7 CAPÍTULO

3 de Abril de 2032 - Domingo. E, era 7:15 da manhã. E, era o último domingo ali. E, todos ali estavam com cara de despedida. Nem era um domingo como os de antes em que todos ali estavam alegres. E, a Beatriz, ao perceber isto, olhou para toda aquela turma, e falou:
- Bom, bem sei que ninguém gostaria de sair daqui. Bem sei que todos gostamos daqui, e que amanhã teremos que nos mudarmos contra a nossa vontade. Bom, dito isso, devo dizer algumas coisas importantes importantes: Na vida nem tudo é como nós queremos. Eu bem gostaria de estar lá na minha casa com meu pai e com a minha mãe, desfrutando daquela linda e maravilhosa comida que só a minha mãe sabe fazer. Mas, porém, não sei por que Deus quis que eu acabasse estando aqui. Não acredito em acaso. Creio que tudo nessa vida têm uma finalidade e um objetivo, que talvez não compreendamos, mas que o Eterno bem o sabe.
Em segundo lugar, devo dizer, que muitas vezes temos medo das mudanças, e portanto ficamos presos ao que nós já conhecemos. Não sei como é a tal fazenda, e nem aonde fica. Mas, de uma coisa tenho certeza: essa mudança poderá nos ser não somente uma mudança de local, mas o início de um novo recomeço para o nosso orfanato, e poderá ser uma boa oportunidade para crescermos e para também mudarmos nossas atitudes. Em terceiro lugar: Ficar de cara feia ou ficar reclamando não vai resolver problema algum. Nunca vi uma cara feia que só fica reclamando resolver algum problema. Quarto: se ficarem assim neste Domingo, com certeza estareis perdendo um dia muito importante para às vossas vidas, e desperdiçando um dia maravilhoso de vida que Deus vos têm concedido neste domingo. Posto isto tudo, vamos mudar essas caras, e vivermos hoje agradecendo a Deus por mais este que ELE nos têm concedido viver?
E, nisso ficaram todos com caras sorridentes. E, a Beatriz, ao olhar para a Beatriz Carina, falou:
- Beatriz Carina, não precisa exagerar.
E, em seguida, a Beatriz foi a cozinha, e veio o cozinheiro Francisco meio triste, e a Milena também foi ali e viu o mesmo. E, ambas ficaram um pouco em silêncio, e de repente, a Milena, perguntou:
- Chico, por que estás triste?
= Coisas do meu passado. Acho melhor que não saibais, pois são muito tristes. Respondeu ele.
E, a Beatriz, falou:
- Pode contar, senhor Francisco. - Não precisa ter medo. Complementou.
E, ele, olhando para ambas, e sabendo que ambas não desistiriam, olhou-as mais uma vez, e falou:
- Eu tinha uma linda filha, uma moça bem bonita, que era uma garota bem bonita, a qual era paquerada por todos os rapazes. E, um dia ela falou que queria casar com um rapaz, e ele veio me pedir a mão da minha filha em casamento.
- Mas, no que isso é triste. Parece bem bonita a história. Falou a Milena.
E, ele, falou:
- Bom, meninas, o rapaz era um bom moço, mas eu não queria que minha filha saísse do lar tão logo, queria que ela continuasse ali comigo, e então disse que não dava a mão da minha filha em casamento para ele. E, ela chorou muito naquele dia. E, ela, me implorou, dizendo: "Papai, deixa eu me casar com aquele rapaz, por favor". E, eu, impensadamente, falei: "Quer se casar. Pode se casar. Mas pode sumindo da minha vida, minha filha." E, eu a toquei de casa, e quatro horas depois quando fui a procurá-la, não a encontrei mais para lhe pedir perdão. Me disseram que havia se casado. E, eu chorei. E todo dia, desde então, quando me lembro da minha filha querida, quando sinto saudades dela, choro, fico desconsolado.
E, nisso, se podia ver lágrimas caírem do rosto tanto da Beatriz como da Milena. E, a Beatriz, falou:
- Senhor Francisco, creia em Deus. Acredite que um dia tu vais voltar a ver sua amada filha. É só pôr nas mãos de Deus e confiar em Deus.
E, ele, falou:
- Beatriz, não sei se Deus me deixará ver novamente a minha filha, pois pequei muito a expulsando de casa sem motivo algum. Não sabes nem metade das palavras que naquele dia disse para ela. Foram palavras muito feias e duras que nenhum pai poderia falar para a sua própria filha.
E, a Beatriz, falou:
- Senhor Francisco, até mesmo ao mais vil pecador Deus perdoa e Deus usa de misericórdia.
E, ele falou:
- Bem que gostaria de ter a mesma fé que você têm, Beatriz. Mas sou um velho, e não tenho essa mesma fé que tu tens. Que o Deus a quem tu serves dia e noite te abençoe. E que tu estejas certa no que me dizes. Agora, deixo terminar de fazer o meu serviço. E daqui a pouco terei que fazer o almoço.
E, passado um certo tempo, e já era 9:25 da manhã, a Marcela estava arrumando às malas dela, e falou:
- O que coloco primeiro e por cima. As saias, os vestidos, as blusinhas ou o quê:e? E, aonde levo as minhas sandálias, tamancos, sapatilhas e chinelos?
E, a Cristina, falou:
- Bom, Marcela, sempre falei: Não sei por que tu queres tanto calçados assim? E você sempre me disse que queria ter uma coleção de calçados. Agora, tens um grande problema para solucionar.
