33 CAPÍTULO

 
25  de  Abril  do  Ano  do  Senhor  de  2032  -  Domingo.  E,  já  era  10:15 da  manhã.  E,  o  Sr.  Henrique,  falou  para  a  Beatriz:
    -  Senhorita  Beatriz,  da  próxima  vez  que  for  sair  para  ir  a  tal  Casa  Mal-Assombrada,  terá  que  me  pedir  permissão  e  explicar  por  qual  motivo  quer  ir.  Não  é  mais  para  sair  conforme  lhe  der  na  teia,  pois  senão  vou  ter  que  tomar  às  devidas  e  necessárias  providências.  E,  minha  filha,  espero  que  a  partir  de  agora,  tenha  um  melhor  comportamento.  Fui  bem  claro,  minha  filha?
    -  Sim  papai.  Respondeu  a  Beatriz.
    E,  a  Tatiane  estava  tão  cansada  e  um  pouco  com  sono  que  foi  a  se  deitar  na  cama  dela,  e  dormir,  e  quando  a  Renata  foi  vê-la,  já  a  viu  dormindo.  E,  a  Renata,  a  deixou  dormindo,  e  desceu,  e  sentou-se  no  sofá  do  Orfanato.  E, a  Milena,  estava  ali  por  perto,  e  perguntou:
    -  O  que  é  Renata?
    -  Nada não,  Milena.  Respondeu  a  Renata.  -  Só  estou  aqui  descansando  um  pouco.  Complementou  a  Renata.
    E,  a  Michele,  veio  ali  e  se  sentou,  e  após  um  tempo,  falou:
    -  Vocês  não  fazem  festa  de  noite?
    -  Claro  que  não.  Respondeu  a  Milena.
    E,  a  Renata,  falou:
    -  A  noite  foi  feita  para  dormir.  E,  o  dia  foi  feito  para  ficar  acordado.
    -  E  vocês  costumam  irem  a  praia?  Perguntou  a  Michele.
    E,  a  Renata,  respondeu:
    -  Michele,  para  quê  ir  a  praia?
    E,  a  Michele,  falou:
    -  Aonde  eu  vivia  havia  o  costume  de  pessoas  irem  a  praia,  e  até  mesmo  de  nadarem  na  praia.
    E,  a  Paulinha,  entrou  ali,  e  disse:
    -  Michele,  aqui  nos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul  não  temos  tal  costume.  Você  têm  que  entender  que  aqui  os  costumes  são  diferentes  de  daonde  tu  viestes.
    E,  a  Michele,  falou:
    -  E  quanto  a  ir  como  turistas  a  países  diferentes?
    E,  a  Paulinha,  respondeu:
    -  Michele,  nós  não  fazemos  turismo,  e  quando  vamos  a  algum  país  não  é  para  fazer  turismo,  mas  é  para  trabalhar.  Agora,  se  tu  achas  isso  estranho,  o  que  posso  te  dizer  é  que  para  nós  estranho  mesmo  é  esse  negócio  de  fazer  turismo.
    =  Bom,  então,  por que  não  gostam  de  fazerem  certas  coisas  que  em  outros  países já  é  costume?  Perguntou  a  Michele.
    E,  a  Beatriz,  irmã  da  Paulinha,  entrou  ali,  fez  sinal  de  que  iria  dar  a  resposta,  e  olhou  para  a  Michele,  e  após  um  pouco  em  silêncio,  respondeu:
    -  Michele,  não  sabemos  se  você  é  brasileira,  uruguaia  ou  argentina,  ou  de  qual  nacionalidade  você  E,  isso,  para  mim  não  é  importante  para  o  que  eu  tenho  a  lhe  responder.  Nós,  o  povo  Sul-Safiriano,  não  somos  outros  povos,  mas  somos  o  povo  Sul-Safiriano.  Nós  temos  os  nossos  próprios  costumes.  Somos  diferentes  e  não  somos  iguais.  Se  queres  viver  aqui  nos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul  terás  que  se  acostumar  com  os  nossos  costumes.  Você  aqui  é  livre  para  ficar  e  se  adaptar  ao  nosso  modo  de  vida  e  para  sair  e  dar  o  fora  do  nosso  país  e  nunca  mais  voltar  se  não  quiseres  mais  voltar  para  cá.  Mas,  se  têm  uma  coisa  que  não  admitiremos  de  forma  alguma  é  tu  quereres  mudar  nossos  costumes  e  nosso  modo  de  vida.  Isso,  sim,  é  inaceitável.
