68 CAPÍTULO

 

 

E pedalaram bastante até que finalmente chegaram em frente da casa da Michele, e se despediram dela, e após isso, ambas decidiram irem até a Fazenda.

E, quando já era 9:10 da manhã, a Beatriz e a Beatriz Carina chegavam de bicicleta na Fazenda, e ali viram o caminhão, e a Patrícia, que estava no portão, gritou:

- Pessoal, olhem aqui quem foi que apareceu aqui de bicicleta?

- Não vai nos dizer que são a Beatriz e a Beatriz Carina. Falou o José.

- São elas mesmas. Falou a Patrícia.

E, ambas chegaram ali, e a Beatriz Carina, falou:

- Resolvemos darmos uma passadinha por aqui.

E, a Beatriz, falou:

- É que trouxemos a Michele até a casa dela, pois ela acabou se perdendo e indo parar lá no Morro das Águias, e aproveitamos para vos fazer uma visitinha. Como está tudo por aqui?

- Está tudo umas mil maravilhas, meninas. Podem entrarem, pôr favor.

- Não, só estamos de passagem. Falou a Beatriz Carina.

- Aliás. Falou a Beatriz. - Temos muito o que fazer, e não podemos ficarmos por aqui. Outra hora, quando tivermos mais tempo, ficaremos aqui por mais tempo. Complementou a Beatriz.

E, o Zacarias e o Marcelo, que ouviam a tudo isso, não paravam de darem risada.

E, logo a Beatriz e a Beatriz Carina entraram ali.

E, enquanto isto, lá no Morro das Águias, lá na nova casa, no novo local do Orfanato, a Sra. Ermelinda, a Beatriz Regina, a Cristina, a Francislaine, a Renata e a Tatiane, arrumavam a casa, e faziam a limpeza, preparando tudo para quando todo o restante da turma ali chegasse.

E, a Beatriz foi dar uma olhada numa caixa, e viu jornais bem antigos, e viu um que era do dia 12 de Janeiro do Ano do Senhor de 2012 - Sábado.

E, era um jornal estrangeiro, que vinha de fora dos Estados Unidos de Safira do Sul. E, ela ao ler falou:

- A Manchete do Jornal diz assim: “Presidente do Governo Provisório da República do Paraná, afirma que é importante que a República do Paraná garanta os direitos de liberdade religiosa em toda a República do Paraná.”

E, ela, novamente releu para ver se não estava lendo coisa demais, e se era aquilo mesmo que ela estava lendo. E, releu umas sete vezes a mesma manchete, e após ter relido sete vezes a mesma manchete, falou:

- Oras, pelo que eu até hoje estou a saber, o Paraná fazia parte do Brasil. Mas, aqui está dizendo que o “Presidente do Governo Provisório da República do Paraná.” Alguém vai ter que me explicar isso direitinho. E, já sei quem é que vai ter que me explicar. E, vai ser a Michele Rebeca Carina Cunha Campos. Claro que há outros brasileiros que mais dia menos dia terão que me explicarem tal coisa também.

E, ela, a Beatriz, pegou a bicicleta dela, e foi até a casa da Senhorita Michele Rebeca Carina Cunha Campos.

E, o Zacarias, vendo a Beatriz sair, falou:

- Aonde ela vai com tanta pressa?

- Não o sei. Respondeu o Marcelo. - Só sei que após ela ter pego um jornal velho ela saiu correndo com a sua bicicleta. Complementou ele.

E, a Beatriz foi tão rápida até a casa da Michele Rebeca, que logo chegou lá, e já chamou a Michele, que logo veio atendê-la, e logo ambas se cumprimentaram. E, a Michele, perguntou-lhe:

- Beatriz, o que é que te trás aqui agora?

