63 CAPÍTULO

 

E. já era o dia 28 de Maio do Ano do Senhor de 2032 - Sexta-feira. E, era o dia, como de costume, do balancete mensal do Sr. Prefeito, o qual fazia diante dos vereadores da cidade e diante da população.

A Beatriz já tinha acordada bem cedo e já estava arrumada, pois não queria perder essa.

Aliás, devo contar que os vereadores decidiram se reunirem excepcionalmente na última sexta-feira do mês em vez de na última quinta-feira do mês por terem alguns compromissos especiais na última quinta-feira do mês.

E, era um dia bem especial, pois era o dia em que o Prefeito faria sua prestação de contas aos vereadores. E, a Fabiane, falou:

- Beatriz, aonde tu vais tão bem arrumada?

- Ouvir às prestações de contas do Prefeito aos vereadores. Respondeu a Beatriz.

- O que há de tão interessante nesta prestação de contas? Perguntou a Fabiane.

- É aquilo que todo mundo já sabe. O prefeito vai dizer às mesmas coisas de sempre, de forma lenta como de costume, e portanto, só vamos para ouvir o mesmo de sempre. Respondeu a Beatriz.

- Bom, nem vou perguntar mais nada. Falou a Fabiane.

E, nisso, na estrada, passava um homem tocando o berrante, e falando:

- Atenção! Não percam. Hoje, daqui a pouco às 8:30 da manhã, o Sr. Prefeito estará a fazer a sua prestação de contas mensal aos nossos estimados vereadores. Não percam. É só hoje. Depois se perderem hoje essa prestação de contas só terão outra oportunidade no final do mês que vêm. E não digam que não avisei.

E, a Sandrinha, ao ter ouvido esta, falou:

- Agora já bem sei que estou em Safira do Sul.

- Esse tipo de coisa, Sandrinha. Falou a Beatriz. - Faz parte dos nossos costumes. Pode ir se acostumando. Complementou a Beatriz.

E, no orfanato, o Marcelo, falou:

- Bom, eu já estou pronto.

- O problema são às garotas que para se arrumarem demoram uma hora. Falou o Zacarias.

E, o José, falou:

- Isto quando não resolvem inventarem de fazerem toda a arrumação novamente.

E, o Edílson, falou:

- Bom, se o prefeito não inventar de convidar a todos para o aniversário dele.

- Bem provável. Falou o Marcelo.

E, o Vítor, falou:

- Estou com uma vontade é de ir a um casamento.

- Quando te convidarem para ir a um casamento ai tu vais, Vítor. Falou o Sílvio.

E, o Eduardo, falou:

- Bom, quando eu tiver uns 20 anos vou me casar com uma linda garota, e te convido para o meu casamento, Vítor e a todos aqui.

- Então, vamos ver quem aqui é que vai se casar primeiro. Falou o Marcelo.

E enquanto isto no quarto das meninas...

- Já não me está me servindo mais esse vestido. Devo ter crescida muito. Falou a Tatiane.

E, a Renata, falou:

- Então experimente aquele, Tatiane, minha irmã.

- Aquele não é adequado para uma ocasião como esta. Respondeu a Tatiane.

- Então eu te empresto esse meu vestido. Falou a Beatriz Carina.

- Vai ficar muito grande em mim. Falou a Tatiane.

- Então vai de saia e de blusa feminina. Falou a Beatriz Carina.

- Acho que vou ter que comprar tecido para fazer novos vestidos para mim. Falou a Tatiane.

E, passado o tempo, logo toda a turma já estava ali fora para ir para a prestação de contas do prefeito. E, a Paulinha, falou:

- Por que a Tatiane não esta com vestido?

E, a Andressa, respondeu:

- O vestido com o qual ela queria ir não serviu para ela.

E, o Sr. Francisco, perguntou:

- Os fogões foram desligados? Não há nenhuma vela acesa ou qualquer coisa com fogo acesa?

- Que eu saiba, não. Respondeu a Beatriz.

- Estou concorde com a minha irmã. Falou a Beatriz Regina.

- No orfanato está tudo apagado. Respondeu a Beatriz Carina.

E, já estando tudo ali fechado, partiram dali a pé rumo a cidade, inclusive a Sra. Ermelinda e a Diretora Amanda. A Sandrinha e a Fabiane também foram juntas. E os quatro bebêzinhos iam no colo de suas quatro irmãs. A Beatriz carregava o Carlinhos no colo. E, a Beatriz falou para o seu irmão:

- Carlos é o seguinte: estamos passeando. Veja lá: o céu é muito lindo. E você, Carlos, um dia, vai arrumar uma linda namorada, se tornar um homem, ser pai de família.

