66 CAPÍTULO

 

 

E todos ali fizeram silêncio, o que fez a Beatriz, a Beatriz Carina e a Beatriz Regina, acreditarem que somente elas estivessem ali vivas.

E, o Sr. Henrique, se pôs no meio, e após respirar bem fundo, olhou para todos que ali estavam, inclusive para o Sr. Francisco e para a Diretora Amanda, e para a Zeladora Ermelinda e para sua esposa, e logo abriu a boca, e falou:

- Bom, nesse dia tenho um comunicado importante a fazer. Não um, mas dois.

E, todos olharam. A Tatiane ficou com uma cara de espanto ao ouvir isso. A Beatriz pensou estar sonhando com aquilo tudo. A Beatriz Carina se beliscou, achando estar dentro de um sono sem fim, e a Beatriz Regina pensou estar em coma numa maca de hospital e que jamais sairia desse coma.

E, o Sr. Henrique, continuando, disse:

- O primeiro comunicado é que após cumprir todos os protocolos legais, sou o novo dono do Orfanato Rouxinol.

E todos, ou melhor, quase todos, aplaudiram, , exceto a Beatriz, que ficou imóvel, imaginando estar dentro de um sono profundo.

- O que foi, BIA Isabela, minha filha? Perguntou-lhe a Sra. Isabel.

- Onde estou? Perguntou a Beatriz.

E, nisso, a Francislaine, a Andreza, a Patrícia, a Michelinha, riram. E, a Patrícia, não se conteve, e falou:

- Beatriz, aonde você está? Acorda para a vida menina. O seu pai acaba de falar que é o novo proprietário do Orfanato.

- Já nem vou comentar nada sobre isso. Falou a Tatiane.

E, o Sr. Henrique, continuando, falou:

- E o segundo comunicado é: comprei essa Casa aqui no Morro das Águias, e já tenho a Escritura dessa casa.

E, isso, foi o suficiente para a Beatriz cair no chão, e falar:

- Devo estar ficando louca, pelo visto. O meu pai é o dono dessa casa? Será que estou ouvindo bem às coisas? Será que não estou ficando louca? Não. Acho que estou precisando de me relaxar, pois estou totalmente desnorteada.

E, o vô dela, falou:

- Vou te dar água com açúcar, minha filha, e tu vais logo se recuperar.

- Vovô. Falou a Beatriz. - Eu acho que estou precisando disso mesmo. E, uma pergunta: o meu pai não está pensando em transferir o Orfanato para cá e em nos fazer vir morar aqui? Se sim, como vão ficarem os cavalos e vacas? Questionou a Beatriz.

- Já tenho conversado com a Diretora Amanda, e estamos bem concordes nesse ponto. E, portanto, a resposta é sim. Respondeu o Senhor Henrique. - E quanto aos cavalos e vacas, não se preocupe. Complementou o Sr. Henrique.

- Bom, vou tomar água com açúcar, pois essas mudanças estão vindo todas de uma só vez, e preciso de assimilá-las melhor. Falou a Beatriz.

E, enquanto a Beatriz foi tomar água com açúcar, a Diretora Amanda, e às meninas, decidiram limparem toda a poeira, e os rapazes decidiram verem se havia lixo pesado para pegarem.

E, a Milena, falou:

- Essa casa precisa de ficar bem limpa para morarmos para cá.

- Morarmos para cá, não, Milena. O certo é: mudarmos para essa casa. Falou a Diretora Amanda.

- Me desculpe. Confundi mudarmos com morarmos. Falou a Milena.

E, a Paulinha, falou:

- Bom, a casa está bem conservada.

E, a Paula, falou:

- Vai ser o terceiro local para o qual o Orfanato se muda.

- Como tu sabes, Paula. Perguntou a Beatriz Carina.

- A Tatiane é que acabou de me informar, e portanto, só estou a repassar a informação que ela me passou. Respondeu a Paula.

E, a Beatriz Carina, tendo ouvido isso, falou:

- Bom, só tinha que ter o dedinho da Tatiane.

