12 CAPÍTULO
E. já era o dia 6 de Abril do ano do Senhor de 2032 - Quarta-feira. E, era 7:30 da manhã E, era mais um lindo dia maravilhoso para toda aquela turma.
E, de repente chegou um homem, a saber: um Diretor do Centro de Estudos, e o Pai da Beatriz, o Senhor Henrique, lhe falou:
- Senhor Marques, o que trazes o Senhor a esta hora a minha fazenda, visto que tens muito trabalho?
E, o Senhor Marques (Diretor do Centro de Estudos), falou:
- Senhor Henrique, um dos meus alunos têm espalhado inverdades sobre o que é um Centro de Estudos, e muitas pessoas de boa fé têm acreditado e até mesmo divulgado tais inverdades como sendo verdades. E, o meu objetivo é simplesmente esse: trazer esclarecimentos e acabar com às mentiras que têm sido propagadas.
E, o Senhor Henrique, falou:
- Bom, então Sr. Marques, considero isso de suma importância, pois creio que até a minha filha deve ter sido vítima de tais inverdades, se o que tu dizes fores verdade.
- Fores verdade ou for verdade, Senhor Henrique? Perguntou o Sr. Marques.
- Me desculpe, Sr. Marques. O correto é for verdade. Respondeu o Senhor Henrique.
E, a Beatriz sabendo que o Sr. Marques ali estava na varanda, foi até a varanda, e juntamente com ela apareceu a Fran, e em seguida, toda a turma do Orfanato Rouxinol.
E, a Cristina, falou:
- Sr. Marques é verdade que nos Centros de Estudos se caso quiser abandonar os estudos, pode-se, e depois pode voltar-se a estudar quando quiser?
E, o Sr. Marques, falou:
- Quem vos disse isso?
- A Beatriz nos disse isso. Respondeu a Francislaine.
E, a Beatriz, falou:
- Bom, Senhor Marques, falei isso. Mas, isso falei, pois um aluno do seu Centro de Estudo me declarou tal coisa um certo tempo atrás.
E, o Sr. Marques, falou:
- Bom, Srta. Beatriz, poderia me dizer o que o tal aluno te falou?
E. a Beatriz, respondeu:
- Ele me disse o seguinte: "Os Centros de Estudos, são locais aonde jovens e crianças vão para aprenderem alguma matéria que lhes seja bem interessante. Nos centros de estudos se aprende Português, Matemática, a Geografia de nossa nação e a História de Nossa Nação. Ali há tanto aulas teóricas como aulas práticas sobre estas matérias. Num centro de estudo antes de você aprender uma certa matéria, o Ensinador têm que explicar qual a utilidade daquilo que vai estar te ensinando na sua vida diária e que utilidade terá isso na sua vida. As primeiras aulas são justamente para mostrar a utilidade na nossa vida de tais matérias nas nossas vidas e provar tais utilidades." E, me disse ainda: "Você vai ali estudar se quiser, e se o quiser abandonar, tu tens toda a liberdade, pois todo Centro de Estudo se baseia no seguinte princípio: 'Todo homem é livre para estudar e para deixar de estudar. Se um homem não quer estudar o problema é exclusivamente dele e quem vai ser, ao final, prejudicado pela falta de estudo é o próprio que se recusa a estudar, pois ninguém deve ser obrigado a estudar', e este princípio não deve ser confundido com Filosofia".
E, a Beatriz, nisso, olhou e falou:
- E, além disso tudo, o tal rapaz, Sr. Marques, me disse o seguinte: "e depois de ter parado, você quiser recomeçar nos Centros de Estudos os seus Estudos, você poderá recomeçar daonde parou. Você pode recomeçar mesmo depois de já ter passado uns 50, 60, 70, 80, 90, 100 anos ou mais que você tenha parado os seus estudos, E, se você vai a um Centro de Estudo você não precisa de ir a uma Escola, pois o Centro de Estudo substitui a Escola, e é uma nova forma de educação, muito mais avançada, muito mais democrática, e muito melhor do que o Sistema Escolar." Foi tudo isso que ele me disse, e que eu falei para todas aqui.
E, o Senhor Marques, nisso olhou para toda aquela turma, e disse:
- Beatriz, e todos vós aqui, o que o tal dito aluno do meu Centro de Estudos disse não corresponde a verdade. No meio de algumas verdades, há muitas inverdades.
E, a Milena, falou:
- Senhor Marques, o que é verdade e o que é inverdade em tudo isso?