E, o Carlos dava risada.

E durante o caminho a Michele e a Micaela se encontraram com a Beatriz. E, a Michele, falou:

- Beatriz, há um certo tempo atrás tu me dissestes o seguinte sobre o prefeito da cidade: “É o mesmo prefeito há 20 anos”. Até aí tudo bem. Só que da última vez que tratamos do assunto você mesma me falou: “O nosso atual Prefeito, o Prefeito Ademir, nasceu no dia 29 de Maio do Ano do Senhor de 1982. E desde 2002 ele é prefeito de Nova Catterville do Sul.” E quando perguntei a ti o seguinte: “Há 30 anos ele está na prefeitura.?” A senhorita me respondeu: “Sim. Há algum problema?”. Agora, estou meio confusa. O vosso prefeito está na prefeit há 20 anos ou há 30 anos?

E, nisso, a Beatriz, falou:

- Realmente no dia 26 de Abril falei que há 20 anos o prefeito estava na prefeitura. Reconheço. E nesse último 26 da maio falei que desde 2002 o Prefeito era prefeito da cidade. Bom, Michele e Micaela, eu errei, e cometi um erro. Reconheço isso.

E, a Micaela, falou:

- Só estamos a querermos sabermos há quanto tempo o Prefeito Ademir está na realidade na prefeitura?

- Há 30 anos. Respondeu o Sr. Henrique.

E, a Beatriz, respondeu:

- Correto.

E, a Micaela, falou:

- Beatriz, todos nós erramos. O importante é que você assumiu que cometeu um erro publicamente.

E, a Beatriz, disse:

- Tenho que pensar quanto a isso. Creio que seria legal ficar um pouco a sós.

E, a Paula, falou:

- Beatriz, minha irmã, o que é?

E, a Cristina, falou:

- Só foi um pequeno erro e nada demais.

- Vamos a reunião do prefeito. Após a reunião tu farás o que bem entender. Mas não vá fazer loucura, minha amiga. Falou a Tatiane.

- Tá bom. Falou a Beatriz.

E, logo chegaram ao local de reunião, a qual era a Assembléia Legislativa de Nova Catterville do Sul. E, o Prefeito Ademir já estava ali, e ao cumprimentar o Sr. Henrique, falou:

- Sr. Henrique ser prefeito dessa cidade há 30 anos não é tarefa mole. Não sei se agüento mais dez anos na pŕefeitura.

E, o Sr. Henrique, falou:

- Prefeito Ademir, o Sr. Têm sido um ótimo prefeito.

- Creio que já está chegando a hora de dar espaço para os mais jovens.

E, a Beatriz, falou:

- Sr. Prefeito, tu tens que chegar a 50 anos de prefeitura.

E, o Prefeito Ademir, falou:

- Senhorita Beatriz, não é mole ficar na prefeitura. E preciso de ter mais tempo para a minha família. Já estou para completar 50 anos. Desde os 20 anos estou na prefeitura. Creio já estar bom o tempo de prefeito.

- Mas eu insisto que fique pelo menos mais 20 anos no mínimo para eu já ir preparando o nosso próximo prefeito. Falou a Beatriz.

E, nisso, a Beatriz Carina, falou:

- Já até imagino que novo prefeito ela pretende colocar na prefeitura.

- Está bem na cara. Falou a Michelinha.

- A minha irmã não dá ponto sem nó. Falou a Paulinha.

E, a Beatriz Regina, falou:

- E nem se precisa dizer quem é que ela quer preparar para ser o novo prefeito de Nova Catterville do Sul. Está bem na cara.

E, logo entraram. E, às 8:30 da manhã em ponto iniciou-se a tal reunião de prestação de contas mensal do Sr. Prefeito.