- Bom, Michele Rebeca. Respondeu a Beatriz. - Tu me disses que era brasileira, assim como muitos outros. Mas, encontrei hoje numa caixa velha, um jornal datado do dia 12 de Janeiro do Ano do Senhor de 2013 - Sábado, que sai com a seguinte Manchete: “Presidente do Governo Provisório da República do Paraná, afirma que é importante que a República do Paraná garanta os direitos de liberdade religiosa em toda a República do Paraná.” Pelo que eu sei, o Paraná fazia parte do Brasil. Agora, tu vais ter que me explicar uma coisa: se você diz ter vinda do Brasil, o Brasil ainda existe ou não? E se não existe mais, por quê há os que se dizem serem brasileiros? E, se o Paraná fizer parte do Brasil, como se explica essa Manchete? Pode tratando de destrinchar tudo isso para mim, Senhorita Michele.

E, a Michele riu, e em seguida, falou:

- Bom, Beatriz, aqui, esse seu país o povo é tão isolacionista, ou seja, pouco se interessa pelo que ocorre fora daqui, que pouco sabe das mudanças que ocorrem no mundo lá fora.

- Bom, não nego que somos um povo isolacionista. Falou a Beatriz. - Não nos interessamos muito pelo que ocorre lá fora. Complementou ela.

- Bom, deixo explicar. Falou a Michele. - No mês de Dezembro de 2012, os seguintes Estados Brasileiros se separaram do Brasil: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima. Cada um desses Estados se constituiu em países independentes. No mesmo mês de Dezembro de 2012, a Presidente Adelaide foi deposta e assumiu o Governo do Brasil o Presidente Rafael. Isso ocorreu no dia 15 de Dezembro de 2012. Disse a Michele.

- Ok! Mas, ainda não explica tudo. Falou a Beatriz.

E, a Michele, falou:

- Só que no dia seguinte, o Presidente Rafael declarou extinto o Brasil, e fundou a Comunidade Nacional de Nova Atlântica,, e no mesmo dia promulgou a Primeira Constituição da Comunidade Nacional de Nova Atlântica.

- Então, o Brasil não existe mais, pois foi extinto. Falou a Beatriz.

- Ainda não terminei, e tu já vêm com suas conclusões. Falou a Michele.

- Então, continue, pois estou aqui para ouvir suas explicações e para ficar bem informada sobre o que aconteceu com o Brasil, e o por quê você e muitos que para cá vêem se dizem brasileiros, sendo que o Presidente Rafael extinguiu o Brasil, e das cinzas do Brasil fundou a Comunidade Nacional de Nova Atlântica. Falou a Beatriz.

E, a Michele, falou:

- Deixo continuar: Bom, ocorreu que com isso muitos brasileiros que viviam no exterior e que haviam nascidos nos Estados - que naquele momento faziam parte da Comunidade Nacional de Nova Atlântica, ficaram sem Pátria, já que a Comunidade Nacional de Nova Atlântica não os reconhecia como seus cidadãos. E, os novos Países que surgiram dos Estados Separatistas também não os reconhecerem como sendo seus cidadãos. Multidões de brasileiros que viviam no exterior, da noite por dia se tornaram apátridas. E, como não tinham pátria, se criou um problema, pois não tinham mais nenhuma pátria. E, também por outro lado, havia um grupo na Comunidade Nacional de Nova Atlântica e outro na República do Rio de Janeiro, que não ficaram nada contentes com os últimos acontecimentos daquele ano de 2012.

E, a Beatriz, falou:

- Continua, pois a história está bem interessante. Estou gostando dessa história.

E, a Michele, continuando disse:

- Então, se formou uma associação para se descobrir um novo pedaço de terra que ainda não havia sido descoberta para ali se fundar um novo País, a saber: o País dos Brasileiros. Só que não se podia ser chamado de Novo Brasil, pois existia e existe os Estados Unidos de Novo Brasil, cujos cidadãos são chamados de Neo Brasilianos.

- Pode continuar, pois tenho tempo de sobra para ouvir toda a história. Falou a Beatriz.