    E,  a  Michele,  ao  ouvir  isso,  falou:
    -  Para  dizer  a  verdade,  nem  me  lembro  mais  direito  de  qual  país  eu  sou.  Só  sei  que  foi  de  lá  do  Brasil  que  peguei  um  avião  para  cá.  Agora,  se  quereis  me  expulsardes,  podeis  me  expulsardes  do  vosso  país,  que  irei  para  um  país  que  aceite  me  acolher.
    E,  a  Michele,  ao  dizer  isto,  demonstrava  que  não  havia  entendido  o  que  a  Beatriz  havia  dito.  E,  a  Beatriz,  percebendo  isso,  falou?
    -  Michele,  o  que  estou  te  dizendo,  é  que  você  têm  duas  escolhas:  ficar  e  se  adaptar  aos  nossos  costumes  e  modo  de  vida,  ou  decidir  por  si  mesma  ir  embora  e  não  querer  mais  voltar.  Decisão  essa  que  cabe  exclusivamente  a  ti.  Ninguém  aqui  está  te  expulsando.  A  única  coisa  que  não  admitimos  é  que  estrangeiros  queiram  mudarem  nossos  costumes  e  nosso  modo  de  vida.
    -  Agora  entendi,  Beatriz.  Falou  a  Michele.
    E,  passou-se  após  isso,  um  certo  tempo,  e  ao  meio  dia  foi  o  almoço,  e  todos  ali  almoçaram,  e  claro,  comeram  carne  de  javali  ao  molho,  o  prato  típico  dali  dos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul.  E,  além  da  carne  de  javali  ao  molho,  tinha  naquele  delicioso  almoço  macarrão,  maionese,  pão  sírio,  lasanha,  torta  de  frango,  carne  de  frango,  cuscuz  e  torta  de  javali.    Ali  todos  comiam  bem,  e  eram  sempre  bem  alimentados.  E,  após  o  almoço,  passado  um  certo  tempo  em  que  todos  ali  já  tinham  almoçado,  veio  a  sobremesa,  e  de  sobremesa  tinha:  arroz  doce,  manjar,  bolo  de  fubá,  pudim  de  coco,  gelatina  de  morango,  doce  de  abóbora  e  sorvete.
    E,  ali  era  tudo  do  bom  e  do  melhor.  Nada  faltava.  A  mesa  ali  era  bem  farta,  como  sempre  deveria  ser.  E,  após  a  sobremesa,  a  Patrícia,  falou:
    -  Só  tenho  que  agradecer  a  Deus  por  ter  essa  mesa  tão  farta  assim,  pois  essa  fartura  na  mesa,  na  realidade,  é  uma  verdadeira  bênção  de  Deus.  Que  Deus  conceda  a  outras  pessoas  essa  mesma  fartura  que  tenho  aqui.
    -  Amém!  Falou  a  Beatriz.
    E,  a  Michele,  falou:
    -  Nunca  comi  tão  bem  quanto  aqui.
    -  Por que?  Perguntou  a  Milena.
    -  Sabem  aquelas  regrinhas  de  "não  pode  comer  isso",  "não  pode  comer  aquilo",  "isso  é  saudável",  "isso  não  é  saudável",  "isso  engorda",  "isso  não  engorda",  "isso  faz  mal",  "isso  não  faz  mal"  entre  outras  regrinhas?  Pois  é  aonde  eu  vivia,  tinha  tais  regras  absurdas,  e  pôr  causa  disso,  pouco  comia,  e  pouco  me  alimentava,  e  chegava  até  mesmo  a  passar  fome.  Era  um  enjoamento  sem  fim,  que  só  servia  para  uma  coisa:  para  ficar  faminta  e  sem  poder  me  alimentar  tão  bem  quanto  aqui.