E, a Tatiane, falou:

- Tenho que noticiar os fatos relacionados ao Orfanato para alguém, Beatriz Carina.

E, na cozinha daquela casa...

- Água com açúcar para a minha neta Beatriz. Falou o Sr. Francisco.

E, após a Beatriz tomar água com açúcar...

- Obrigada, vovô. Falou a Beatriz. - Aliás, não esperava esse tipo de coisa. Fiquei totalmente em estado de choque por causa desses comunicados, os quais eu não esperava. Complementou ela.

- Mas, o que você me diz sobre os comunicados, minha neta? Perguntou o Sr. Francisco.

- Bom, sobre o que agora essa casa é do meu pai, eu considero uma boa notícia. Sobre o segundo comunicado de que o meu pai é o novo Proprietário do Orfanato, me foi surpreendente, mas considero muito boa a notícia. Respondeu a Beatriz.

- E sobre o Orfanato ser transferido para aqui, e sobre você e sua família virem também morarem nessa mesma casa? Perguntou o Sr. Francisco.

E, a Beatriz, falou:

- Em nenhum Orfanato do mundo o proprietário e sua família moram no Orfanato juntamente com os órfãos. Mas, até que não acho ruim a idéia, mas porém vai perder um pouco da privacidade que se têm em casa. Bom, no final das contas, o meu pai é que deve tomar a decisão. Não sei se isso vai dar certo, vovô. Acho bem meio estranho, mas para mim o que o meu pai decidir, está de bom tamanho.

- O seu pai têm lá às suas razões para fazer algo bem diferente daquilo que é o usual em todo o mundo, minha neta. É o que se pode chamar de inovação. Falou o Sr. Francisco.

- Inovação, vovô, eu não acredito que seja. Mas, que é algo bem diferente do usual, isso o é. Falou a Beatriz. - Vamos ver o que vai dar tudo isso. Complementou ela.

E, passou-se o tempo, e quando já era 18:00 horas da tarde, a Tatiane, falou:

- A Beatriz onde está ela?

- Bem que eu gostaria de saber. Respondeu a Francislaine.

- Está lá fora sentada na varanda dos fundos, se espreguiçando e na maior folga do mundo, e parecendo uma madame. Podem conferirem. Falou a Beatriz Carina.

E, foram, e a Beatriz estava sentada, com um chapéu feminino de madame na cabeça, com às pernas numa outra cadeira, na maior folga, e sem fazer nada, como se estivesse ali dormindo.

E, todas às garotas ali, incluindo suas trẽs irmãs, se aproximaram, e ficaram olhando a folga dela.

- Folgada! Exclamou a Beatriz Carina.

- Enquanto todas nós aqui estávamos lá trabalhando duro, a madame aí nessa folga tudo, sem fazer nada, como se não tivesse nada para fazer. Falou a Tatiane.

- E, além de folgada, fica fazendo de conta que nem está a ouvir o que dizemos. Falou a Francislaine.

- Pode se levantando daí, Senhorita Beatriz. Falou a Paulinha.

- Pessoa preguiçosa não vai entrar no céu, não, menina. Falou a Milena.

- Oras, estou me refrescando e recuperando minhas energias, pois gastei todas às minhas energias vindo até aqui de bicicleta. Se justificou a Beatriz.

E, a Beatriz Regina, falou:

- Pois bem, minha irmã, eu e a Beatriz Carina, ambém gastamos todas às nossas energias vindo até aqui de bicicleta, e nem por isso estamos nessa folga aí que você está. Pode tratando aí de se levantar e nos ajudar.

- Que horas são? Perguntou a Beatriz.

- Hora da senhorita trabalhar. Respondeu a Michelinha.

- Pode se levantando daí, pois ninguém aqui vai ficar sustentando a preguiça de ninguém. Falou a Patrícia.

- Se não se levantar, vamos chamar o seu pai, sua mãe e seu vô para verem a sua folga aí. Falou a Tatiane.