E estando lá dentro da Assembléia Legislativa a Beatriz caiu no sono, e teve o seguinte sonho que aqui relato:

 

E, após a oração, o prefeito se pôs na tribuna, e começou a falar:

- Caríssimo Pastor Maurício, Vereador Jackson, Vereador Augusto, Vereador Félix, Vereador Artur, Vereador Rogério, Vereador Altair, Vereador Alex, Vereador Mateus, Vereador Sousa, Vereador Soutello, Vereador Marques, Vereador Adriano, Vereador Martin, Vereador Nilson, Vereador Paulo Fagundes, Vereador Tiago, Vereador Éricson, Vereador Philiphs, Vereador Fábio, Vereador Marcelino, Vereador Willians, Vereador Rodrigues, Vereador Edward, Vice Prefeito Micael, Pastor Adriano Souzedo, Sr. Henrique, Srta. Beatriz Isabela Camila Michele Amanda Josivaldo Rocha, Diretora Amanda, Sr. Francisco, Sra. Ermelinda, Padre Albuquerque (Padre Ortodoxo), Padre Elias (Padre Católico Romano)...

E, o prefeito foi citando o nome de cada pessoa ali presente e também os nomes de cada cidadão da cidade, independente de estar ou não ali presente.

- Hoje vai chegar o meio dia e não teremos saído daqui. Falou a Beatriz Carina nos ouvidos da Patrícia.

E o prefeito ficou citando nomes até às 10:20 da manhã, e após isso, o prefeito tomou água, e continuando, falou:

- Bom, esse mês de Maio foi muito bom. Antes de mais nada devo informar que foi a festa de Aniversário das irmãs Paula e Paulinha. Devo dizer que o bolo estava uma delícia, Sr. Henrique. Nunca comi bolo mais gostoso do que esse.

E, o Marcelo falou para o Zacarias:

- Já era de se esperar.

E, a Patrícia, falou:

- Não podia ser diferente do script.

E, o Vereador Alex, falou:

- Continua prefeito, pois está bem interessante.

- Na dita festa de aniversário, Vereador Alex, a nossa nobre Senhorita Beatriz Isabela Camila Michele Amanda Josivaldo Rocha tocou teclado. Devo reconhecer que ela toca bem, sendo uma das melhores musicistas de nossa pequena cidade. Parabéns Beatriz por ser uma ótima tecladista.

E, em seguida, o prefeito continuou falando, e quando já era 11:10 o prefeito falou:

- E na viagem a Capital quando fui ver a Vossa Majestade vocês precisavam de ver como estava bonito o Castelo Imperial, e como estava bem organizada a mesa. O nosso Imperador é de um bom gosto inimaginável. As iguarias que lá comi foram sensacionais. Comi uma carne de javali ao molho ao lado de Vossa Majestade em pratos de ouro.

- Eu acho que vou ver se consigo comer ao lado de Vossa Majestade num prato de ouro também. Falou a Tatiane.

E, o Jepherson que estava sentado ao lado da Beatriz, falou:

- Prefeito.

- Sim, Senhorzinho Jepherson. Falou o Prefeito.

- Prefeito, e a piscina de vossa Majestade é de ouro também? Perguntou o Jepherson.

- A piscina real é feita todinha de ouro. Respondeu o Prefeito.

E o tempo foi passando, e às 11:50 da manhã, o Prefeito, falou:

- E agora, temos alguns problemas a serem resolvidos: O Prédio da Prefeitura precisa de uma boa reforma.

- Bem que poderia ser construído outro prédio para abrigar a Prefeitura. Falou a Sra. Mercedes Rafaela.

- Mas para isso, Sra. Mercedes é necessário a colaboração de toda a cidade. Falou o Sr. Prefeito.

- Prefeito. Falou a Beatriz. - Está chegando o mês de Junho, e ainda não se falou da Festa Anual da Uva. Complementou a Beatriz.

- A Festa Anual da Uva já é uma tradição. Falou o Vereador Marcelino.

- É que precisamos discutirmos o que vai ter nessa Festa Anual da Uva, e como de costume não temos dinheiro em caixa, e é necessário a colaboração de toda a Comunidade para ser feita a tal Festa, e também é necessário escolher o local adequado para a tal festa. E se não for bem escolhido às minhas galinhas vão fazerem a festa delas. Falou o Sr. Prefeito.

E, a Fabiane olhou para a Beatriz, e disse:

- Bia, é assim toda a reunião?

- Pode ir se acostumando, Fabiane. Falou a Beatriz.

E, a Sandrinha, falou:

- Bom, já nem digo nada.

E, o Sr. Henrique, falou:

- Sr. Prefeito, eu posso dar minha colaboração para a Festa Anual da Uva.

- Mas não é apenas dinheiro, Sr. Henrique. É necessário cumprir os trâmites legais. Falou o Sr. Prefeito.