    -  E  o  que  você  comia,  Michele?  Perguntou  a  Beatriz  Carina.
    -  Na  maioria  das  vezes  verduras.  Mas,  Beatriz  Carina,  mesmo  que  eu  me  sentisse  mal,  eu  era  obrigada  a  comer  verduras.  Não  podia  ficar  sem  comer  legumes  e  verduras,  mesmo  que  eu  não  gostasse.  Eu  era  forçada  a  comer  isso,  principalmente  na  escola.  Cheguei  até  a  vomitar  após  comer  verdura,  mas  mesmo  assim,  foi-me  dito  que  eu  deveria  comer  tal  coisa,  pois  era  saudável,  mas  não  me  fazia  bem  algum,  só  prejudicava  minha  saúde.  Uma  vez,  após  ter  comido  verdura,  tive  que  ser  hospitalizada,  pois  passei  mal  e  fiquei  dois  dias  em  coma,  só  por  causa  da  dita  verdura.  Respondeu  a  Michele.
    -  Que  maldade!  Exclamou  a  Cristina.
    -  Que  maldade  mesmo,  Cristina.  E  não  é  por  menos,  que  eu  agora  quero  distância  de  verdura.  Falou  a  Michele.  -  Oras,  temos  que  termos  liberdade  na  área  de  alimentação.  Nem  todos  são  iguais.  Cada  um  gosta  de  uma  coisa  e  nisso  deve  ser  respeitado.  Verdura  sempre  me  fez  passar  mal.  Sempre  após  comer  uma  verdura,  ia  ao  banheiro  da  escola,  e  acabava  vomitando  pois  estava  passando  mal.  E,  sempre  o  que  eu  vomitava  era  verdura,  pois  a  verdura  me  fazia  passar  mal,  e  meu  estômago  nunca  aceitou  verdura.  Complementou  ela.
    E,  o  Eduardo,  ao  ouvir  isso,  falou:
    -  Michele,  aqui  nos  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul,  você  se  alimenta  do  que  quer,  come  do  que  quer,  e  ninguém  têm  nada  a  ver  com  isso,  e  o  Estado  não  têm  nada  que  se  meter  nisso.  A  alimentação  é  questão  de  consciência  pessoal.  Você  é  que  deve  decidir  o  que  comer  e  o  que  não  comer,  e  ponto  final.  Não  têm  nada  de  especialista  ficar  dizendo  ou  declarando  o  que  você  pode  ou  não  comer,  ou  o  que  você  deve  ou  não  comer.  Se  um  especialista  te  quiser  determinar  sua  alimentação  o  ignore,  e  se  insistir  é  só  dizer:  "Vai  cuidar  da  sua  vida  que  eu  cuido  da  minha.  Não  me  venha  querendo  definir  o  que  devo  ou  não  comer,  seu  mal-educado.  Se  não  queres  comer  isso,  não  coma,  pois  quem  vai  ficar  passando  fome  é  tu.  Agora,  não  queiras  que  eu  também  tenha  que  passar  fome  como  tu  passas  fome.  Já  chega,  oras!  Por  acaso,  queres  tu  ficar  mandando  na  minha  consciência  seu  tirano?"  E,  se  quiseres  podes  fazer  um  discurso  maior  e  mais  prolongado,  e  bem  mais  duro  do  que  esse,  Michele.
    -  Obrigada  Eduardo  pelo  teu  conselho.  Falou  a  Michele.