E, ele respondeu:
- Serei bem franco. Quem vai a um Centro de Estudo não precisa ir a uma Escola, pois um Centro de Estudo é igual a uma escola. Nos Centros de Estudos há, sim, aulas tanto teóricas como práticas, e se aprende Português, Matemática, Geografia Nacional, História Nacional. Nisso ele disse a verdade. Mas, o tal dito princípio nos é totalmente desconhecido. E, quanto aos Ensinadores eles têm, sim, que explicarem a utilidade. Mas, porém, nos Centros de Estudo, assim como nas escolas, a partir do momento em que você se matricula, você têm que participar da aula, ir estudar, e não pode abandonar. Se caso vier a abandonar deve pagar uma multa por abandono. E, quanto as primeiras aulas num Centro de Estudo, é igual a uma escola: já desde o início se passa a matéria, e todos devem copiarem. Não têm essa de que se pode chegar a qualquer hora no Centro de Estudos, ir para uma sala de aula, e depois se quiser ter outra aula de outra matéria, ir a uma outra sala. Se uma pessoa com 60, 70 ou 80 anos quiser estudar têm que se matricular. E, se caso tiver abandonado os estudos, para voltar a estudar nos Centros de Estudo têm que fazer uma nova matrícula. Não têm essa de chegar e já ir entrando na sala de aula. E, há um limite de matrículas por classe. Claro que os Centros de Estudos são bem mais avançados do que as Escolas. Mas, porém, isso não significa a extinção das Escolas.
E, nisso, a Beatriz, falou:
- Então, Sr. Marques, eu acreditei numa mentira?
E, o Senhor Marques, respondeu:
- Senhorita Beatriz, vou ser franco contigo, pois vejo que és honesta: você acreditou numa mentira muito bem elaborada por um de nossos alunos. Mas, o mentiroso, que plantou essas mentiras vai receber a devida punição.
E, a Beatriz saiu dali da varanda, e foi indo na direção do portão, e a Francislaine, foi atrás dela, e falou:
- Beatriz o que vai fazer?
E, a Beatriz, respondeu:
- Fran, eu vou atrás do Vítor, e ele vai ter que me dar às devidas explicações.
E, a Paulinha (irmã dela), que vinha atrás, se pôs a frente, e falou:
- Minha irmã, está escrito: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa cabeça". E diz ainda mais: "Vence o mal com o bem". Portanto, minha irmã, me escute: Não busques vingança. Deixe quieto. O Vítor vai receber o que merece no tempo apropriado. Mas, acalme-se antes de se tomar qualquer decisão. Se tu fizeres o que queres, não vai se resolver o problema, mas só vai criar um outro problema pior ainda.
- Então, o que eu faço? Perguntou a Beatriz.
E, a Francislaine, falou:
- Fale com o Diretor do Centro de Estudos e diga o nome do tal mentiroso.
E, a Beatriz, falou:
- Mas, se o disser, o estarei acusando. E não posso acusá-lo sem provas, Francislaine.
E, nisso, apareceram duas garotas, a saber: A Tiffany e a Betsy com o Vítor, e puxando às orelhas dele.
E, a Tiffany, lhe disse:
- Agora, vamos te levar a Diretoria para falar com o Diretor Marques sobre as mentiras que tu inventas sobre os Centros de Estudos.
E, ele, falou:
- Meninas, pôr favor, imagine só o que vai me acontecer.
- Tudo têm suas conseqüências. Falou a Betsy.
E, ele, ao ver a Beatriz, falou:
- Beatriz, fala para elas que eu não sou um mentiroso.
E, a Beatriz, falou:
- Bom, Vítor, então se não és um mentiroso, te convido a explicar para todos aqui como funciona os Centros de Estudo.
E, a Tiffany, falou:
- Bia, precisamos de levá-lo a Diretoria.
E, a Beatriz, disse:
- Tiffany, só faça o que eu te peço, e não me perguntes nada. Deixe ele entrar aqui, e logo tu saberás o por quê.
- Tá bom. Falou a Tiffany.
E, entraram ali na Fazenda aonde era o Orfanato Rouxinol. E tão logo ele viu o Diretor Marques, disse:
- Diretor Marques, o que fazes aqui?
E, o Diretor Marques, falou:
- Bom, Vítor, poderias, por favor, explicar a todos aqui como são os Centros de Estudos?
- Oras, Diretor, tu bem sabes como são. Respondeu o Vítor.
- Claro eu sei. Respondeu o Diretor Marques. - Mas, pelo que fiquei sabendo, tu pareces conhecer bem melhor o funcionamento, e sabes explicar bem melhor do que eu. Complementou.
E, ele, o Vítor, olhou para todos ali, ficou em silêncio, e falou:
- Diretor, é o seguinte, preciso voltar para a minha casa, pois tenho que ajudar o meu pai. E, como aqui há muitas mulheres, não posso te dizer o que é, pois são coisas a fazer que somente nós homens devemos saber. E não é bom tratarmos de certos tipos de assuntos masculinos diante das fêmeas.