- Trâmites legais esse, Micaela, Fabiane, Michele e Sandrinha, que somente o Prefeito sabe. Falou a Beatriz para às quatro.

E, o Sr. Adeílson Marques Oliveira Lemos, falou:

- Sr. Prefeito, quais são os trâmites legais para que possamos agilizarmos o processo?

- Sr. Adeílson, agora não estão aqui comigo, e não me lembro de cabeça. Respondeu o Sr. Prefeito.

- Até às quinze horas da tarde acaba. Falou a Sra. Isabel.

E, a Tatiane, falou:

- Senhor Prefeito.

- O que é Tatiane? Perguntou o Prefeito.

- Não me leve a mal, não. Mas é que o povo aqui já está com fome. Poderia-se agora ter um intervalo para matar a fome que esta nos matando e depois continuar com essa reunião? Falou a Tatiane.

- A garota têm razão, Prefeito. Falou o Vereador Alex.

- Intervalo para matar a fome que esta nos matando. E às catorze horas da tarde todos devem estarem aqui de volta para continuação da reunião. Falou o Prefeito.

E, todos saíram dali e foram para o refeitório da Assembléia Legislativa para almoçarem. Não havia nada no mundo que se comparasse a Nova Catterville do Sul.

E, a Beatriz acordou com a Francislaine, falando:

- Beatriz acorda. Acorda Beatriz.

- Aonde estou? O que estou a fazer aqui?: Perguntou a Beatriz ao acordar.

E, o Samuel, falou:

- Tu estavas aí dormindo. Já acabou a reunião.

E, a Rute, falou:

- Bia, esqueceu que estava na Assembléia Legislativa.

E, a Beatriz, falou:

- O que o prefeito decidiu acerca da Festa Anual da Uva? O meu papai havia falado para o Prefeito o seguinte:  “Sr. Prefeito, eu posso dar minha colaboração para a Festa Anual da Uva.” E, então, gostaria de saber qual a decisão do prefeito sobre a festa anual da Uva.

- Conte essa história direitinho, pois não estou a entender nada. Falou a Beatriz Carina.

E, a Beatriz contou, e até o Prefeito, o Pastor Maurício, os vereadores, o Sr. Henrique, o Sr. Adeílson Marques Oliveira Lemos e outras tantas pessoas que ali estavam ficaram a escutarem toda a história. E, ao final, a Tatiane, falou:

- Essa dá para escrever um livro.

E, o Pastor Maurício deu risada, e falou:

- Bom, Beatriz, isso foi apenas um sonho que você teve.

- Mas tava tão bom o sonho que pensei que fosse realidade, Pastor Maurício. Falou a Beatriz.

E, o Prefeito, falou:

- Que bom seria se certos sonhos fossem reais.

E, a Francisquinha, falou:

- Jamais tive um sonho igual ao da Beatriz.

E, logo todos foram embora para suas casas. Mas, esse sonho da Beatriz se tornou assunto. A Beatriz Carina se desmanchava de rir. E, durante a tarde no Orfanato às meninas e os rapazes só ficaram tratando do tal sonho da Beatriz. A Sandrinha e a Fabiane até mesmo deixaram o tal sonho escrito em folhas de papel para que não se perdesse o tal fato. E, o Sr. Francisco, se aproximou da turma, e falou:

- Rapazes e garotas, tudo têm limite. Parem com isso, pois senão a Bia vai ficar brava com isso.

- Sr. Francisco, ela é legal e vai levar tudo na esportiva. Falou o Marcelo.

E, a Tatiane, falou:

- Só se ela for chata para achar ruim. Não estamos exagerando.

E, assim agiram os demais rapazes e moças. E o Tempo foi passando e a Beatriz foi se cansando daquilo tudo, e já não estava mais agüentando.

E, a Beatriz, às 15:40 da tarde, falou:

- Bom, já que todos gostam de falarem de mim, mesmo, estou a informar que agora vou cuidar dos cavalos e das vacas, que é para todos falarem que eu fui cuidar dos cavalos e das vacas. Daqui a pouco volto para vos informar o que vou fazer. Assim todo mundo vai poder cuidar pessoalmente da minha vida tal como se deveria cuidar da minha vida. Acho até ótimo que cuidem da minha vida. Não estou ironizando. Estou a falar seriamente. Já estou indo, pessoal.

