O SEQÜESTRO DA LÍNGUA PORTUGUESA.
Havia um povo
Que tinha uma língua
E essa língua era até então
Muito boa.
Ocorreu que um certo dia,
Que um certo grupo de burros,
Descontentes com a língua ali falada
Achou difícil aquela língua
E achou que devesse simplificá-la
Esses burros acharam ruim do trema.
Para eles aonde se via escrever tranqülidade?
Um desses burros tinha quatro dedos
Numa das mãos.
Então transformaram a tranqïlidade do povo
Em “tranquilidade”, pois odiavam
Verem o povo tranqüilo,
Mas não se conformaram em apenas alterar
Essa palavra e outras que usassem o trema.
Tiveram os tais burros,
Para facilitarem a sua burrice
De alterarem outras palavras
E, assim criaram o que chamaram de:
“Acordo Ortográfico”, cujo nome mais adequado,
Que qualquer pessoa sensata daria seria:
Acordo de Burrice ao Quadrado.
Só que tal Acordo de Burrice ao Quadrado
Não envolveu só o País do Burro de quatro dedos
E de sua sucessora,
Mas, também outros Países da mesma língua,
Cujos Burros haviam tomado o poder,
E seqüestrado a língua Portuguesa.
Assim, amigos,
Não só no Gigante pela própria Natureza,
Mas nos outros países de língua idêntica,
Os Burros fizeram a festa,
Seqüestrando a língua do povo,
Seqüestrando a língua portuguesa,
E se achando os heróis,
E, assim aproveitaram para formarem
Uma nova geração de burros.
Quem agora poderá se levantar,
E, eliminar esses seqüestradores do português,
E recuperar a língua nativa
Como dantes ela era,
Pois a língua portuguesa
Agora geme e chora
O seu trágico destino,
Totalmente desconsolada,
Clamando por socorro,
Para que seja liberta
Das criminosas mãos
Desses burros seqüestradores.
Tópico: O SEQÜESTRO DA LÍNGUA PORTUGUESA.
Não foram encontrados comentários.