47 CAPÍTULO

 

9 de Maio do ano do Senhor de 2032 - Domingo. E era mais um dia. E era 5:15 da madrugada, e a Beatriz já estava acordada. E, ela, se ajoelhou, e orou assim a Deus:
- “Senhor, sei que não sou perfeita, que sou uma miserável pecadora que carece da Tua graça e da Tua misericórdia, e que sem TI não posso viver. Senhor, Te agradeço pela belíssima noite de sono que me destes e por mais este dia que Tu me concedes viver. Te peço agora, ó Deus, que toques no coração do meu pai e da minha mãe e que faças com que resolvam me darem uma educação em casa, pois bem sei que o melhor tipo de educação não é numa Academia Educacional, nem num Centro Educacional ou Centro de Estudos, e muito menos numa Escola, mas em casa. Faça com que o meu pai e a minha mãe, queiram me ensinarem e me tirem da Academia Educacional, pois creio e tenho a firme convicção de que essa é a Tua Vontade. Senhor, eu quando vou cuidar dos meus cavalos e das minhas vacas, quando lhes dou ordens, eles ouvem e me obedecem, fazendo tudo o que eu lhes mando. Portanto, se tu ordenares agora que eu e minha irmã, devamos estudarmos em casa, não há nada neste mundo que possa impedir ao ordenado por Ti. Na certeza e firme convicção de que hás de atender, tudo isso te peço e te agradeço. Amém!”
E, em seguida, o Sr. Henrique entrou ali, e falou:
- Minha filha, o que quer que seja que tenhas pedido a Deus, tenha fé que Deus já a ouviu e irás atendê-la. Não duvides minha filha. Creia em Deus, pois Deus é o Deus do impossível.
- Eu creio e tenho a plena convicção de que Deus já me escutou e hás de me dar a bênção que eu pedi a ELE. Respondeu a Beatriz.
E, enquanto isso, no novo local aonde era o Reformatório...
- Que saco! Exclamou a Beatriz Regina.
- O que é, Beatriz Regina? Perguntou a Paula.
- Precisamos reencontrar a nossa família. Todo dia estamos aqui longe da nossa família. Temos duas irmãs que nem conhecemos. Falou a Beatriz Regina.
E, a Paula, falou:
- Bem que gostaria que a Paulinha e a Beatriz fossem nossas irmãs, e a Sra. Isabel e o Sr. Henrique fossem respectivamente a nossa mãe e o nosso pai. Aí seríamos uma família feliz.
- Elas parecem conosco. Mas será que são nossas irmãs? Questionou a Beatriz Regina.
- Quem sabe? Perguntou a Paula.
E, a Mariana, falou:
- Meninas é melhor não ficarem imaginando fantasias.
- Não estamos com fantasias, Mariana. Falou a Paula.
- É. Mas não se sabe nem de onde vocês vieram. Falou a Mariana.
E, o Ednam, falou:
- Podeis descobrirdes se perguntardes para a Beatriz e para a Paulinha.
- Mas como perguntaremos para ambas se nem podemos sairmos daqui, Sr. Ednam? Perguntou a Beatriz Regina.
E, nisso ele riu, e falou:
- É só enviar um recado para ambas via passarinho. Eu posso dar um jeito, meninas.
Passou-se um tempo, e já era 7:15 da manhã, e a Sra. Rayane, na casa dela, falava:
- Bom jamais às gêmeas saberão que são irmãs. Jamais. Elas se encontrarão, se verão, mas se acharão sempre sósias uma da outra.
E, a Srta. Allana Georgina, perguntou:
- Que gêmeas, dona Rayane?
- Só eu sei. Só eu sei. E ninguém mais, Allana. E vê se fica quieta. Está se intrometendo demais nessa história. Falou a Sra. Rayane.
- Vai ter que me dizer. Falou a Srta. Allana Georgina.
- Não o digo e não o direi. Falou a Sra. Rayane.
E, naquele momento a Sra. Rayane, foi para cima da Srta. Allana Georgina, para a derrubar no chão, num ato que nem tenho palavras para descrever. E, a Srta. Allana Georgina, que estava próxima a janela de vidro, se desviou a tempo, e depois só se ouviu o grito da Sra. Rayane, dizendo:
- Não!
A Sra. Rayane passou pela janela, e caiu no chão. E, a Srta. Allana Georgina, desceu a escada, e saiu para fora, e o ver, só viu a Sra. Rayane no chão, sem falar nada, sem dizer nada, e falou:
- Sra. Rayane, fale alguma coisa. Se estiver viva fale alguma coisa. Bom, vou chamar o médico Fernando. Deus queira que ela não tenha morrido.