- Beatriz. Falou a Cristina. - Não estamos aqui a querermos cuidarmos de sua vida. Mas o assunto tratado que está dando pano pra manga é o seu sonho que hoje você teve. Complementou a Cristina.

E, a Beatriz, falou:

- Então, me expliquem como não é da minha vida, se aqui todo mundo só fala de mim.

- Ih! Que mal humor. Falou a Tatiane.

E, a Beatriz, falou:

- Tudo bem. Sei que dormi durante a prestação de contas do Sr. Prefeito. Sei que vos contei o sonho que tive para vós. Mas, vamos pensarmos um pouquinho. Será que já não passou dos limites ficarem falando só do sonho que eu tive? Parece que já não há outro assunto a tratar. Parece até jornal que fica sempre batendo na mesma tecla. Me desculpem se eu, Beatriz, estiver sendo ríspida ou não tiver falando de forma melhor, mas creio que tudo têm limites. Estou brava mesma. Daqui a pouco tudo o que eu falar vai se tornar assunto aqui. Se querem cuidarem da minha vida, é só falarem e antes de começarem a cuidarem da minha vida me informarem de tal coisa para que eu seja mais paciente com quem gosta de cuidar da minha vida. Só vou querer ver se no final vão suportarem ficarem cuidando até o fim da minha curta vida da minha vida. Quem conseguir tal façanha eu dou o prêmio de Maior Cuidador da Minha Vida de Todo o Mundo. Tá bom ou preciso falar mais?

E, a Milena, falou:

- Creio que a Bia tenha razão. Exageramos na dose, pessoal.

- Eu já me retiro. Falou a Paulinha.

E, o Sr. Francisco, falou:

- Eu falei que tudo tinha limites.

- Falou , Sr. Francisco. Mas é que nós não demos ouvidos. Falou a Cristina.

- Não deram e acharam que ela ia suportar tudo isso todo esse tempo calada. Agora viram o que fizeram. Quando uma pessoa mais velha fala é melhor darem ouvidos, pois é a voz da experiência que está falando. Falou o Sr. Francisco.

E, a Beatriz, olhando para a Michelinha, disse:

- Vai querer continuar a cuidar da minha vida, Michelinha? Tu queres também carregar a minha cruz?

- Me desculpe, Bia. Não sabia que ia ficar tão chateada e de tão mal-humor com isso. Falou a Michelinha.

- Como de costume: “Não sabia”. Falou a Beatriz.

E, a Michelinha saiu de perto, e o Sr. Francisco se aproximou da Bia, sua neta, e falou:

- Minha neta, ouça agora o seu vovô. Bem sei que tens razão para estar como está. Mas agora, vá para o seu quarto, tome um banho, lave a sua cabeça e refresque a cabeça. E esqueça tudo isso que passou. Eu sei que esta chateada com tudo isso, mas lembre-se: o ser humano erra muitas vezes. O que fizeram foi errado, mas não deixe que isso crie uma raiz de amargura no seu coração. Perdoe aos seus amigos e amigas, e bola para frente. Entregue, minha neta, tudo isso nas mãos de Deus.

- Tá bom, vovô. Só sei que fiquei muito chateada com tudo isso. Nunca imaginei uma coisa dessas, ainda mais por parte das minhas irmãs, e da Tatiane, da Renata, da Francislaine e da Beatriz Carina, com às quais eu gosto muito de conversar. Talvez isso sirva de lição de o que não se deve fazer jamais.

E na sala do Orfanato, a Tatiane, falou:

- Nunca devíamos termos feito o que fizemos com a Beatriz.

- Eu estou me sentindo muito mal com o que fiz. A Bia sempre foi legal conosco. Falou a Beatriz Carina.

- Tens razão, Beatriz Carina. Falou a Andressa. - O máximo que podemos fazermos é irmos pedirmos perdão a ela. Complementou ela.

- Também estou de acordo. Falou o Marcelo.

- Eu também. Falou a Beatriz Regina.

E, assim tanto às meninas, como os rapazes, assim como às irmãs e as duas primas da Beatriz foram até ela e em fila pediram a ela perdão, e ela, a Bia, as perdoou, e ao final se abraçaram, o que deixou o Sr. Henrique, a Sra. Isabel, o Sr. Francisco, a Diretora Amanda e a Sra. Ermelinda totalmente alegres e contentes vendo que tudo ali terminava em paz e que ocorria uma reconciliação.

Tópico: 63 CAPÍTULO

Não foram encontrados comentários.

Novo comentário