    E,  nisso,  a  Beatriz  olhou  para  o  Eduardo  e  para  a  Michele,  e  após  um  período,  falou  para  a  Michele:
    -  Michele,  se  caso  o  tal  especialista  vier  a  insistir  querendo  determinar  o  que  você  pode  ou  não  comer,  lhe  responda  da  seguinte  forma:  "Oras,  meu  Senhor,  vivemos  num  país  livre,  e  eu  jamais  te  disse  o  que  deverias  ou  não  comer,  pois  isso  não  é  correto.  Não  é  de  bom  alvitre  querer  se  meter  a  determinar  o  que  eu  devo  ou  não  comer.  Se  não  gostas  de  tal  coisa,  não  te  faço  agravo  por  isso,  pois  tu  tens  direito  de  comer  o  que  bem  entender.  Mas,  por  favor,  não  me  queiras  determinar  o  que  devo  ou  não  comer,  pois  isso  é  assunto  pessoal  meu.  Portanto,  pare,  pôr  favor,  de  querer  determinar  o  que  às  pessoas  devem  ou  não  comerem,  pois  se  insistires  nisso,  ficará  bem  claro  que  tu  és  tirano  e  ditador,  e  não  respeitas  a  democracia  e  a  liberdade."  Agora,  se  caso  isso  não  adiantar,  Michele,  aí faça  o  seguinte:  vire  às  costas,  e  nem  mais  converse  com  a  tal  pessoa,  pois  não  merece  crédito  algum  de  sua  parte..
    -  Obrigada  Beatriz,  pelo  teu  conselho.  Falou  a  Michele.  -  Um  ótimo  conselho.  Complementou  a  Michele.
    E,  após  isso,  passou-se  um  certo  tempo,  e  já  era  15:15  da  tarde.  E,  a  Francisquinha,  falou:
    -  Ufa!  Já  estou  cansada.
    -  Então  descansa  um  pouco,  Francisquinha.  Falou  a  Beatriz  Carina.
    -  É  o  que  eu  vou  fazer.  Falou  a  Francisquinha.
    E,  a  Michele,  naquele  momento,  perguntou  para  a  Beatriz:
    -  A  Sociedade  aqui  é  conservadora?
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Sim,  é,  e  graças  a  Deus,  Michele.  Uma  sociedade  para  se  manter  e  para  crescer  saudavelmente  deve  sempre  se  manter  conservadora.  Quanto  o  conservadorismo  é  atacado  ou  menosprezado,  e  quando  a  sociedade  deixa  de  ser  conservadora,  perto  está  a  sociedade  do  seu  fim,  e  não  demorará  muito  e  a  tal  sociedade  deixará  de  existir,  e  não  existirá  mais.  O  anti-conservadorismo  deve  ser rejeitado  e  combatido  por  todas  às  pessoas  de  bem  que  amam  o  seu  país,  a  sua  pátria,  que  amam  o  local  aonde  vivem. E  viva  o  Conservadorismo!
    -  Viva  o  Conservadorismo!  Exclamou  ela  e  todos  que  ali  estavam.
    E,  a  Beatriz,  realmente  tinha  razão:  para  uma  sociedade  sobreviver  a  tal  sociedade  tinha  que  ser  conservadora,  pois  somente  com  o  conservadorismo  uma  sociedade  poderia  se  manter  de  pé.  E,  a  Marcela  e  a  Paulinha  estavam  brincando  de  boneca.  E,  enquanto  ambas  brincavam  de  boneca,  o  Bernardo  pegou  uma  bola,  e  falou  para  os  rapazes:
    --  Vamos  jogar  bola,  rapazes?
    -  Ótima  idéia,  Bernardo.  Respondeu  o  Marcelo.
    -  Deixo  calçar  minha  chuteira.  Falou  o  Samuel.
    E,  o  Zacarias,  olhando  para  os  lados,  disse:
    -  Bom,  vamos  jogarmos  bola,  mas  formando  duas  equipes.  Dois  times  de  quatro,  e  o  José  será  o  Juiz.
    -  E  serão  dois  tempos  de  10  minutos.  Se  caso  houver  empate,  penalidade  máxima.  Se  após  30  penalidades  continuar  empatado,  ficar-se-á  o  título  de  campeão  dividido  entre  às  duas  equipes.
    -  Regras  aprovadas.  Falou  o  Eduardo.  -  Portanto,  vamos  formarmos  logo  às  equipes.  Complementou  o  Eduardo.
    -  Vamos  com  calma,  rapaz.  Para  quê  tanta  pressa.  Falou  o  Samuel.
    -  O  Eduardo  é  super  apressado,  Samuel.  Falou  o  Vítor.
    E,  o  Sílvio,  falou:
    -  E  bota  apressado  nisso.
