8 CAPÍTULO

 

 

 E, já era o dia 4 de Abril de 2032 - Segunda-feira. E, já era 6:30 da manhã, e todos já estavam ajudando a colocarem a mudança nos caminhões de mudança. Era um corre corre para lá e para cá. A Francisquinha estava ao lado da Diretora Amanda.
E, nesse corre corre, logo os caminhões de mudança já estavam com toda a mudança dentro, e a Diretora Amanda com os garotos e as garotas entraram num ônibus que fora contratado pela Senhora Rayane., E, logo partiram o ônibus e os caminhões, e o antigo orfanato ficou deserto, ou melhor quase deserto. Esqueceram da Beatriz que havia ido pegar sua bicicleta. E, quando a Beatriz, após uns dez minutos apareceu no portão, e olhou tudo, falou:
- Paulinha. Amanda, Beatriz Carina. Bernardo. Por acaso há alguém aqui?
E, não ouviu nada. A Sorte dela é que haviam esquecido de trancar às portas e o portão. E, ela foi para dentro procurar ver se havia alguém, e não encontrou a ninguém. E, triste, falou:
- Me esqueceram.
E, chorou, e ficou uns 30 minutos esperando para ver se alguém voltava para buscá-la e nada, e falou:
- Senhor, fiquei só. O que eu faço?
E, cantou:
"Ainda que todos se esqueçam de mim.
Ainda que o sol se esconda durante o dia.
Ainda que tudo pareça ir contra mim.
Ainda assim, ainda assim, confiarei no Senhor Meu Deus.

Deus é meu refúgio e a minha fortaleza,
O Socorro bem presente no tempo da angústia,
O Conforto na hora da dor e do sofrimento,
E eu Nele hei de confiar.

Mesmo que ninguém mais se lembre de mim,
Mesmo que me abandonem
E esqueçam que eu existo,
O Senhor meu Deus jamais há de me esquecer.

O Senhor estará ao meu lado
Em todos os momentos da minha vida.
Mesmo em momentos difíceis e de angústia,
O Senhor está comigo."