Na casa do médico Fernando...
- Bom, pelo menos nesse domingo vou ter um dia sossegado.
De repente toca o telefone celular dele. E, ele fala:
- Ah! Não. Não vou atender. Deve ser alguém querendo me encher o saco. Já estou cansado de tanto trabalhar. Preciso tirar uns dias de férias. E esse deve ser o primeiro desses dias de férias.
E, a Sra. Clotilde, empregada dele, falou:
- Médico Fernando, é de lá da casa da Sra. Rayane.
- O que aquela mulher quer a essa hora? Perguntou o médico Fernando.
- É a Srta. Allana Georgina que está no telefone. Parece estar desesperada. Falou a Sra. Clotilde.
- Dá aqui que eu atendo. Falou o médico Fernando.
Aliás, o médico Fernando não gostava muito da Sra. Rayane.
E, ele, atendeu, e falou:
- Que novas trás Srta. Allana Georgina?
- Médico Fernando. Falou a Srta. Allana Georgina. - É a minha patroa. Está caída no chão. Não se move. Não fala nada Não sei se está morta ou se ainda esta viva. Estou com medo de que ela morra. Complementou.
- Calma. Já estou indo. Em pouco tempo estarei aí. Falou o médico Fernando.
E, o médico Fernando, foi correndo para a casa da Sra. Rayane. E chegando ali, olhou a Sra. Rayane, e falou:
- Está inconsciente. Parece que ainda respira. Vou levá-la imediatamente para o hospital.
E ele nada perguntou o que havia acontecido. Não era momento para isso. O mais importante era salvar a vida daquela mulher, que apesar de ser má pessoa, ainda assim era uma vida humana.
E após todos esses acontecimentos, passou-se um tempo, e já era 11:30 da manhã. E, lá na fazenda, a Beatriz e algumas meninas estavam na cozinha do Orfanato, e fazendo coisas gostosas para a hora da sobremesa. E o que estavam fazendo não posso agora o revelar a vós. Portanto, podem ficarem a vontade com curiosidades.
Os rapazes e os homens em geral estavam proibidos de ali entrarem, pois às garotas haviam colocado o seguinte cartaz nas duas entradas para a cozinha do orfanato:

“É expressamente proibida a entrada
Nesse recinto de qualquer pessoa
Do sexo masculino, pois aqui é
Território Feminino.
A pena para quem desrespeitar essa regra
Será a chinelada. Assinado: Garotas Unidas.”

E, a Diretora Amanda, ao ver aquele cartaz, perguntou:
- E eu, meninas, posso entrar?
- Claro que pode, pois é mulher. Portanto é do sexo feminino. Respondeu a Tatiane.
E, a Beatriz, falou:
- Só eles é que não pode3m.
E, do lado de fora, o Marcelo, falou:
- O que será que às garotas estão aprontando?
- Eu é que não sei. Respondeu o Sr. Francisco.
- Com certeza é coisa da Beatriz, minha filha. Falou o Sr. Henrique.
E. o Edílson, falou:
- O pior é que nem adianta perguntar.
E logo apareceu ali a Diretora Amanda, e o Sr. Francisco, perguntou:
- Diretora Amanda, o que elas estão lá fazendo ou aprontando?
- Não posso revelar, Sr. Francisco. É segredo. Só na hora certa vocês saberão. Respondeu a Diretora Amanda.
- Vou olhar pela janela. Falou o Marcelo.
- E eu também. Falou o Zacarias.
E o Samuel ficou de longe só olhando para ver o que iria acontecer. E, bem na hora que eles estavam se aproximando da janela, a Tatiane, falou:
- Deixo fechar a cortina da janela.
- Já devia ter fechado. Falou a Francislaine.
- Concordo com a Francislaine. Falou a Patrícia.
E, ela fechou bem a tempo, e justamente na hora em que os dois já iam olharem pela janela. E, a Tatiane, tendo percebido isso, falou após fechar à cortina:Ç
- Rapazes, me desculpem, mas caíram do galho, e o tombo foi bem grande pelo visto.
E ambos voltaram para trás, e com a cara de quem não gostou do ocorrido. E, o Samuel, deu risada, e após a risada, falou:
- Já nem fui, pois já sabia o que haveria de acontecer.
E, o Bernardo, falou:
- Meninas são melhores na cozinha.
E, o José, falou:
- Tens razão, Bernardo. Aliás, os afazeres domésticos foram ordenados para às mulheres. E às tarefas mais duras são encargos de nós homens.