    E,  o  José,  falou:
    -  Já  que  eu  sou  o  Juiz,  definam  logo  ambas  às  equipes,  antes  que  eu  dê  o  apito  inicial  para  dar  início  à  partida.
    E,  o  Edílson,  falou:
    -  Pelo  visto  temos  aqui  dois  apressados.  
    -  A  pressa  é  inimiga  da  perfeição.  Falou  a  Tatiane.
    E,  o  Zacarias,  nisso,  falou:
    -  Caríssima  Tatiane,  quem  te  deu  ordem  de  se  intrometer  em  conversas  masculinas?  Por  acaso,  não  percebestes  que  aqui  só  têm  homens  e  aqui  se  está  a  tratar  de  uma  conversa  exclusivamente  masculina?  Nós  rapazes  não  nos  intrometemos  em  conversas  femininas,  portanto  esperamos  o  mesmo  da  sua  parte  e  das  meninas.
    E,  ela,  envergonhada,  saiu  dali,  e  quando  se  aproximou  das  meninas,  a  Beatriz,  falou:
    -  Bom,  Tatiane,  você  fez  por  merecer.  O  Zacarias  têm  toda  razão:  você  não  tinha  que  ir  se  intrometer  lá  no  meio  dos  rapazes,  e  no  meio  das  conversas  deles.  E  digo  mais.  Se  porte  decentemente  como  uma  garota  decente  e  que  têm  pudor.
    E,  a  Tatiane,  ao  ouvir  isso,  teve  que  ficar  quieta,  pois  sabia  perfeitamente  que  a  Beatriz  tinha  razão.  E,  após  isso,  a  Beatriz  Carina,  olhando  para  os  lados,  falou:
    -  Eu acho  melhor  aprender  a  costurar,  pois  aonde  já  se  viu  uma  garota  não  saber  costurar?  Um  rapaz  não  saber  isso,  tudo  bem,  pois  é  homem,  e  homem  não  deve  fazer  coisas  de  mulher.  Mas,  uma  garota  não  saber  isso  é  um  absurdo!
    -  Tens  razão,  Beatriz  Carina.  Falou  a  Beatriz.
    E,  a  Michelinha,  falou:
    -  Estão  certas  meninas.
    E,  logo,  a  Michele,  viu  um  papel,  e  chamou  a  Beatriz,  e  perguntou:
    -  O  que  significa  isso?  Um  plebiscito?
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  Michele,  é  coisa  de  adulto,  é  assunto  de  adulto.  E  é  melhor  não  tratarmos  disso.
    -  É  um  plebiscito  sobre  monarquia  ou  república?  Perguntou  a  Michele.  -  E  é  amanhã?  
    E,  a  Beatriz,  respondeu:
    -  ´É  um  plebiscito  se  se  mantém  a  república  ou  se  restaura  a  Monarquia,  que  aliás  seria  ótimo  se  fosse  restaurada.  Aí  teríamos  um  rei,  uma  rainha,  uma  princesa  real  e  um  príncipe  real.  Teríamos  uma  família  real,  que  é  como  sempre  deveria  ter  sido.