E, a Renata, falou:

- Pode deixando a preguiça de lado e vir a nos ajudar na limpeza. Essa é hora de trabalhar e não de ficar aí a toa.

- E não nos venha com essa de que ainda está desnorteada, pois há um bom tempo já está bem norteada. Falou a Andreza.

- Pode tratando de se levantar, minha irmã. Um, dois, três. Se levantando e já. Falou a Paula.

E, a Cristina, falou:

- E não venha com essa conversa fiada de estar ainda cansada, pois pela cara aí está bem descansada.

- Pode se levantando e já. Se não se levantar por si mesma, eu mesma a farei se levantar a força. Falou a Francislaine.

E, a Beatriz, falou:

- Eu acho que ja é hora de ir tomar banho. Amanhã eu faço alguma coisa. Só quero tomar banho, jantar e dormir.

E, a Tatiane, falou:

- Paulinha, Francislaine, Beatriz Regina e Beatriz Carina, venham comigo.

- Tá bom. Disseram às quatro.

E, às quatro saíram e foram atrás do Sr. Henrique. E, ao se encontrarem com o Sr. Henrique, na escada, a Tatiane, falou:

- Sr. Henrique, enquanto nós garotas estamos trabalhando e os rapazes estão trabalhando, sabe o que a Senhorita Beatriz Isabela está fazendo?

- O que ela está fazendo? Perguntou o Sr. Henrique.

E, a Francislaine, respondeu:

- Ela está lá na varanda do fundo, sentada, com um chapéu de madame na cabeça, com às pernas numa outra cadeira, e na maior folga, e dizendo que está descansando.

- É verdade papai. Falou a Beatriz Regina.

- E o pior é que chamamos ela para nos ajudar, e ela nem sequer quer saber de trabalhar. Falou a Beatriz Carina.

- Falou agora que vai tomar banho, que é hora de tomar banho, só para escapar do trabalho, Sr. Henrique. Falou a Tatiane.

- Podem deixarem que irei resolver isso agora mesmo. Falou o Sr. Henrique.

E, ele decidiu às acompanhar. E, a Beatriz, percebendo que o pai dela estava vindo, e não sendo nada boba, se levantou, pegou a vassoura, e começou a varrer o chão.

E, o Sr. Henrique, ao chegar e ver a cena, ficou admirado. E, a Beatriz, falou:

- Esse chão está muito sujo, papai, e precisa de uma boa limpeza.

E, ele, admirado, falou:

- Estou admirado, pois segundo fiquei sabendo estava aí na maior folga. E, agora, resolveu trabalhar só com medo de receber bronca. Então, percebeu que eu vinha, e só para eu não ficar bravo contigo, resolveu limpar o chão da varanda.

E, a Milena e às meninas ficaram tão admiradas de como a Beatriz agiu diante de tal situação. E, a Tatiane, falou:

- Vejam só, meninas, o que a folgada da Beatriz faz para não receber bronca. Foi bem astuta.

E, todas às garotas saíram dali e foram trabalharem, e o Sr. Henrique foi para outro canto, e a Beatriz continuou ali a fazer a limpeza, limpando toda a varanda. De boba ela não tinha nada.

O Sr. Francisco, vô dela, ao saber, falou:

- Essa minha neta sabe muito bem como escapar de uma bronca. Ela está precisando de uma boa correção, pois de um tempo para cá, anda agindo de uma forma nada correta para uma pessoa cristã.

E, passou-se o tempo, e já era 19:05 da noite, e a Sra. Isabel, falou:

- Beatriz, minha filha, temos de conversarmos.

- Tá bom, mamãe. Falou a Beatriz.

- Fiquei admirada com a sua atitude no seu aniversário. Mas, ultimamente não tenho gostado muito de suas atitudes. Falou a Sra. Isabel.

- O que tenho feito de errado, mamãe? Perguntou a Beatriz.