E, em seguida, ela encontrou a chave, e trancou às portas, e pôs o cadeado, após sair para fora com a sua bicicleta. As suas malas ela já tinha posto no caminhão antes de ir buscar sua bicicleta. Ela não sabia para onde ir, mas decidiu ir até a praça e perguntar se alguém tinha visto um caminhão de mudança passar por ali.
E, assim ela o fez, e a resposta foi negativa, e ela nisso, olhou para os céus, e falou:
- "Senhor, meu Deus, não sei por onde foram, mas tu o sabes, e confio em Ti. Portanto, Senhor, encaminha-me pelo caminho correto para que eu possa encontrar-me com todo o pessoal do Orfanato. Amém!"
E, ela foi na direção do norte confiando em Deus, e crendo que Deus a faria encontrar com a turma do Orfanato.
E, pedalando ia, e sabia que a estrada seria longa, e que deviam estarem a quilômetros de distância. E, um Senhor, ao vê-la pedalando, falou:
- Vá em frente, e não tornes atrás. Cuidado com os carros.
E, ela lhe agradeceu.
E, nas subidas, muitas vezes, empurrava a bicicleta. E, o Sol a cada minuto começava a ficar mais forte, e ela começava a sentir o calor, e mesmo suando, seguia em frente. As paisagens eram bem bonitas. Ao longe se podia ver montanhas, árvores, flores e passarinhos, a beleza da criação do Criador do Universo e de todas às coisas. E, de vez em quando ela via o gado pastando. Carros passavam correndo, e ninguém ligava para aquela garota que estava sozinha, e que sozinha pedalava indo para um local que ela nem sabia onde era, mas que tinha certeza que mais hora menos hora chegaria.
E, já era 11:20 da manhã, e o Ônibus parou perto de um restaurante na Rodovia, e todos ali desceram. E, ao todos descerem, é que perceberam que alguém estava faltando. E, a Paulinha, falou:
- Cadê a minha irmã?
- Será que ela ficou lá no Orfanato antigo? Perguntou a Milena.
- Deve estar vindo. Falou o José.
E, a Tatiane, falou:
- Ela nem sabe o caminho que pegamos e nem para onde vamos, José.
E, nisso a Diretora Amanda, falou:
- Se ficou lá, não vai conseguir sair, pois o portão está trancado. E, agora, é importante alguém voltar para buscar ela. E eu vou voltar, e vocês ficam aqui.
E, a Senhora Rayane, falou:
- Calma. Calma. Calma. Quem vai voltar para buscá-la sou eu. Aliás eu tenho às chaves daquele Orfanato Antigo. Oras, cadê as chaves?
E, a Paulinha, nisso, abaixou a cabeça, e começou a chorar. E, a Beatriz Carina a abraçou, e falou:
- Vai tudo ficar bem, Paulinha. A sua irmã vai ser trazida.
- Tive uma idéia. Falou a Cristina. Vamos informar a polícia do desaparecimento da Beatriz.
- Seria uma boa idéia, se não tivesse um pequeno problema: para que uma pessoa, perante a lei, seja considerada desaparecida, deve estar desaparecida a pelo menos vinte e quatro horas.
E, enquanto estavam ali preocupados, e buscando uma solução para buscar a Beatriz e a trazê-la ali, a Beatriz de bicicleta, pedalava pela rodovia, e se esforçava o máximo, e de repente o pneu dela ficou muxo. E, ela teve que começar a empurrar a bicicleta,, e ainda que cansada, se esforçava o máximo que podia. E, aproveitou e tomou um pouco de água, pois na sua bicicleta ela sempre costumava levar uma garrafa de água para se caso fosse necessário. E, mesmo com aquele sol escaldante, não desistia, mas prosseguia em frente. No Sol do meio dia decidiu continuar, na esperança que viesse a encontrar a turma do Orfanato, e principalmente a sua irmã, a quem amava com amor fraternal.
E, já era 13:25 da tarde, e já não estava agüentando mais quase andar, mas mesmo assim persistiu em continuar, e viu ao longe um restaurante, e falou:
- Finalmente terei um lugar para descansar um pouco.
E, resolveu ir até ali para ter ali um pouco de descanso depois de horas de longa viagem.
E, já a turma do orfanato já tinha decidido que a Senhora Rayane iria voltar para buscar a Beatriz, enquanto o restante continuaria a longa viagem.
E, ela, ao ver ao longe que a turma adentrava no Ônibus e que já iriam partir, começou a dar sinais. E, a Francisquinha, olhou e falou:
- Há uma menina dando sinal.
- Quem será? Perguntou a Francislaine.
- Já não basta a Beatriz que sumiu. Falou o Samuel.
E, a Beatriz Carina, falou:
- Vamos entrando. Temos que partir.
E, a Paulinha, falou:
- Deve estar cansada, e está empurrando uma bicicleta.
E, mesmo olhando, e vendo os sinais, decidiram entrarem no ônibus. E, a Beatriz, vendo isso bradou bem alto:
- Por favor, me esperem. Ou será que irão me esquecerem novamente. Não sou um fantasma. Sou a Beatriz.
E, nisso desceram do Ônibus, e ao vê-la, correram a encontrá-la. E, a Diretora Amanda, ao vê-la, correu até ela, e falou:
- Beatriz, dá para agüentar mais um pouco?
E, a Beatriz, falou:
- Diretora Amanda estou muito cansada, e preciso de me alimentar. Não sei até que ponto eu teria forças para continuar andando e empurrando essa bicicleta. Mas graças dou a Deus que me deu forças para chegar aqui e que me guiou até este lugar.
E, a Paulinha, irmã dela, correu a abraçá-la. E, a bicicleta dela foi posta num dos caminhões. E, ali naquele restaurante lha deram comida. E, todo mundo queria saber como ela conseguiu vir até ali sozinha, naquele sol escaldante. E, ela, disse:
- Depois eu conto, pois agora preciso repor minhas energias e descansar um pouco.
E, às 14:00 horas da tarde, após a Diretora Amanda contar a todos ali umas 20 vezes para ter certeza de que ninguém ia ser deixado para trás, todos entraram no ônibus, e partiram dali. E, a Beatriz foi sentada ao lado da Paulinha (sua irmã)_ e contou todo o ocorrido, mas de forma pausada e calma. E, ao final ela disse:
- Eu como não sabia, e como tinha sido esquecida me coloquei nas mãos de Deus e confiei que Deus me guiaria até os encontrar. Mas, agora, sabendo que tal hora vai ser a mudança, e por desaforo se esconder só para que depois te esqueçam e fique só, só para querer ver se Deus realmente vai te guiar pelo caminho certo não é certo. Não devemos tentar a Deus. É muito diferente confiar que Deus vai te guiar até os que te esqueceram de querer ficar para trás só para ver se Deus realmente vai te guiar. Dois casos totalmente diferentes.
- Eu entendi minha irmã o que tu acabastes de dizer. Falou a Paulinha.
- Talvez um dia eu consiga entender. Falou a Beatriz Carina.
E, tudo ia na maior tranqüilidade e paz. E, a Beatriz já estava bem mais descansada. Mas muitas coisas ainda estavam para acontecer. 

Tópico: 8 CAPÍTULO

Não foram encontrados comentários.

Novo comentário