E, a Michele, falou:

- Se acreditava que em alguma parte do Oceano Atlântico haveria uma ilha isolada, e que ainda não havia sido descoberta pelo homem. E, alguns acreditavam que essa ilha ficava entre Cabo Verde e a República Dominicana, bem no meio do caminho entre essas duas nações. Então, todos os que queriam uma nova nação para viverem organizaram uma expedição. E, logo iniciaram a expedição. Cada brasileiro sem pátria, pois todos os que se diziam brasileiros naquele momento eram apátridas, saiu dos países aonde estavam, em busca dessa ilha virgem. E, num certo dia ela foi encontrada. Mas, era uma ilha bem grande, o que era bom. Os primeiros a chegarem, informaram aos demais da localização da mesma, que era justamente aonde imaginavam que ela estivesse. E, os mais próximos chegaram primeiro, e os que estavam mais longe chegaram dois meses depois, e bem depois da fundação da Nação.

- Bom, e chegaram a essa ilha. Mas como foi que foi fundada essa nação, e o nome escolhido foi Brasil ou não? Mas, independente do nome escolhido, os cidadãos dessa nova nação passaram a serem chamados de brasileiros ou não? Perguntou a Beatriz.

E, a Michele, falou:

- Só ouça a história que tu terás todas às suas perguntas respondidas. Pois bem, então, num certo dia, na mesma semana do seu descobrimento. todos os cidadãos que já haviam chegado, estando reunidos, se fez uma reunião, e nesse dia se fundou a nova nação. E, o nome escolhido para a nova nação foi: Comunidade Nacional do Brasil - ou simplesmente - Brasil. E, a Bandeira escolhida foi a mesma do Brasil, a Bandeira Verde Amarela. E foi composto um Novo Hino Nacional. E isso porquê se queria um Hino que fosse atual e que representasse a toda a nação. Essa é a história completa.

E, a Michele, após isso, olhou para a Beatriz. E, a Beatriz disse:

- Bom, agora, tenho outra questão, que tu vais ter que me explicar. Quando você apareceu por aqui você contou que havia vindo em um Navio, numa excursão marítima, com sua família, que ia para a Austrália, e que quando passava por estas bandas, o navio afundou. Numa outra ocasião, tu me disse justamente o seguinte, Michele: “Só sei que foi de lá do Brasil que peguei um avião para cá.” Pode me explicar qual dos fatos é verdadeiro?

E, a Michele, respondeu:

- Ufa! Realmente o do afundamento é verdade. Esse outro do avião que peguei para cá eu é que inventei.

- Espero que não esteja mentindo para mim, pois é muito feio mentir, e quem mente não é de bom carater. Falou a Beatriz para a Michele. - Ah! E me lembro que uma vez você me disse que uma das virtudes do Brasil era ter a Floresta Amazônica Só que a Floresta Amazônica fica lá, aonde hoje é a Comunidade Nacional de Nova Atlântica. Agora, pode tratando de me explicar mais essa como o seu país têm a Floresta Amazônica se ela fica aonde hoje é a Comunidade Nacional de Nova Atlântica, e o seu país se chama Comunidade Nacional do Brasil? Questionou a Beatriz.

- A explicação é bem simples. Respondeu a Michele. -= É que uma das Florestas do meu país, se parece e muito com a Floresta Amazônica que fica lá em Nova Atlântica, e então batizamos essa Floresta com o nome de Floresta Amazônica do Brasil, ou simplesmente de Floresta Amazônica, em homenagem a outra Floresta Amazônica, que é mais antiga. Complementou a Michele.

- Bom, e os Estados que se separaram da República Federativa do Brasil, e que se tornaram países Independentes, como são agora chamados? Perguntou a Beatriz.

E, a Michele, respondeu:

- O Rio Grande do Sul agora é a República Rio Grandense. Santa Catarina se tornou na República Juliana. O Paraná se tornou na República do Paraná. Roraima passou a ser chamada de República Unida de Roraima, e Rondônia passou a se chamar de República Unida de Rondônia. São Paulo adotou o nome de República de Nova Esmeralda. Até que escolheram um nome bem bonito. O Rio de Janeiro passou a se chamar de República do Rio de Janeiro. Minas Gerais passou a se chamar de República Nacional de Minas Gerais. O Estado do Espírito Santo após sua Independência, passou a se chamar de Comunidade Nacional de Castelândia. E, pôr fim, o Estado do Mato Grosso do Sul, após sua Independência, passou a se chamar de Comunidade Nacional de Maracaju.