- Atualmente tu andas muito preguiçosa, rude, e até mesmo não tratando muito bem suas amigas e seus amigos. Não acredito que essa seja a Beatriz que eu conheço. O que está acontecendo, minha filha? Qual é o problema? Conta para a mamãe. Falou a Sra. Isabel. - Andas saindo, por acaso, com pessoas de má índole? Questionou a Sra. Isabel.

- Mãe, não tenho estado nada bem. Não sei como lhe dizer. Às vezes, sinto falta de algo. Falou a Beatriz.

- Do quê? Perguntou a Sra. Isabel. - Se abra para com a sua mãezinha aqui. Estou aqui para te ajudar. Se tiver algum problema, conte-me, e vamos buscar resolver esse problema. Tens orado direito? Complementou a Sra. Isabel.

- Mãe, eu sei que você e o Pai estão sempre em casa. Mas, às vezes, sinto falta de um relacionamento maior com você. Falou a Beatriz.

- Oras, quando quiseres falar comigo, estou aberta para falar contigo. Falou a Sra. Isabel.

- Mas, não é só isso. Tenho outro problema. Sei que devemos orarmos a Deus. Mas, às vezes, não sinto vontade de orar. Não sei o por quê que isto está a me acontecer. E, às vezes, quando oro, parece que minhas orações são superficiais. Não sei. Será que me falta maior comunhão com Deus? Questionou a Beatriz.

E, a Sra. Isabel, falou:

- Minha filha, porquê não entrega esses problemas acerca de oração e de comunhão nas mãos de Deus? Se quiser, poderemos orarmos juntas todas às noites. Quando for a Igreja, fale com o Pastor Maurício.

- Sinto vergonha de dizer que estou com falta de vontade orar. Fico a pensar o que o Pastor Maurício há de pensar se eu lhe disser isso. Todo mundo na Igreja vive orando fervorosamente, e fica parecendo que eu sou a ovelha negra da Igreja, e também a ovelha negra da família. Falou a Beatriz.

- Oras, será que esse teu medo não é por puro orgulho pessoal para querer se aparentar ser a cristã perfeita, minha filha? Perguntou-lhe a Sra. Isabel.

- Pode ser. Falou a Beatriz.

- Então veja se não é realmente isso, minha filha. Falou a Sra. Isabel. - E quando quiser se abrir para mim, não precisa ter medo, minha filha. A mamãe está aqui para te ouvir, para ouvir sobre seus medos, seus problemas, frustrações, dificuldades, e poder te ajudar. Complementou a Sra. Isabel.

- Obrigada, mamãe. Falou a Beatriz, abraçando a sua mãe. - Não sei o que faço, e por isso, às vezes, fico sentada, distante, sem saber o que fazer. Busco não demonstrar para ás pessoas que tenho problemas e busco resolvê-los sozinha, mas lá no fundo do meu coração, vejo que sou impotente para resolvê-los, mas não quero admitir por pura vergonha. E, com isso, os meus problemas vão ficando maiores, e vão se acumulando. Complementou a Beatriz chorando e estando abraçada a sua mãe, que a ouvia atentamente.

E, continuando, a Beatriz, falou:

- Bom, mamãe, eu sei que sou difícil, que sou uma garota muito difícil de entender, que não sou muito de contar o que sinto. Às vezes, nem sei o que estou sentindo direito. Só sei que estou sentindo algo, mas não sei explicar.

E, em seguida, a Beatriz saiu de perto da sua mãe, e foi lavar o rosto, e a Francislaine, ao se aproximar da Sra. Isabel, ficou quieta, e nada falou.