    Aliás,  a  Beatriz  apesar  de  não  tratar  de  política  ou  de  assuntos  políticos,  pois  ela  mesma  declarava  tal  coisa  como  sendo  assunto  de  adulto,  ela  mesma  era  uma  monarquista  de  carteirinha,  e  quando  falava  de  monarquia  dava  os  maiores  louvores  ao  regime  monárquico.  E,  por  causa  dela,  mais  de  70%  dos  adolescentes  que  eram  republicanos  acabaram  por  se  tornarem  monarquistas.  E,  a  Beatriz,  em  seguida,  olhou  para  a  Michele,  e  falou:
    -  Michele,  os  Estados  Unidos  de  Safira  do  Sul  foi  fundado  por  protestantes,  e  por  pastores  protestantes.  O  primeiro  regime  político  daqui  do  meu  país  foi  a  Monarquia.  Tivemos  um  rei  justo,  que  sempre  agiu  com  justiça  e  equidade.  E,  os  nossos  dois  outros  reis  também.  No  período  da  Monarquia  Sul-Safiriana,  o  nosso  país  tinha  uma  frota  marítima  de  mais  de  150000  navios.  E  éramos  uma  nação  muito  respeitada  no  mundo  inteiro  por  causa  da  Vossa  Majestade  Real.  Nunca  houve  escravidão  aqui  em  Safira  do  Sul  durante  o  período  monárquico.  Nunca  houve  impostos  abusivos  durante  o  período  do  Império  de  Safira  do  Sul.  Éramos  uma  nação  muito  mais  respeitada  que  os  Estados  Unidos  da  América  do  Norte. Agora,  durante  esse  período,  surgiram  os  chamados  republicanos,  que  queriam  porque  queriam  proclamarem  a  República.  O  povo  não  queria  mudar  o  Regime  Político.  Ninguém  precisava  de  votar.  Se  caso  houvesse  um  caso  grave  em  que  só  o  Rei  pudesse  resolver,  era  tal  caso  levado  ao  Rei,  que  com  justiça  julgava  tal  causa  e  dava  a  sentença  final  e  definitiva.  Todos  podiam  ir  diante  do  Rei,  e  levar  sua  causa  ao  Rei  livremente,  para  que  o  Rei  julgasse  com  justiça  e  equidade.  Mas,  os  republicanos,  num  certo  dia,  cercaram  a  Casa  Real,  e  proclamaram  a  República,  dando  um  verdadeiro  golpe  de  estado,  aliás  uma  coisa  típica  do  regime  republicano,  que  exceto  no  caso  dos  Estados  Unidos  da  América  do  Norte,  só  se  institui  por  via  de  golpe  de  Estado.  E,  ainda  expulsaram  a  Vossa  Majestade  e  toda  a  Família  Real  do  País,  e  ainda  quiseram  subornar  o  rei,  que  falou:  "Esse  dinheiro  pertence  ao  povo  Sul-Safiriano;  E.  um  dia  Deus  fará  a  mim  e  a  minha  descendência  a  devida  justiça.  Me  recuso  a  pegar  dinheiro  de  golpistas  que  querem  dominar  sobre  o  povo  sul-safiriano.  Devolvais,  senhores,  esse  dinheiro  a  quem  lhes  pertence  por  direito,  que  é  o  povo  sul-safiriano  e  não  roubeis  mais  ao  povo."
    E,  em  seguida,  a  Beatriz,  respirou  bem  fundo,  e  continuando,  disse:
    -  E,  tão  logo  os  republicanos  entraram  no  poder,  proibiram  qualquer  manifestação  pró-monarquia.  Aumentaram  nos  primeiros  seis  meses  os  impostos  que  só  eram  de  3%  ao  mês  para  12%  ao  mês,  e  o  tornaram  obrigatório.  Mas,  devido  a  forte  pressão  da  Igreja  Cristã,  ao  elaborarem  a  Constituição,  tiveram  que  cederem  nos  mais  diversos  pontos,  e  devido  ao  forte  movimento  cristão,  a  Constituição  que  foi  estabelecida  é  esta  que  nós  temos,  cujo  voto  é  facultativo,  pois  os  republicanos  queriam  obrigarem  a  todo  o  povo  a  votarem  nas  eleições.  E,  passado  um  longo  tempo,  quando  a  proibição  de  movimentos  pró-monarquia  foi  revogado,  devido  a  forte  pressão  tanto  de  monarquistas  como  de  membros  da  família  real,  surgiu  o  Partido  Monarquista  Nacional,  que  têm  nesses  últimos  anos  trabalhado  para  que  essa  nação  cresça  e  para  que  a  monarquia  seja  restaurada  em  toda  a  Nação  Sul-Safiriana.  Safira  do  Sul  precisa  de  um  rei  que  reine  sobre  essa  nação,  e  que  leve  essa  nação  ao  verdadeiro  progresso,  a  um  futuro  melhor.  A  República  foi  um  verdadeiro  retrocesso,  e  um  grande  equívoco  em  toda  essa  nação.  Se  não  têm  sido  pior  isso  se  deve  a  forte  influência  do  Cristianismo  que  impede  que  leis  injustas  e  pecaminosas  sejam  aprovadas  nessa  nação.  Não  o  digo  que  a  Monarquia  seja  um  mar  de  rosas,  mas  é  o  Regime  ideal  para  qualquer  nação,  e  o  único  Regime  aonde  podemos  ver  o  verdadeiro  progresso  chegar  a  uma  Nação.  Liberdade  e  Democracia  verdadeira  só  existem  plenamente  numa  monarquia.