E, ele virou para sair, e a Tatiane, lhe disse:
- Bom, Senhorzinho Vítor, não vai sair daqui tão facilmente sem antes nos explicar como são os Centros de Estudos. E, qual é mesmo o princípio seguido pelos Centros de Estudos?
- Não sei do que tu estás falando, garota. E, nem te conheço. Respondeu o Vítor.
- Me chamo Tatiane. Respondeu a Tatiane. - E tu bem sabes do que estou falando. Complementou ela.
E, nisso, o Vítor, olhou e falou:
- Não tendes nenhuma prova contra mim. E, portanto, qualquer acusação contra a minha pessoa se constitui pela lei em crime de calúnia e difamação.
E, nisso, a Betsy, falou:
- Vamos ver, Vítor, se não há provas contra ti. Deixo colocar essa fita nesse rádio gravador que eu sempre levo comigo, e veremos algo muito bem interessante num diálogo entre eu e ti ontem de manhã e hoje às 6:40 da manhã.
E, ela colocou e logo todos ouviram, e ele, ao ouvir aquilo disse:
- Diretor Marques é tudo armação da Tiffany, da Betsy e da Beatriz para me prejudicarem. Essa voz não é minha. É a Beatriz imitando a minha voz.
E, o Diretor Marques, falou:
- Vítor, vamos ter uma conversinha lá na diretoria. E quanto às acusações que tu fazes contra essas garotas terás que provar, pois caso contrário tu serás levado perante a justiça por caluniar e difamar garotas inocentes.
E, a Beatriz, falou:
- Bom, Marques, só quero que proves às acusações que tu tens levantando contra mim, pois é inaceitável que me acuses falsamente.
E, a Tiffany, falou:
- Eu vou falar com o meu pai, Vítor, e tu vais ter que provar todas essas acusações que hoje levantastes contra mim. E, todos aqui são testemunhas do que tu falou.
E, a Betsy, falou:
- São muito graves às acusações que fizestes. Portanto, Vítor, cadê às provas?
- As provas, garotas, estão nessa gravação. Respondeu o Vítor.
E, nisso, o meu Pai, falou:
- Bom, Vítor, tu acusastes a minha filha mais velha de ter imitado a sua voz. Mas, saiba bem que vamos levar esse caso à justiça, e vamos provar que essa acusação tua é falsa E é bom que teu pai te arrume um bom advogado para te defender.
E, naquele momento, o Vítor saiu juntamente com o Diretor do Centro de Estudos e foi embora. E, logo, a Tiffany e a Betsy também foram embora. E, a Beatriz, foi pro seu quarto, e ali começou a chorar. E, a Beatriz Carina, a Milena, a Cristina, a Tatiane e a Paulinha foram, e ao vê-la chorando, se aproximaram. E, a Beatriz Carina, disse:
- Beatriz, não chores por causa de um rapaz que é mentiroso e que para nada vale.
E, a Beatriz, falou:
- Beatriz Carina e meninas, nunca fiz nenhuma armação contra ele. Nunca desejei mal para ele. E, nunca imitei a voz dele, e nem nunca armei nada para prejudicá-lo.
E, a Milena, falou:
- Beatriz, nós sabemos. Fique tranqüila. Ele mesmo está a se prejudicar a si mesmo.
E, a Tatiane, falou:
- Minha amiga, confie em Deus. Toda a verdade virá a tona. O bem vai vencer o mal. Um dia todas às maldades dele contra ti terão fim.
E, a Beatriz, olhando para elas, falou:
- Me doeu muito. Nunca pensei que ele fosse mentiroso e que ele fosse me acusar injustamente. Pensei que ele fosse um amigo, alguém com quem eu poderia namorar. Não sabia que ele era assim.
E, a Cristina, disse:
- Bia, às vezes, as pessoas nos magoam. Na vida encontramos pessoas que aparentam ser uma coisa, mas são bem diferentes. Pessoas que nem merecem a nossa amizade.
E, a Paulinha, lha disse:
- Minha irmã, não deixe que às mágoas criem raízes no seu coração. O perdoe, e ore para que um dia ele venha a se arrepender de todo o mal que faz e se converta.
E, a Milena, em seguida, olhando para a Beatriz, falou:
- Meninas, acho melhor deixarmos a Beatriz sozinha. Creio que esta seja a melhor ajuda que podemos dar a ela neste momento.
E, assim todas saíram dali naquele momento, e deixaram a Beatriz ali no quarto com a porta fechada.
E, o Tempo passou. E, já era 10:15 da manhã.