E, após a Beatriz lavar o rosto, subiu a escada, e foi a um quarto aonde não havia ninguém, e fechou a porta, e se ajoelhou próxima a uma cama, e orou assim a Deus:

- “Senhor, não sei o que passa por mim. Muitas vezes, sinto falta de algo, que algo está me faltando, e até mesma fico sem vontade de orar a Ti. Também, às vezes, minhas orações parecem até superficiais. Às vezes, parece que minhas orações não são ouvidas por Ti. Também, às vezes, sinto falta de um maior relacionamento com a minha mãe. Senhor, muitas vezes, quando estou a sentir algo, nem sei explicar o que eu sinto. Não sei que problema é esse. Ó Senhor, o que eu faço? Tenho até vergonha de contar ao Pastor Maurício que não tenho muita vontade de orar, pois oram tão fervorosos. Me sinto até como se fosse a ovelha negra da Igreja, e também da minha família. O que eu faço, Pai Santo? Me ajude, Senhor. Necessito tanto de ter meus problemas resolvidos, mas não gosto muito de pedir ajuda a ninguém, pois gosto de resolvê-los sozinha, mas não consigo resolvê-los sozinho. Preciso de Tua Ajuda. Será, Senhor, que estou sendo soberba, arrogante, pedante? Também não tenho tratado, ultimamente, muito bem minhas amigas e meus amigos. Gostaria tanto de voltar a ser aquela Beatriz de antes, que tratava muito bem aos meus amigos e amigas, e de ser uma Beatriz melhor. Mas, o que eu faço, Senhor. Dá-me um auxílio. Isso, ó Senhor, é o que eu te peço e desde já Te agradeço em o Santo Nome do Senhor Jesus Cristo, que vive e reina para todo o sempre. Amém!”

E, já era 19:35 da noite. E, a Beatriz reuniu a toda a turma de órfãos e órfãs, ali, e falou:

- Boa noite a todos!

- Boa noite. Disseram.

- O que será que ela vai falar? Perguntou-se a Patrícia.

- Ela vai aprontar alguma conosco. Ainda mais que agora é a filha do dono do Orfanato. Falou a Tatiane.

- Silêncio. Falou a Beatriz.

E, ficaram em silêncio, e ela, a Beatriz Isabela, disse:

- Pois bem, para começo de conversa, vós já bem sabeis que o meu pai é o Proprietário desse excelentíssimo Orfanato Rouxinol. E, isso me coloca como sendo a futura proprietária desse Orfanato, já que sou a filha mais velha dele.

A Francislaine olhou para ela e ficou quieta. E, ela, a Beatriz, continuando disse:

- Portanto, para já irem começando a se acostumarem desde cedo com às regras que irei adotar para quando eu for a proprietária do Orfanato, e com o meu jeito administrativo, defini aqui os uniformes que deverão utilizarem e às regras gerais do Orfanato. Uniforme para às meninas: Saia verde-limão, Blusa feminina Branca, meia feminina branca e sapatilha verde-limão.

- O quê? Perguntaram às garotas.

- Isso mesmo. E não adianta reclamarem. Respondeu a Beatriz Isabela.

- Tu estás maluca, Bia. Falou a Beatriz Carina.

- Já decidi e está decidido. Falou a Beatriz Isabela.

- Vamos termos que debatermos melhor esse assunto. Falou a Francislaine, não gostando nada do que acabara de ouvir.

E, a Beatriz Isabela, falou:

- E, quanto ao uniforme dos rapazes, será o seguinte: Calça social preta, camisa branca, sapato preto e meia masculina branca, mais gravata branca e terno preto, e chapéu preto na cabeça. E, às camisas brancas serão de manga comprida.

- Ela está achando que somos Garçons. Falou o Zacarias.

- Depois conversaremos com o seu pai sobre isso, futura proprietária do Orfanato Rouxinol. Falou o Marcelo.

- Podem conversarem até com a Vossa Majestade, o rei daqui dos Estados Unidos de Safira do Sul sobre isso. Só não falem com ás águas. Falou a Beatriz Isabela com forte tom de ironia.

E, em seguida, ela, falou:

- Vamos às regras: Regra 1: Os uniformes são obrigatórios de Segunda a Sexta-feira. Aos Sábados, Domingos e Feriados, podem vestirem roupas mais informais. Regra 2: Os uniformes são obrigatórios para quando estiverem representando o Orfanato Rouxinol.