    E,  o  Pastor  Maurício,  que  chegava  por  ali  naquele  momento,  para  fazer  uma  visita,  após  saudar  com  a  paz,  falou:
    -  Hoje  chegando  numa  casa  ouvi  um  discurso  republicano,  falando  das  maravilhas  da  República,  que  é  o  Regime  vigente  aqui  em  Safira  do  Sul.  Chegando  aqui  ouço  um  discurso  monarquista  falando  das  maravilhas  da  Monarquia;
    -  E  quem  é  o  Republicanista?  Perguntou  a  Beatriz.
    -  Tu  sabes  muito  bem,  Beatriz.  Respondeu  o  Pastor  Maurício.
    -  O  Jepherson?  Perguntou  ela.
    -  Ele  mesmo.  Respondeu  o  Pastor  Maurício.
    -  Fala  pro  Republicanista,  Pastor  Maurício,  que  a  República  vai  dançar  e  a  Monarquia  será  restaurada.  E,  ele,  terá  que  aceitar  pelo  resto  da  vida  dele,  ter  que  viver  numa  monarquia.  Falou  a  Beatriz.
    E.  o  Pastor  Maurício,  falou:
    -  Beatriz,  independente  do  Regime  adotado,  o  Cristão  têm  que  obedecer  às  autoridades.
    -  Eu  sei,  Pastor  Maurício.  Mas,  eu  decidi  por  ser  monarquista.  E  é  o  que  eu  defendo  e  hei  de  defender  até  o  fim  da  minha  vida.  Respondeu  a  Beatriz.
    -  Não  estou  a  lhe  dizer  que  não  deva  defender  o  Regime  que  tu  achares  ser  o  melhor,  mas  o  que  lhe  quero  dizer  é  que  o  Evangelho  de  Cristo  é  muito  maior  do  que  esse  tipo  de  questão.  O  Cristão  têm  como  principal  compromisso  de  sua  vida  o  fazer  a  vontade  de  Deus,  o  propagar  o  Evangelho.  Portanto,  não  coloque  a  defesa  da  monarquia,  que  tu  muito  bem  sabes  defender  acima  do  Evangelho  de  Cristo,  pois  regimes  políticos  passarão  e  deixarão  de  existir,  mas  a  Palavra  de  Cristo  jamais  passará,  mas  se  cumprirá  totalmente.
    -  Entendi,  Pastor  Maurício.  E  obrigada  pelo  conselho.  Falou  a  Beatriz.
    E,  após  isso,  passou-se  o  tempo,  e  logo  a  Beatriz  foi  tomar  banho,  e  quando  já  era  18:00 horas  da  tarde,  a  Beatriz  foi  se  arrumar  para  o  Santo  Culto.  E,  a  Paulinha  também.  E,  a  Paulinha,  perguntou:
    -  Com  qual  vestido  eu  vou,  Bia,  minha  irmã?
    -  Vá  com  aquele  que  tu  costumas  ir,  Paulinha,  minha  irmã.  Respondeu  a  Beatriz.
    -  Eu  o  pus  para  lavar,  pois  estava  sujo.  Falou  a  Paulinha.
    -  Então  põe  aquele  que  tu  ganhastes  da  mamãe  no  último  Natal,  Paulinha.  Falou  a  Beatriz.
    -  Tá  bom,  Beatriz,  minha  irmã.  Falou  a  Paulinha.
    E,  não  demorou  muito,  e  às  duas  já  estavam  prontas.  E.  ambas  estavam  com  vestido.  E,  ambas,  pegaram  suas  Bíblias,  e  foram  se  sentarem  na  sala.  E,  se  sentaram  como  duas  daminhas,  e  de  forma  bem  delicada.  E,  enquanto  lá  dentro  do  Orfanato,  a  Tatiane,  falou:
    -  Oras,  meninas,  assim  desse  jeito  eu  não  gostei.