E, a Beatriz, nisso, agradeceu à Michele Rebeca, pelas respostas e explicações, e retornou para a sua Fazenda.

E, enquanto ela retornava para a Fazenda, a Stela vinha atrás da Beatriz, e o Jepherson, ao encontrá-la, perguntou:

- Stela, vai atrás da Beatriz Isabela?

- É que eu e ela precisamos de resolvermos em definitivo aquele Fantasma. Respondeu a Stela.

E, o Jepherson, falou:

- Só pôr causa de uma boneca se criou um fantasma, que até o presente momento nenhuma das duas resolveu.

De repente, apareceu uma menina, a qual era branca, tinha cabelos loiros e olhos azuis, e vestia um lindo vestido amarelo e estava calçando uma linda sandália amarela. E, a Stela, ao vê-la, falou:

- Margarida Rosa Bianca Alexandra Nunes, faz tempo que não a vejo.

E, a Margarida, falou:

- Stela, preciso de me reunir contigo e com a nossa colega Beatriz Isabela Camila Michele Amanda Josivaldo Rocha. É necessário se resolver um problema muito sério.

- Eu também tenho um problema muito sério a resolver com a nossa amiga Beatriz Isabela, que ela ainda não esqueceu. Então vamos encontrarmo-nos com ela. Falou a Stela.

Na Fazenda...

- Bom, já está quase tudo pronto para irmos para o novo local do Orfanato. Falou a Diretora Amanda.

- Só gostaria de saber aonde a minha neta Beatriz Isabela foi a se meter a essa altura. Falou o Sr. Francisco.

E, logo a Beatriz, a Stela e a Margarida, se encontraram. E, a Beatriz, falou:

- Bom, Stela, finalmente nos encontramos novamente. Espero que me explique como a minha boneca você conseguiu estragar a minha boneca. Naquele dia, estávamos lá na Academia Educacional, a saber: na Biblioteca. Eu deixei a minha boneca para você cuidar dela. E, quando retornei ela estava todinha estragada. E, ainda vocẽ teve a cara de tigela de me dizer que eu mesma havia estragado a minha boneca. E, ainda me acusou de ter batido em você. E, até hoje não me provou nada disso.

E, a Stela, nisso falou:

- Pois bem, eu estava sentada na Biblioteca. E, a única pessoa que lá estava além de mim, era você, Beatriz. Você me bateu, e depois vive me dizendo que não me bateu. Todos os indícios apontam que você estragou sua própria boneca após me bater, só para me acusar de ter estragado sua boneca, e para se safar de qualquer acusação de violência.

E, a Beatriz, falou:

- Eu apresentei às provas de que eu não te bati.

- Claro. A prova de que não podia ser você era que você era minha amiga. Belíssima prova. Falou a Stela.

- E até hoje você não conseguiu me explicar em como eu sendo sua amiga eu poderia estragar minha própria boneca, da qual eu gostava, e de como eu poderia ter batido em você. Falou a Beatriz.

- Claro foi de surpresa que você me bateu, estando atrás da mesa da Bibliotecária. Falou a Stela.

E, a Beatriz Isabela, disse:

- Já disse, e volto a repetir, que não te bati, e ponto final. Alguém deve ter te batido de propósito.

- Desculpa de quem faz às artes e não quer assumir às responsabilidades pelo mal que fez aos outros. Falou a Stela.

- Senhoritas Beatriz e Stela, deixa eu falar por favor? Questionou a Margarida.

- Pode falar. Falou a Beatriz.

- Margarida, cuidado com a Senhorita Bia, pois ela nunca assume à responsabilidade pelos seus atos. Falou a Stela.