E, nisso o pai dela apareceu por ali, e ficou bem atrás dela ouvindo, e fez sinal para que ficassem em silêncio enquanto ela falasse. E, ela continuando disse:

- Regra número 3: Dos Horários pré-ordenados que todos devem obedecerem rigorosamente e sem pestanejarem: 5:00 horas da madrugada: Horário de acordar. 6:00 horas da manhã: Lanche da Manhã. 7:00 horas da manhã: Horário de estudos no Orfanato Rouxinol. 9:30 da manhã: Horário livre para se fazer o que quiser. Meio dia: Horário do Almoço. 13:00 horas da tarde: Horário de se dar uma soneca. 14:00 horas da tarde: Horário Livre. 17:00 horas da tarde: horário de tomar banho. 18:30 da tarde: Horário de Jantar. 21:00 horas da noite: Horário de ir dormir. Parágrafo 1: Em dias de Culto os horários de3 janta e de tomar banho e de ir dormir não seguirão a essa ordem, mas deverão serem reorganizados para que se possa participar dos Cultos. Parágrafo 2: Aos Sábados, Domingos e Feriados o horário livre no período da manhã será das 7:00 horas da manhã até o meio dia. Regra Número 4: Do uso do Computador: Ninguém poderá usar o Computador nos horários de estudo exceto para estudos, e na hora em que se deve estar dormindo. E, cada um deverá ter um tempo determinado para ficar no Computador para que todos possam utilizá-lo.

E, o Sr. Francisco, de lá da cozinha ouvia tudo, e comentou com a Diretora Amanda:

- Só quero ver se essas regras ela aceitará que sejam válidas para ela.

E, a Beatriz, continuando, disse:

- Regra Número 5: Nenhuma criança ou adolescente do Orfanato Rouxinol poderá sair do Orfanato Rouxinol sem autorização das autoridades devidamente constituídas para tal fim. Regra Número 6: Tida a alimentação deverá seguir ao seguinte: Alimentação do Dia, que deverá constar o que há de ser servido a cada dia no Orfanato Rouxinol. Regra Número 7: Toda e qualquer desobediência a algumas das regras pré estabelecidas se constituirá em infração, e quem infringir às regras deverá receber as devidas punições que serão estabelecidas pelo Conselho Gestor do Orfanato Rouxinol que será composto pelo Proprietário do Orfanato e seu cônjuge, pela Diretora do Orfanato, pelo Cozinheiro do Orfanato e pela Zeladora do Orfanato. Portanto, fui bem clara?

- Sim, futura proprietária do Orfanato Rouxinol. Disseram.

- Bom, agora vou descansar. Falou a Beatriz, já virando-se para subir às escadas.

E, foi justamente neste momento, que ela olhou e viu o pai dela, que falou:

- Então essas são ás regras do Orfanato Rouxinol?

E, todos olharam para ela, inclusive a Paulinha, a Paula e a Beatriz Regina, irmãs dela.

- Sim, são. Respondeu a Beatriz, e já coçando a cabecinha dela própria.

- E os uniformes das garotas qual é? Perguntou o Sr. Henrique.

- Bom, é blusa feminina branca, saia verde-limão, meia feminina branca e sapatilha verde-limão, papai. Acho que fica bem para elas. Respondeu a Beatriz.

- E a Senhorita já está ditando às regras, já que é a futura proprietária do Orfanato Rouxinol? Perguntou o Sr. Henrique.

- Sim. Respondeu a Beatriz, já meio que desconfiada de alguma coisa.

E, então o pai dela, o Sr. Henrique, falou:

- Então, vamos fazer o seguinte, futura proprietária do Orfanato Rouxinol, eu vou pedir para a Zeladora Ermelinda fazer uma lista completa de tudo o que é preciso ser feito no Orfanato, e a Senhorita terá que resolver tudo, e sem pestanejar.