    -  Como  você  quer  ficar  arrumada,  Tatiane,  minha  irmã?  Perguntou  a  Renata.
    -  Eu  quero  um  outro  vestido.  Deixo  ver  quais  vestidos  eu  tenho  a  disposição.  Respondeu  a  Tatiane.
    -  Ih!  Vai  demorar.  Até  amanhã  a  Tatiane  sai  daqui.  Falou  a  Beatriz  Carina.
    E,  a  Francislaine,  falou:
    -  Tatiane,  Igreja  não  é  desfile  de  moda.  Você  não  está  indo  a  um  desfile  de  moda.
    -  Eu  sei,  Fran.  Mas,  também  não  se  deve  ir  de  qualquer  jeito.  Replicou  a  Tatiane.
    -  Eu,  pelo  menos,  já  estou  pronta  para  ir  ao  culto.  Falou  a  Beatriz  Carina.
    E,  a  Milena,  falou:
    -  Eu  já  estou  pronta  para  ir  na  minha  Igreja.  E,  meninas,  não  quero  nem  discussão  sobre  roupa.
    -  Oiá,  Milena.  Falou  a  Tatiane.  -  Concordo  contigo.  Bom,  já  me  decidi.  Vou  com  esse  vestido  amarelo  cheio  de  florzinhas.  E,  meninas,  por  favor,  não  achem  ruim.  Complementou  a  Tatiane.
    E,  a  Beatriz  Carina,  falou:
    -  Ainda  bem.  Já  estava  na  hora.
    -  Ufa!  Que  milagre!  Exclamou  a  Patrícia.  -  A  Tatiane  decidir  vestir  tal  vestido  é  um  verdadeiro  milagre.  Complementou  a  Patrícia.
    E,  logo,  já  estavam  todas  às  meninas  ali  arrumadas,  e  desceram  em  fila  a  escada  do  Orfanato.  E,  o  Sr.  Francisco,  falou:
    -  Ufa!  Vocês  todas  aí  estão  super  lindas.
    -  Obrigada,  Senhor  Francisco.  Disseram  elas  em  coro.
    E,  o  Samuel,  ao  olhar  para  elas,  falou:
    -  Bom,  pelo  tempo  que  demoram  para  se  arrumarem,  se  não  se  arrumassem  bem  seria  o  cúmulo  do  absurdo.
    E,  a  Tatiane,  ao  ouvir  isso,  acabou  dando  risada,  e  juntamente  com  ela,  todas  às  meninas  ali.  E,  após  isso,  a  Michele,  falou:
    -  Só  tinha  que  ser  rapaz  para  dizer  o  que  o  Samuel  falou,  pois  somente  homens  dizem  tais  coisas.
    -  E  é  por  essas  e  outras  que  jamais  haverá  igualdade  entre  homens  e  mulheres,  pois o  homem  pensa  diferente  da  mulher  e  a  mulher  pensa  diferente  do  homem,  e  para  haver  tal  igualdade  seria  necessário  que  homens  e  mulheres  não  pensassem  diferente  um  do  outro,  o  que  na  prática  é  totalmente  impossível.  Falou  o  Marcelo.
    -  Concordo  contigo  nesse  ponto,  Marcelo.  Falou  a  Cristina.  -  E  fique  o  senhorzinho  sabendo  que  é  até  bom  que  nós  mulheres  não  sejamos  iguais  a  vós  homens,  pois  seria  um  verdadeiro  pesadelo  ser  igual  a  um  homem,  pois  isso  seria  o  mesmo  que  deixar  de  ser  mulher.  Ainda  bem  que  não  existe  essa  suposta  igualdade,  pois  se  houvesse  eu  não  suportaria  nenhum  segundo  tal  coisa,  ainda  mais  tendo  que  aguentar  essas  conversas  masculinas  que  nem  quero  saber  de  escutar.  Viva  a  diferença  entre  homem  e  mulher,  pois  assim  nós  mulheres  podemos  vivermos  muito  melhor  do  que  se  pode  imaginar.  Complementou  a  Cristina.

 

Tópico: 33 CAPÍTULO

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