E, o Sr. Francisco, falou:
- Bom, rapazes, Deus, quando criou todas às coisas, e quando criou o homem e a mulher, organizou corretamente como os homens e às mulheres deveriam viverem na sociedade, e definiu a função de cada um na sociedade, colocando o homem como o cabeça da mulher. Deus, em sua infinita sabedoria, deu a mulher a função de cuidar do lar, dos afazeres domésticos, da costura e tecelagem e ao homem o encargo de ser o Chefe de Família, de governar reinos e nações, e de trabalhar fora do lar, para ser o provedor e mantenedor da família. Assim enquanto nós homens fazemos certas coisas necessárias para a manutenção da sociedade, a mulher se encarrega de outras, e com isso a nossa sociedade sobrevive em paz.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Rapazes, o Sr. Francisco têm toda a razão. Aliás, a causa de muitas sociedades passarem por desajustes familiares, e pelo alto índice de aumento de violência, se deve justamente ao fato de não seguirem esse modelo, e de tentarem modelar a sociedade de uma forma diferente daquela ordenada por Deus, criando um outro modelo de sociedade, em que a mulher não precisa ser submissa ao seu marido, o que já por si mesmo trás conseqüências nefastas.
E, ela, em seguida, falou:
- Sr. Francisco, se têm uma coisa que eu gostaria de fazer é o passar a direção do Orfanato para um homem. E depois me casar, ter filhos e filhas, ser mãe, ser dona de casa, rainha do lar.
- Mas a proprietária é a Sra. Rayane. Ela é que têm que decidir. Falou o Sr. Francisco.
- Pode um homem ser o diretor do Orfanato, e cuidar das funções administrativas do Orfanato e a senhora se assim o achar conveniente, ser a faxineira ou a cozinheira do Orfanato. Falou o Zacarias.
- Sabe que essa ideia não me é nada desagradável. Gostei da ideia. Falou a Diretora Amanda.
E, ao meio-dia foi o almoço. E de comida havia carne de javali ao molho, que aliás não podia faltar em toda a Safira do Sul. E, além disso, havia macarrão, maionese,. Torta de frango, lasanha, pizza e frango assado. E, de sobremesa havia: arroz doce, rocambole, bolo de morango, maria-mole, paçoca, manjar, gelatina de morango, pudim e um delicioso pavê de chocolate. Além disso havia bastante suco.
E já era 15:30 da tarde, e o Jepherson apareceu ali, e falou:
- Beatriz, gostaria de ser...
E, ele nem terminou de completar a frase, e a Beatriz o interrompeu, e falou:
- Peraí, Jepherson. Aqui não é a casa de pessoas vãs e levianas. Tenha o devido respeito. Quanto a me namorar, não é assim não. Primeiro: pode ir tratando de vestir uma roupa mais adequada para a ocasião. Segundo se quer me namorar, têm que se aproximar do meu pai, e pedir a minha mão em namoro para o meu pai, e apresentar os motivos. Têm que enfrentá-lo primeiro e aceitar todas às regras que o meu pai te impuser para me namorar. Somente se ele deixar e de acordo com às regras impostas pelo meu pai, poderás namorar comigo. Terceiro: Nada de namorar de mãos dadas não, pois ainda não somos casados. Ah! E têm outa; Além da aprovação do meu pai, terá que ter a aprovação do meu vô Matheus e do meu vô Francisco.
- E terei que ter a aprovação dos rapazes daqui do Orfanato também? Perguntou o Jepherson.
- Sim, senhorzinho Jepherson. Respondeu a Beatriz. - E se me amas terás que aceitar todas essas condições. Complementou ela.
E, o Jepherson, falou:
- Se esse é o preço a pagar por te amar, minha doce princesa, eu estou disposto a pagar esse preço só para te amar e para a ter nos meus braços. Irei vestir a minha melhor roupa, e hei de voltar. Me espere, ó doce Princesa dos meus olhos. Sem o teu amor nada sou.
E, ele foi embora para se trocar, e o Marcelo que viu toda a cena, falou:
- Beatriz, dá para ver que o Jepherson está apaixonado por ti.
- Vamos ver até que ponto ele me ama, e se me ama de verdade. Falou a Beatriz.
15:58 da tarde...
- Finalmente cheguei ao orfanato. Falou o médico Fernando.
E, a Milena, ao vê0lo, falou:
- O que tu vens aqui fazer correndo assim? Aqui não têm ninguém doente.
E, ele, falou:
- Preciso falar com a Diretora Amanda.
- Ela está logo ali. Falou a Milena.
E, ele, foi e falou:
- Amanda, telefonei para cá várias vezes e ninguém atendeu.
- Meu celular estava desligado e o do Sr. Henrique também. Falou a Diretora Amanda.