E, todos olharam para ela naquele momento, para ver como ela se sairia dessa. E, ela, pensou um pouquinho, falou:

- Pode me dar toda a lista, e irei analisar e criar um Comitê Gestor para que todo esse problema seja resolvido da forma mais ágil possível. Aliás, podemos papai, trabalharmos juntos para fazermos melhorias no Orfanato em regime de colaboração.

E, o Sr. Francisco, ouvindo isso, ficou totalmente admirado. E, o pai dela, vendo como ela soube resolver a situação que lhe era desfavorável, falou:

- Fico admirado em como você consegue se livrar de situações complicadas, minha filha. Mas, porém, tu és ainda muito nova para exercer tal função. Mas, quanto aos uniformes, tu devia melhor ouvir às garotas e os rapazes. E, quanto às regras, tu podes ser minha filha, mas às mesmas regras servirão também para ti e suas irmãs já que vamos estarmos vivendo aqui no Orfanato. E também terás que usar os mesmos uniformes que suas amigas.

E, em seguida, o Sr. Henrique, falou:

- Bom, já é hora de retornarmos. Amanhã nos mudaremos para este lugar em definitivo.

E, a Beatriz, falou:

- Papai, posso lhe pedir uma coisa?

- Bom, pode pedir. Respondeu o Sr. Henrique.

E, ela, falou:

- Gostaria de passar a noite aqui. Acho que seria de bom alvitre que alguém fique aqui cuidando dessa casa.

- Sozinha nem pensando, minha filha. Só se uma pessoa adulta ficar aqui como sendo responsável.

- Sr. Henrique. Falou a Sra. Ermelinda.

- Sim, Sra. Ermelinda. Falou o Sr. Henrique.

- Nós também gostaríamos de ficarmos. Falaram a Beatriz Carina, a Beatriz Regina, a Francislaine, a Tatiane, a Renata e a Cristina.

E, a Sra. Ermelinda, falou:

- Sr. Henrique, s e não for muito, então, eu poderia aqui ficar olhando as pimpolhas que desejam aqui ficarem?

- Pode sim, Sra. Ermelinda. Falou o Sr. Henrique. - E claro que vocês aí podem ficarem, mas terão que se comportarem, e obedecerem a Sra. Ermelinda.

E, a Sra. Ermelinda, falou:

- 21:00 horas da noite, horário de irem dormirem. Estão avisadas!

E, a Beatriz pegou o Carlos Henrique, irmãozinho dela, e falou:

- Vejam como ele dorme sossegadamente.

E, a Paulinha, falou:

- Essa minha irmã é muito agarrada com o Carlinhos.

E, O Sr. Francisco, falou:

- Bom, amanhã vou estar de volta.

E, após isso, a turma que ia embora foi para o micro-ônibus, e logo partiram embora, e só ficaram ali a Beatriz, a Beatriz Regina, a Beatriz Carina, a Francislaine, a Cristina, a Tatiane, a Renata e a Sra. Ermelinda. E, a Sra. Ermelinda, falou:

- Pois bem, meninas. Agora é o seguinte: Sabem o que é isso? Um apito. A hora que eu apitar para irem dormirem, é para todas irem dormirem. Agora, vamos a cozinha, e lá veremos o que se têm para comer.

E, a Beatriz coçou a cabeça, e a Sra. Ermelinda, falou:

- Senhorita Beatriz, não adianta coçar a cabeça.

- É que eu devia ter ido. Ah! Tenho que trazer para dentro minha bicicleta. Acabo de me lembrar disso. Falou a Beatriz.

- Agora, vamos comermos. Depois resolvemos a questão da bicicleta. Falou a Sra. Ermelinda.

- Coitadinha da minha bicicleta vermelha, dona Ermelinda. Tu não tens dó de uma bicicleta? Falou a Beatriz tentando convencer a Sra. Ermelinda a deixar ela ir para fora.

- Já falei:> Primeiro comer e alimentar a barriga, e depois o caso da bicicleta, Senhorita Beatriz. E, portanto, não adianta insistir. Falou a Sra. Ermelinda.