E, a Margarida, falou:

- Em Primeiro Lugar: parem ambas de ficarem uma acusando a outra de algo que nenhuma das duas fez.

E, ambas, olharam espantada para a Srta. Margarida. E, a Margarida, continuando, disse:

- Agora, me ouçam, pôr favor. Pois bem, naquele dia, é verdade que a Senhorita Beatriz emprestou a sua boneca para a Senhorita Stela. Ambas estavam na Biblioteca, mas não estavam sozinhas.

E, ambas, a saber: a Stela e a Beatriz, ficaram boquiabertas, e espantadíssimas com a revelação que a Margarida acabara de fazer-lhes.

E, a Senhorita Margarida, falou para ambas:

- Havia uma terceira garota ali na Biblioteca. E essa garota era eu.

E, nisso ambas se espantaram de vez, e a Beatriz, falou:

- Margarida, eu não estou acreditando no que estou ouvindo.

- Beatriz, o que vou contar para ti e para a Stela, nenhuma das duas iriam imaginarem. Depois façam comigo o que quiserem. Mas, antes me ouçam. Falou a Margarida.

E, em seguida, ambas continuaram quietas, e a Margarida, falou:

- Naquele dia, eu vi ambas, e vi que ambas eram ótimas amigas. Eu era invejosa, meninas. Não estava nada contente com a felicidade, alegria e amizade de ambas. Então, vendo que a Bia havia se afastado, esperei que a Stela estivesse meio com sono, e me aproximei. Eu sabia bem qual era a boneca de cada uma. Eu não admitia que a Beatriz tivesse uma boneca muito mais linda que a minha. Então, peguei a boneca da Bia, e a estraguei, e devolvi para a mão da Stela, e me afastei. Queria fazer com que uma se tornasse em inimiga da outra. Queria fomentar a inimizade entre ambas. Sei que foi errado o que eu fiz. E, então, chutei a Stela, não só uma, mas várias vezes, para que ela sentisse dor, e quando vi que a Stela começou a gritar, sai às escondidas dali como se nada tivesse ocorrido. Me desculpem. O que eu fiz foi totalmente errado, meninas.

E, a Beatriz e a Stela, quase sem acreditarem, ficaram caladas naquele momento.

E, a Beatriz, após um período em silêncio, falou:

- Margarida, nunca imaginei que você fosse capaz de fazer uma coisa dessas.

- Nem eu imaginei isso. Pensei que fosse uma ótima amiga. Falou a Stela. - Estou envergonhada. Complementou a Stela.

E, a Beatriz, falou:

- Vou me acalmar um pouco, pois não adianta usar de vingança, que só piorará às coisas.

E, a Stela, falou:

- Não vou nem dizer o que me dá vontade de fazer numa hora dessas. Acho melhor ir para minha casa, e refletir bem no que eu devo fazer após isso.

E, a Stela, olhou para a Beatriz, e disse:

- Bia, me desculpe.

- Me desculpe você, Stela. Falou a Beatriz para a Stela.

E, em seguida, a Beatriz e a Stela se abraçaram e se tornaram amigas. E, ambas decidiram irem embora.

E, a Beatriz ao chegar na Fazenda, a Milena e a Beatriz Carina, ao verem a cara dela, olharam para ela, e a Beatriz Carina, perguntou-lhe:

- O que aconteceu, Beatriz, para estar desse jeito?

- Eu preciso de ficar sozinha. Se eu vos contar, vocêws nem irão imaginarem. Respondeu a Beatriz.

- Pode contar amiga, pois sou só ouvidos. Falou a Beatriz Carina.

E, a Beatriz lhe contou dos fatos de quando se encontrou com a Stela e a Margarida. E, ao final, a Beatriz, falou:

- Nunca esperava isso da Margarida.