E, o Marcelo, estando ali no campo de futebol, falou:
- Oras, oras, oras, parece que agora o sol está ficando mais quente.
E, o Zacarias, disse:
- Sol ficando mais quente. Eu nunca tinha ouvido essa, Marcelo. Não seria mais correto, Marcelo, dizer que o tempo está ficando quente?
E, nisso, o Samuel, falou:
- E falando em tempo quente, cadê a Beatriz?
- Qual Beatriz? A Beatriz ou a Beatriz Carina? Perguntou o Zacarias.
- Claro que é a Beatriz, não a Beatriz Carina. Respondeu o Samuel.
E, nisso, o Marcelo, falou:
- Tão certo que quanto o sol está no meio do céu é meio dia que a Beatriz deve ainda estar no quarto dela deitada ainda.
- Então até agora não saiu de lá! Exclamou o Zacarias.
E, o Marcelo, falou:
- Oras, rapazes, nós todos vimos os acontecimentos. E, pelo visto, não esta sendo nada fácil para ela. Temos que compreender isso.
E, o Zacarias, falou:
- Como bem dizia o Sr. Francisco: "Má notícia chega logo". E como bem diz o povo: "De coisas nada boas não é muito conveniente falar muito".
E, às 11:35 da manhã, a Paulinha, falou:
- Bom, a minha irmã, muitas vezes fica muito triste. E quando ela fica triste é difícil ela sair do quarto, Diretora Amanda.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Paulinha, fica tranqüila. Sua irmã logo vai estar alegre.
E, nisso, apareceu a Sra. Rayane, proprietária do Orfanato Rouxinol, e falou:
- Até parece que estou chegando para ver um funeral, pois isto aqui está parecendo um funeral.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Senhora Rayane, tenha um pouco de respeito. E visto que não sabes o que aconteceu, pelo menos tenha um pouco mais de educação.
E, a Sra. Rayane, disse:
- Diretora Amanda, ninguém fala assim comigo, e muito menos a senhora, que és minha subordinada. E, aliás, quero uma reunião urgente com todos os rapazes e moças do Orfanato. Aliás, apesar da Beatriz não pertencer mais ao Orfanato bem que gostaria de que ela participasse também.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Senhora Rayane, quanto a Beatriz ela, visto que és dona do dono dessa Fazenda, ela pode muito bem se recusar; Portanto, agora, tu não tens mais autoridade sobre ela e nem sobre a irmã dela.
E, a Sra. Rayane, falou:
- Nisto tenho que concordar contigo, Diretora Amanda. - Mas faça o que eu te mandei antes que eu fique mais brava do que já estou.
E, a Diretora Amanda fez o que ela mandou. E estando todos os rapazes e moças reunidos no meio dos dormitórios, ela, a Sra. Rayane, falou:
- Bom, meninos e meninas do Orfanato Rouxinol. Tenho algumas novidades para vocês. Logo vamos receber mais três rapazes. E, um deles já posso dizer o nome, e se chama Vítor, e a foto dele é essa. Creio que as meninas irão gostarem dele.
E, ao olharem a foto, ficaram perplexos. E, a Tatiane, falou:
- Diretora, esse garoto em nosso Orfanato nem pensando.
- Isto mesmo. Falou a Beatriz Carina.
- Não queremos ele nem a pau aqui. Falou o Marcelo.
- Ele nem pensando. Falou o Bernardo.
- É um mentiroso esse rapaz! Exclamou a Francisquinha.
- É um rapaz de péssimo caráter. Falou a Patrícia.
E, unanimente se opuseram. E, a Sra. Rayane, falou:
- Nem o conhecem e já ficam a expulsá-lo e condená-lo.
- O conhecemos muito bem. Falou a Beatriz Carina.
- E muito melhor que a senhora. Falou a Tatiane.
E., o Senhor Francisco, falou:
- Com todo respeito, Senhora Rayane, os garotos e as garotas têm razão.
E, nisso, a Sra. Rayane, falou:
- Então, alguém poderia me dar às devidas explicações para essa oposição ferrenha ao Vítor?
E, a Diretora Amanda, falou:
- Senhora Rayane, eu explico. Mas preste bem atenção, pois a história é longa.
- Tá bom. Falou a Sra. Rayane.
E, a Diretora Amanda lha contou tudo o que havia ocorrido naquele dia desde manhã cedo.
E, a Senhora Rayane, falou:
- E agora, Diretora Amanda, o que eu faço? Se eu o trazer aqui arranjarei problemas não só com os rapazes e as garotas mas também com o Senhor Henrique. Mas, se não o trouxer terei que me explicar com o Juiz? Bom, não precisa me responder. Verei o que posso fazer.
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