de pau de mostrar a todos, enquanto que eu dei a boneca mais linda de todas, a qual custou mais de dois mil Safirs.
E, o Pai da Beatriz, falou:
- Sra. Adélia, olha o devido respeito para com a minha filha. Não venha a estragar a festa de 14 anos da minha filha.
- E não fale mal da minha irmã e dos rapazes que deram o presente para ela. Falou a Paulinha.
E, a Sra. Adélia, disse:
- Gasto dois mil safirs para dar a ela a melhor boneca, e ela mostra para todos uma boneca mixuruca em vez de fazer isso com a boneca que dei para ela. E, ainda acham ruim? Que absurdo!
E, a Beatriz, ouvindo isso, veio ali rapidamente, e com a boneca que havia ganho da Sra. Adélia. E, se aproximou da Sra. Adélia, e disse:
- Bom, Senhora Adélia, a senhora me deu essa boneca que lha custou dois mil safirs.
E, em seguida, falou:
- Marcelo, Bernardo, Zacarias, Edílson Samuel e Jose venham cá.
E, eles vieram. E, a Beatriz, continuando, disse:
- Enquanto a Senhora me deu uma boneca no valor de dois mil safirs, esses seis rapazes que tu vês aqui, que moram nesse Orfanato que fica aqui na minha fazenda, e que não são ricos, não têm propriedades, não têm dinheiro, não têm família, não têm posses, pegaram dos panos que encontraram no orfanato, e até mesmo de lençóis, e ficaram trabalhando todo esse tempo, e sem ajuda de ninguém para fazer a essa boneca que tu dizes ser mixuruca.
E, olhou novamente, e continuando disse:
- E, Sra. Adélia, enquanto a Sra. me deu essa boneca só por que meu pai é fazendeiro e para se aparecer, como se pode comprovar pelas suas próprias palavras, esses rapazes que não têm uma casa chique como a senhora me deram essa boneca de todo o coração, e até mesmo com vergonha e com medo de serem ridicularizados, mas mesmo assim assumiram o risco e me deram de coração, sem hipocrisia, sem falsidade, sem segundas intenções, sem interesses pessoais nisso tudo.
E, a Beatriz, após isso, respirou fundo, e falou:
- Bom, Sra. Adélia, tu se preocupas com o seu dinheiro, com suas riquezas, e tendo bilhões de safirs só gastou míseros dois mil safirs de seu bolso para comprar essa bonecam que não chega nem a zero vírgula zero um por cento de suas riquezas. Enquanto esses rapazes, de sua pobreza, não tendo nada, do nada que tinham, dos trapos que tinham me fizeram essa linda boneca com muito amor, demonstrando todo o carinho e amor que sentem por mim.
E, mais uma vez a Beatriz respirou fundo, e falou:
- Bom, para terminar, Sra. Adélia, pegue de volta essa boneca que deve ter-lhe custado muito caro, e fique com a senhora, pois não preciso dessa sua boneca que me destes. Já tenho o mais importante de tudo que é ter uma linda família que me ama e lindos amigos e amigas que gostam de mim, QUE SÃO esses seis rapazes, e essas garotas do Orfanato, que sempre estão do meu lado, e me ajudam me dão conselhos e compartilham suas amizades comigo. Não precisa ficar nesta festa, pois tudo o que você come foi feito por pessoas que não têm a mesma condição social que a senhora. Pode ir embora, e obrigada. E, leve essa boneca embora, pois aqui só ficam pessoas gratas, pessoas que realmente não se preocupam com riquezas e bens materiais, mas que realmente amam ao seu próximo. Portanto, gentilmente e educadamente, a convido a se retirar da minha festa de aniversário e a retornar para a sua maravilhosa e linda casa com a sua boneca de dois mil safirs.
E, tendo a Beatriz, terminado esse discurso, todos a aplaudiram, e a Sra. Adélia se retirou e foi embora levando a boneca de dois mil safirs embora. E, o Pai da Beatriz. falou:
- Beatriz, minha filha, nunca imaginei que tivesses tanta coragem assim.
E, a Beatriz disse:
- Papai, as riquezas desse mundo não são a coisa mais importante nessa vida. Não devemos sermos materialistas. Devemos sermos pessoas que amam ao próximo.
E, em seguida, a festa continuou.

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