E, o Sr. Francisco, o vô dela, q ue ouvira tudo isso, se aproximou, e disse:

- Beatriz Isabela, minha neta, ouça a voz da experiência do seu vovô. O que a Margarida fez é totalmente errado. Mas, a vingança não vai adiantar nada. O melhor conselho que eu posso te dar é o que Jesus nos ensinou: perdoar. Perdoe a Margarida, minha neta. Não deixe criar dentro de ti uma raiz de amargura. Perdoe ela pelo mal que te fez, ore por ela, e faça a ela o bem.

- Mas é tão dificil, vovô. Falou a Beatriz.

E, o Sr. Francisco, respondeu:

- Claro que é, mas porém, é o melhor a ser feito. Lembra-se de Jesus na cruz. O que Jesus disse em relação a aqueles que cuspiam-lhe na cara, que lhe escarneciam e lhe faziam mal, e que não lhe tratavam bem? Qual foi a atitude de Jesus diante dos tais?

- Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.” Respondeu a Beatriz.

- E o que Estevão fez quando era apedrejado? Qual foi a atitude de Estevão? Perguntou o Sr. Francisco.

E, a Beatriz, respondeu:

- Estevão estando de joelhos, olhou para o céu, e clamou em alta voz a Deus, dizendo: “Senhor, não lhes imputes este pecado.”

- E o que se pede na oração do Pai Nosso? Perguntou o Sr. Francisco.

E, a Beatriz, respondeu:

- Se pede o seguinte: “E perdoai às nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” Respondeu a Beatriz.

- E o que diz o Segundo e Grande Mandamento? Perguntou o Sr. Francisco.

Diz o seguinte: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Respondeu a Beatriz.

- E quem são o nosso próximo? Não são também os nossos inimigos, minha neta? Perguntou a Beatriz.

- Claro que são também os nossos inimigos. Respondeu a Beatriz.

- Então, Bia, minha neta, perdoe a Margarida. Ore por ela, e a abençoe. Vença o mal que ela te fez fazendo o bem para ela. Fazendo a ela o bem, tu estarás cumprindo toda a lei de Deus, Bia. Falou-lhe o Sr. Francisco.

- Obrigada vovô, pelo conselho que me deste. Irei orar por ela, abençoar a ela e perdoar a ela. Aliás, se sou Cristã, devo demonstrar que sou Cristã, não somente por palavras, mas também por minhas atitudes de Cristã. Falou a Beatriz.

E, a Beatriz perdoou do fundo do seu coração a Margarida, e foi a orar pela Margarida, a abençoando, e pedindo a Deus que enchesse a Margarida com às ricas bênçãos celestiais.

E, passou-se o tempo, e logo a mudança foi feita, e se dirigiram rumo a Casa lá no Morro das Águias.

Bom, e passou-se o tempo, e já era 13:45 da tarde, e estavam no Morro das Águias, no novo local do Orfanato Rouxinol.

A Beatriz já tinha contado sobre o fato de ter ido a casa da Michele Rebeca, e relatou os fatos que ficou a saber, e quando a Francislaine soube de tudo, ficou bem espantada.

Bom, e já sendo 13:45 da tarde, a Sra. Ermelinda, falou:

- Deixo dizer-vos uma coisa: é bem interessante saber que aonde antes era o Brasil não é mais o Brasil. É importante saber que existe a Comunidade Nacional de Nova Atlântica. Mas, porém, nós estamos vivendo e morando aqui nos Estados Unidos de Safira do Sul e somos Sul Safirianos. Portanto, é muito mais importante termos conhecimento histórico da nossa nação, das nossas raízes, do nosso povo.

- A Atitude da Sra. Ermelinda não podia ser diferente. Falou a Tatiane.

E, a Milena, falou:

- Bom, pelo menos, a Sra. Ermelinda falou-nos algo de suma importância, e que eu concordo. Que é importante conhecermos a história do nosso país, do nosso povo, conhecermos às nossas raízes.

E, o Vítor, falou:

- Quantos países há no Planeta Terra atualmente?

- Eu não sei, Senhorzinho Vítor. Respondeu a Francislaine.