E, a Marcela, olhou para a Cristina, e disse:
- Cristina, eu gosto de solucionar os meus problemas. Agora, se puderes me ajudar em algo, me ajude. Agora, se estás aqui só para atrapalhar, sugiro-te que desça lá em baixo e fique conversando com às flores, pois elas estão precisando das tuas confortáveis e confortadoras conversas. Entenda como tu quiseres o que eu te acabo de te dizer.
E, a Francislaine, falou:
- Por favor, não vai começar às duas brigarem.
E, a Marcela, falou:
- Assim não dá. Eu já não posso mais fazer mais nada sossegadamente nesse orfanato, pois sempre têm uma para me encher o barril de pólvora.
- Esse barril de pólvora deve estar bem cheio então. Falou a Beatriz Carina.
- Está tão cheio que já está a ponto de explodir, Beatriz Carina. E na hora que explodir não quero nem ver o que vai dar. Falou a Marcela.
E, nisso, a Paulinha, que ouvia a tudo isso sem se manifestar, se levantou, e a Marcela, falou:
- Paulinha, até você agora vai querer fazer explodir esse barril de pólvora?
E, a Paulinha, olhando para todas, e buscando ver se conseguia apaziguar a situação, falou:
- Bom, Meninas, que tal fazermos uma breve oração, pedindo a Deus que nos acalme os nossos corações, para que possamos vivermos em paz. Cada uma ore pela próxima.
E, nisso, a Milena, falou:
- Tá bom, vamos orar.
E, se deram as mãos, e oraram assim:
- "Senhor, eis que aqui estamos diante de Ti, e te pedimos que acalme os nossos corações. Não nos deixe, ó Senhor, que briguemos umas com às outras. Que possamos, ó Senhor nosso Deus, vivermos em paz, e que perdoemos umas às outras. Amém!"
E, com essa oração, ficaram calmas, e a contenda acabou-se. E, a Beatriz Carina resolveu ajudar a Marcela. E, a Paulinha, resolveu arrumar suas coisas. E, a Beatriz Carina, disse:
- Paulinha, fale para a sua irmã, o seguinte: que é bom ela começar a arrumar às coisas dela agora, e não deixar para amanhã.
E, a Paulinha, falou:
- Bom, Beatriz Carina, eu vou falar. Só espero que ela me ouça. Ela têm um péssimo costume de deixar tudo para arrumar na última hora.
E, nisso, a Beatriz (irmã da Paulinha)_ apareceu ali, e falou:
- Bom já vou arrumar às minhas coisas. E, um conselho para todas: cuidado com o que dizem, pois de quem estais falando pode estar por perto e acabar ouvindo.
E, após isso, o tempo passou bem rápido naquele dia naquele Orfanato. Por todos os lados, as arrumações para a mudança no dia seguinte estavam a todo vapor.
E, quando já era 13:22 da tarde, o Edílson, após estar andando pelo orfanato pegando suas coisas, olhou para todos que estavam na sala, e perguntou:
- Cadê a Francisquinha?
E, foi nisto, que todos despertaram que a Francisquinha não estava ali juntamente com todos. E, a Milena, falou:
- Não acharam estranho o fato de a Francisquinha não ter vindo almoçar?
E, a Beatriz, falou:
- Aliás, faz horas que eu não vejo a Francisquinha.
E, nisso, começaram a procurarem a Francisquinha por todos os cantos do Orfanato, chamando-a. E, aonde vocês imaginam que ela estava? Enquanto todos a procuravam, ela estava deitada lá no porão, e se divertindo. E, já sendo 15:30 e ninguém a achando, a Beatriz resolveu ir ao porão, o único lugar em que ninguém gostava ali de ir, ou melhor, quase ninguém. E, ela, a Beatriz, desceu às escadas rumo ao porão, e ao entrar no porão e ver a Francisquinha ali brincando de boneca, e rindo, falou:
- Francisquinha, enquanto estão todos aqui do Orfanato te procurando, tu ficas aí brincando de boneca e rindo, como se nada tivesse acontecido?
E, nisso, a Francisquinha, olhou bem nos olhos da Beatriz, e respondeu:
- Bom, Beatriz, eu gosto de estar um pouco a sós. E, aliás, ninguém quis saber de me procurar aqui a não ser tu. Portanto, se quisessem realmente me acharem, após terem me procurado por toda a parte e não me encontrado teriam vindo aqui.
E, a Beatriz, olhou para ela, e falou:
- Bom, Francisquinha, mas todos estavam preocupados contigo. E, pelo que me dissestes, posso deduzir que ouvias a todos a te chamarem, e portanto, sabias que estávamos a te procurar. Portanto, devias ao menos ter se levantado e dito que estava viva e que estava aqui. E, da próxima vez que decidir sumir, por favor, dê um aviso de para onde irás sumir. Agora, vamos sair daqui e ir para a sala, pois todos devem estarem muito preocupados contigo.
- Tá bom. Falou a Francisquinha.
E, em seguida, foram a sala. E quando viram a Francisquinha, a diretora Amanda deu uma bronca nela por causa do sumiço repentino, e todos ali, em seguida, a abraçaram. E, a Patrícia, lha falou para não sumir outra vez.
E, foi dessa forma o último Domingo que passaram naquele local.

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