E, não adiantou mesmo. A Beatriz teve que obedecer a Sra. Ermelinda.

E, quando estavam já na cozinha, e a Sra. Ermelinda serviu o jantar, a Beatriz Carina, a Tatiane e a Beatriz, exclamaram:

- Pão puro!

- É o que têm. Quem quiser comer come do jeito que está. Se não quiserem comerem, sobra mais. Falou a Sra. Ermelinda.

E, a Cristina, falou:

- Mas, a gente costuma comer torta, e tantas coisas gostosas, e hoje só isso.

E, a Beatriz Regina, olhando para elas, falou:

- Vocês nem sabem o que é passarem fome, meninas. Já vivi na rua. E na rua, muitas vezes, eu não tinha nem o que comer. No reformatório, a comida que muitas vezes comíamos era uma comida dura e até mesmo velha. Muitas vezes, era o pão da semana passada. E comíamos agradecendo a Deus por aquele alimento. E aqui, tendes um pão novo, e muito bom, e acham rui8m só porquẽ comerão pão puro.

Nisso, naquele momento, se calaram, e comeram aquele pão puro, e sem pestanejarem. E, após comerem pediram desculpas. A Beatriz, quando já era 20:20 da noite, comentando com a Beatriz Carina, falou:

- Eu, pelo menos, já vivi na rua e bem sabia o que era passar fome, pois antes de chegar ao Orfanato Rouxinol estava na rua, e muitas vezes, passei fome. Devia ao menos ter-me lembrado disso e não ter agido como agi.

E, a Beatriz Carina, falou:

- Também errei nessa história toda, Bia. Creio que com isso aprendemos uma grande lição.

- Vamos pegarmos nossas bicicletas e trazermos elas para dentro, meninas. Falou a Beatriz Regina para a Beatriz e a Beatriz Carina.

E, assim, às três trouxeram suas bicicletas para dentro daquela casa, que era o novo local do Orfanato Rouxinol.

- Esqueci de trazer roupas e toalhas para tomar banho. Falou a Francislaine.

- Amanhã cedo quando toda a turma retornar a gente toma banho. Falou a Beatriz.

- Mas não é nada legal ficar sem tomar banho. Falou a Renata. - Ainda mais para uma garota bonita como eu.

- Renata, minha irmã. Falou a Tatiane. - Se vocẽ não falasse ninguém saberia disso que você falou. Passe bem, irmãzona. Complementou a Tatiane, e de forma bem irônica.

E, a Cristina, falou:

- Perguntem, meninas, para a futura proprietária do Orfanato Rouxinol com que roupa iremos hoje dormirmos?

- Eu não pedi para nenhuma de vós aqui ficar esta noite. Resolveram ficarem por conta própria. Falou a Beatriz.

- Mas, bem que abriu um sorrisinho quando decidimos ficarmos. Falou a Cristina.

- Claro, ficar aqui só com a Ermelinda não seria algo.;; Deixa para lá. Complementou a Beatriz.

- Não seria algo o quê? Perguntou a Sra. Ermelinda.

- Quem fala muito se complica. Falou a Tatiane.

E, a Beatriz, tentando se esquivar do problema que ela própria criou, falou:

- Bom, Sra. Ermelinda, só estava tentando endireitar meus pensamentos da forma mais organizada, e sem querer pronunciei o seu nome.

- Não adianta se esquivar, Senhorita Beatriz. Pode completando a frase. Falou a Sra. Ermelinda.

- Ficar aqui só com a Senhora, Sra. Ermelinda, não seria algo ruim, mas porém, não seria algo ótimo que só nós duas ficássemos aqui sozinhas. Falou a Beatriz.

E, a Francislaine, que estava quieta, falou:

- A Beatriz sabe muito bem se livrar de qualquer desconforto. Incrível!

- Bom, vou deixar para lá esse assunto. Mas, porém, é bom tomar cuidado com o que diz, Srta. Beatriz. Falou a Sra. Ermelinda para ela.

Tópico: 66 Capítulo

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