- Bom, e quem aqui sabe, pôr acaso? Questionou a Tatiane.

E, a Beatriz Regina, falou:

- O que sei é que somos um País de Primeiro Mundo.

- Bom, quanto a isto não há dúvidas. Falou a Beatriz Carina. Mas, porém, temos uma característica totalmente nossa: Somos o único País Desenvolvido e de Primeiro Mundo desse Planeta Terra, que é um País Rural, cuja maior parte da população vive na área rural.

E, a Francislaine, nisso falou:

- Só para terem uma idéia: os Estados Unidos de Safira do Norte, que é um dos cinco países mais ricos do mundo, é o País da Tecnologia. Lá andam com todo tipo de negócio tecnológico. Nova Dakota do Oriente, que fica para baixo da Austrália, que é outro País desenvolvido, apesar de não ser tão tecnológico como Safira do Norte, é um País aonde às pessoas vivem em sua maior parte na área urbana. A Principal característica urbana de lá é que todas às casas têm diversos quartos, e todo quarto têm banheiro. As únicas exceções são às casas de pobres, que têm, em média: dois ou três quartos, mais sala, cozinha e banheiro, e que há duas décadas atrás custavam $D 15.000,00 (quinze mil dólares dakotianos), e que na época, na moeda corrente do antigo Brasil, se convertido, era de no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Não sei hoje como se está valendo uma casa desse tipo lá em Nova Dakota do Oriente.

E, a Beatriz, nisso falou:

- Lá em Nova Dakota do Oriente, uma casa de pobre com pouco tempo de trabalho se dá para comprar. E uma casa de Classe Média, com um salário de $D 15.000,00 (quinze mil dólares dakotianos) por semana, se dá para comprar em 23 semanas, e isto contando os impostos que se pagam por lá, que são bem baratos. Resumindo: num prazo de cinco a seis meses você já consegue comprar uma casa de classe média lá em Nova Dakota do Oriente.

E, a Paula (irmã da Beatriz), tendo ouvido isso, falou:

- Mas não há nação em que mais o governo economiza do que lá em Nova Dakota do Oriente.

E, a Paulinha (irmã da Beatriz, da Paula e da Beatriz Regina), falou:

- Pelo visto, o nosso povo vai deixar de ser considerado um povo isolacionista, visto que agora estão falando sobre outros países, coisa que não é lá muito característico do nosso povo.

- Está na hora de promovermos umas mudanças em nossa nação. Temos que nos tornarmos o povo que mais sabe sobre os outros países, e sobre suas culturas. Falou a Tatiane.

- Mas é bom não ir com muita sede ao pote, Senhorita Tatiane. Falou o Sr. Francisco.

E, a Beatriz Isabela, em seguida, falou:

- É o seguinte: esse nosso isolacionismo em termos de buscarmos sabermos o que ocorre lá fora, está a nos trazer alguns pontos negativos. Ainda que bem recebamos estrangeiros no nosso país, nem sabíamos que a República Federativa do Brasil havia sido extinta. E, quando ouvíamos alguém falar do Brasil, ou que é brasileiro ou brasileira, associávamos a República Federativa do Brasil, um país que não existe mais. O Brasil que hoje existe é um país formado por brasileiros que ficaram sem pátria, e por outros que estando descontentes decidiram fundarem a Comunidade Nacional do Brasil, no meio do Oceano Atlântico, numa ilha bem no meio do trajeto entre Cabo Verde e a República Dominicana. É de lá que vêm os nossos amigos e amigas brasileiros, que têm aparecido por aqui. Portanto, ou nós começamos como nação a nos informarmos do que ocorre no mundo lá fora, ou ficaremos para trás, de país desenvolvido e de primeiro mundo daqui a pouco seremos um País de Quinto Mundo. E a culpa será totalmente nossa.

- Acabo de ver que os tempos estão para começarem a mudarem nesta nossa nação. Falou o Sr. Francisco.

E, ele tinha toda razão. E, a conversa ali se prolongou por um longo e bom tempo.

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