E, ele falou:
- É algo urgente que tenho a te dizer. Vamos a Diretoria.
E foram a Diretoria. E, lá ele, falou:
- Diretora Amanda, não sei como vai ser a situação desse orfanato daqui para a frente.
- Por que dizes isso? A Sra. Rayane é a proprietária. Falou a Diretora Amanda.
- E é justamente sobre ela que quero falar contigo. Falou o médico Fernando.
- O que têm a Sra. Rayane? Perguntou a Diretora Amanda.
- Não sei bem o que aconte4ceu, mas ela caiu no chão, no quintal da casa dela, e ficou inconsciente. Só sei que quando lá cheguei ela estava caída no chão. Agora ela está hospitalizada. O caso é bem grave. E não creio haver esperanças que ela se recupere no estado em que se encontra. Talvez até pode se recuperar, mas se sobreviver há o risco de perder a memória.
- Meu Deus! Exclamou a Diretora Amanda. - Mas quais às chances de ela sobreviver? Perguntou ela.
- São pequenas. Respondeu o médico Fernando. - Creio que essa madrugada tenha que declarar o óbito dela. Complementou ela.
- Se ela morrer como vai ficar a situação do Orfanato? Perguntou a Diretora Amanda.
- Aí que não sei. Tu sabes se ela têm algum parente? Perguntou o médico Fernando.
- Pode ser que o Sr. Henrique o saiba, pois ele a conhecia desde pequena. Respondeu a Diretora Amanda. - Vou chamá-lo. Complementou ela.
E ela foi, e chamou o Sr. Henrique, e lhe relatou o caso, e lá na Diretoria, o Sr. Henrique, falou:
- Bom vou ver se me comunico com algum parente dela.
E enquanto isso, às crianças e adolescentes nem sequer imaginavam o que estava a acontecer, mas, porém, a Beatriz, vendo tudo isso, ficou meio que desconfiada. E, a Beatriz, vendo tudo isso, falou:
- Está muito estranho. O médico Fernando aparece assim de repente e vai conversar com a Diretora Amanda. O meu pai em seguida é chamado e vai lá na diretoria. O que será que deve estar acontecendo? Não me parece ser coisa boa. Como bem diz meu vovô Francisco: “Tá me cheirando angu queimado ao molho”.
E, a Paulinha, ao ouvir isso, falou:
- Ei Beatriz, cada dia que passa se parece mais com o vovô Francisco.
E, a Beatriz foi a Diretoria, mas nada descobriu, pois na hora que ela estava se aproximando do tal lugar, o médico Fernando, o pai dela e a Diretora Amanda, saíram dali, e sem dizerem uma só palavra. E ela, não falou nada, e passou pela diretoria, e foi em frente. E, o Sr. Henrique, falou:
- Passou quieta. Nem disse nada.
- Sr. Henrique, tu bem sabes que crianças e adolescentes são dessa forma mesma. Falou o médico Fernando.
E, a Diretora Amanda, falou:
- Médico Fernando, alguma coisa ela tá planejando, e não falou nada por algum motivo muito especial. Esse menina eu já conheço muito bem. Se tu a conhecesses bem já desconfiaria de alguma coisa.
E o Vítor, falou:
- Diretora Amanda, poderia me dizer se o mundo vai acabar hoje?
- Quanto a isso eu não o sei, Vítor. Respondeu a Diretora Amanda.
E a Michelinha, sentada no sofá da Sala do orfanato, olhou para a Cristina, que logo disse para ela:
- Michelinha, o que estás a pensar?
- Nas coisas da vida. Respondeu a Michelinha.
E, logo ali começou a chover. De vez em quando a chuva aparecia por aquelas bandas, ou dava de chover por aquelas bandas. A Francislaine, quando viu que começou a chover, olhou para o tempo, e falou:
- Até agora a pouco nem tava tempo de chuva.
- Num só segundo se formou o tempo de chuva e começou a chover, Francislaine. Falou o Samuel.
E nisso entrou ali correndo a Michele, que ao entrar, falou:
- Estava voltando para casa, e de repente começou a chover. Me desculpem, mas não tive outra alternativa senão entrar aqui, pois senão ia chegar molhadinha na minha casa.
E, a Beatriz Carina e a Tatiane, nisso riram.
E, a Milena, falou:
- Não precisa pedir desculpas, Michele. Fez o que era certo. E, aliás, você pode vir aqui quantas vezes quiser.
E, a Michele, falou:
- Obrigada. Mas por aqui se costuma chover repentinamente, sem dar nenhum sinal de chuva?
- É normal por aqui. Respondeu o Bernardo. - Já estamos acostumados com isso. Complementou ele.

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